Brayan Alves Farrias, de sete meses, é submetido a exame para checar o marcapasso, em hospital de SP |
Especial da Semana do Coração
"Isso poderia levar ao aborto ou à insuficiência cardíaca, que causa inchaço nos órgãos. O fígado e o coração já estavam aumentados", diz o cardiologista José Carlos Pachón, do Hospital do Coração, onde Brayan nasceu.
A solução foi colocar um marcapasso, que vai regular os batimentos cardíacos do menino por toda sua vida.
Pachón, seu irmão Enrique Pachón e sua equipe desenvolveram um método menos invasivo de colocação de marcapasso em crianças, sem necessidade de cortar e afastar as costelas para instalar os fios do aparelho.
Em vez disso, o eletrodo é passado por uma veia abaixo do ombro até o coração, onde é parafusado. O outro lado do fio fica embaixo da pele e vai até o aparelho, que é colocado embaixo do músculo, no abdome. É neste local onde é feito o maior corte necessário para esse procedimento.
"Em crianças com menos de 12 kg que precisam de marcapasso, a rotina é a abertura do tórax, uma cirurgia traumática. Nossa técnica é minimamente invasiva", afirma o José Carlos Pachón.
PARA DURAR
Um marcapasso é trocado, em geral, a cada oito anos. Em crianças, são cinco anos, porque o aparelho tem de bater mais vezes por minuto.
A colocação em bebês tem um desafio a mais porque eles crescem muito rápido, o que vai deixando os fios "curtos" demais. Para evitar novas intervenções por causa disso, os cirurgiões deixam sobras de fio enrolado dentro do corpo do bebê. À medida que ele cresce, o fio se solta. A manutenção do marcapasso é feita de seis em seis meses.
A primeira consulta de Brayan foi na quinta passada. "Ele é lindo, saudável e nem dá para perceber que tem marcapasso", diz a mãe, Antonia Alves Pedrosa, 34.
Ela soube na gravidez que tinha lúpus. Mulheres com a doença autoimune têm 7% de risco de gerar bebês com bloqueio elétrico no coração. Sem marcapasso, só 11% das crianças com o problema, que atinge um em 20 mil bebês, chegam à vida adulta.
"Isso poderia levar ao aborto ou à insuficiência cardíaca, que causa inchaço nos órgãos. O fígado e o coração já estavam aumentados", diz o cardiologista José Carlos Pachón, do Hospital do Coração, onde Brayan nasceu.
A solução foi colocar um marcapasso, que vai regular os batimentos cardíacos do menino por toda sua vida.
Pachón, seu irmão Enrique Pachón e sua equipe desenvolveram um método menos invasivo de colocação de marcapasso em crianças, sem necessidade de cortar e afastar as costelas para instalar os fios do aparelho.
Em vez disso, o eletrodo é passado por uma veia abaixo do ombro até o coração, onde é parafusado. O outro lado do fio fica embaixo da pele e vai até o aparelho, que é colocado embaixo do músculo, no abdome. É neste local onde é feito o maior corte necessário para esse procedimento.
"Em crianças com menos de 12 kg que precisam de marcapasso, a rotina é a abertura do tórax, uma cirurgia traumática. Nossa técnica é minimamente invasiva", afirma o José Carlos Pachón.
PARA DURAR
Um marcapasso é trocado, em geral, a cada oito anos. Em crianças, são cinco anos, porque o aparelho tem de bater mais vezes por minuto.
A colocação em bebês tem um desafio a mais porque eles crescem muito rápido, o que vai deixando os fios "curtos" demais. Para evitar novas intervenções por causa disso, os cirurgiões deixam sobras de fio enrolado dentro do corpo do bebê. À medida que ele cresce, o fio se solta. A manutenção do marcapasso é feita de seis em seis meses.
A primeira consulta de Brayan foi na quinta passada. "Ele é lindo, saudável e nem dá para perceber que tem marcapasso", diz a mãe, Antonia Alves Pedrosa, 34.
Ela soube na gravidez que tinha lúpus. Mulheres com a doença autoimune têm 7% de risco de gerar bebês com bloqueio elétrico no coração. Sem marcapasso, só 11% das crianças com o problema, que atinge um em 20 mil bebês, chegam à vida adulta.
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