Pesquisar Neste Blog

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

IOC/Fiocruz lança site sobre dengue com imagens, vídeos e infográfico

Quais são as ferramentas para o controle do Aedes aegypti? Quais os criadouros mais comuns do mosquito transmissor da dengue? Com base no conhecimento científico de seus especialistas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reuniu no hotsite Dengue: vírus e vetor informações, imagens e vídeos sobre o tema. Todos os conteúdos foram construídos em parceria entre jornalistas e pesquisadores, com o objetivo de disponibilizar na internet informação qualificada e atual sobre o tema da dengue, doença que mobiliza o país ano após ano. Assuntos variados estão contemplados, incluindo orientações sobre combate aos focos do mosquito, as diferenças entre A.aegypti e pernilongo doméstico, informações sobre o vírus, a história do A. aegypti e como ele se espalhou pelo mundo e dados sobre o comportamento do mosquito, conhecido por sua característica oportunista.


No hotsite também estão disponíveis produtos educativos e documentários desenvolvidos pelo IOC. É possível assistir os documentários O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos, produzidos pelo Setor de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz e dirigidos por Genilton Vieira, que já conquistaram prêmios em vários festivais internacionais. O hotsite disponibiliza, ainda, os conteúdos do CD-ROM Dengue, destinado a estudantes, pesquisadores e profissionais das áreas de ciências da vida, medicina e saúde, e os fascículos especiais sobre dengue da série ComCiência na Escola, que oferecem para professores atividades lúdicas sobre a biologia, morfologia e hábitos de vida do mosquito transmissor da dengue.
Clique e acesse o hotsite Dengue: vírus e vetor.

Transmissor da malária cria rapidamente uma resposta contra o causador da doença

O transmissor de uma doença pode ajudar a controlá-la? Pesquisa desenvolvida por americanos, indianos e brasileiros sugere que sim. No estudo em questão, a doença é a malária, causada pelo parasita Plasmodium e transmitida ao homem pelo mosquitoAnopheles. Os pesquisadores descobriram que o mosquito desenvolve rapidamente uma resposta imunológica ao parasita, destruindo-o. O trabalho – que contou com a participação de dois cientistas do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz Pernambuco) – foi publicado em setembro na revista Science. A pesquisa foi realizada no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
 De acordo com os pesquisadores, as bactérias estão diretamente envolvidas na resposta imune do <EM>Anopheles </EM>contra o parasita, mas ainda não é possível explicar como se dá essa relação
De acordo com os pesquisadores, as bactérias estão diretamente envolvidas na resposta imune doAnopheles contra o parasita, mas ainda não é possível explicar como se dá essa relação

Nos experimentos, os pesquisadores coletaram a hemolinfa (o equivalente a sangue nos insetos) de mosquitos contaminados pelo Plasmodium. Essa hemolinfa foi, então, transferida para mosquitos sadios, que, posteriormente, foram infectados pelo parasita. Os resultados mostraram que a hemolinfa transferida potencializou a resposta imunológica dos insetos: todos os mosquitos sadios, após a infecção pelo Plasmodium, eliminaram por completo o parasita. “Embora o Anopheles responda naturalmente ao Plasmodium, em alguns casos o parasita consegue completar seu ciclo de vida no organismo do mosquito”, explica o pesquisador Fábio Brayner, da Fiocruz Pernambuco.
A técnica de transferência de hemolinfa foi originalmente criada pelo pesquisador Luiz Alves, também da Fiocruz Pernambuco, e aprimorada pelo grupo. Com o uso de um microcapilar de vidro, eles retiraram a hemolinfa já diluída com anticoagulante, por meio de uma incisão no abdômen do mosquito. A transfusão foi feita com o auxílio de um microinjetor. Para avaliar o efeito da transferência de hemolinfa dos mosquitos contaminados para os sadios, os pesquisadores verificaram o número de parasitas (no estágio de oocistos) no intestino médio dos insetos. Entre o sétimo e o 14º dia após a infecção dos mosquitos sadios estimulados  com a hemolinfa, os oocistos haviam sido eliminados.
Em outros experimentos, os pesquisadores compararam dois grupos de mosquitos. O primeiro (grupo desafiado) já tinha desenvolvido previamente uma infecção peloPlasmodium, com formação de oocistos, enquanto o segundo (grupo controle) nunca havia apresentado tal infecção. O grupo desafiado foi, então, infectado pela segunda vez e o grupo controle, pela primeira. A comparação das células de defesa dos dois grupos de mosquitos revelou algumas diferenças.
A quantidade de células do tipo granulócito foi significativamente maior no grupo desafiado, que, por sua vez, apresentou menor número de prohemócitos (células de defesa imaturas). Alterações morfológicas e funcionais nas células também foram identificadas. Os granulócitos do grupo desafiado apresentaram um tamanho maior e tinham mais grânulos em seu interior, indicando ativação celular para efetivar a defesa contra o parasita. Esses resultados sugerem que os mosquitos do grupo desafiado já contavam com uma espécie de “memória imunológica” para combater o Plasmodium.
Os achados da equipe, coordenada pela cientista Carolina Barillas-Mury, do NIH, põem abaixo a crença de que os invertebrados – animais que não têm esqueleto interno, como os insetos – são incapazes de apresentar resposta imune quando infectados logo na segunda vez. “Encontramos uma evidência clara de que eles têm uma memória imune inata que responde mais rápido do que a dos homens. Nos humanos essa memória é adaptativa, isto é, só à medida que é estimulada com algumas infecções, ela responde mais rapidamente”, explica Luiz Alves.
O papel das bactérias
Os grupos controle e desafiado foram testados, ainda, em duas situações diferentes: na presença e na ausência das bactérias existentes na flora interna do inseto. Para ambos os grupos, nas situações estudadas, os testes não detectaram mudança na quantidade de granulócitos e prohemócitos. De acordo com os pesquisadores, as bactérias estão diretamente envolvidas na resposta imune do Anopheles contra o parasita, mas ainda não é possível explicar como se dá essa relação.
A meta dos cientistas é descobrir uma maneira de interromper o ciclo de transmissão da malária, e os resultados da pesquisa apontam nessa direção. Entretanto, ainda há muito para se conhecer sobre o mosquito transmissor da doença. Além disso, ainda são necessários muitos estudos moleculares para identificar os principais elementos envolvidos na destruição do Plasmodium pelo Anopheles. O artigo também é assinado pelos pesquisadores Janneth Rodrigues e Rajnikant Dixit.

Vírus H1N1 mutante desenvolve resistência rápida ao oseltamivir

Vírus H1N1 mutante desenvolve resistência rápida
O oseltamivir mata todos os vírus, exceto aqueles que são resistentes, enriquecendo ainda mais a população dos vírus que não respondem ao medicamento.
Resistência rápida
Cientistas de Cingapura descobriram uma cepa do vírus H1N1 - da gripe A, ou gripe suína - que desenvolveu rapidamente resistência ao medicamento antiviral oseltamivir, o mais utilizado para o combate à doença.
Os vírus da gripe podem se tornar resistentes aos medicamentos antivirais passando por mutações.
Já era previsto e se sabia que o H1N1 estava passando por mutações, embora os especialistas considerem improvável uma nova epidemia.
A novidade desta pesquisa é que esta cepa do vírus influenza A, subtipo H1N1, desenvolveu resistência ao oseltamivir mais rapidamente do que qualquer outro caso relatado anteriormente.
Neuraminidase
oseltamivir é um medicamento antiviral comumente usado para combater infecções em gripes fortes.
Ele impede a propagação do vírus bloqueando a atividade da neuraminidase, uma proteína encontrada na superfície do vírus da gripe, que lhe permite penetrar e se multiplicar dentro das células.
Os pesquisadores estudaram uma cepa do vírus da gripe A(H1N1) que sofreu mutação e substituiu o aminoácido histidina na posição 275 por um outro aminoácido.
Eles descobriram que o vírus mutante é resistente aos efeitos do oseltamivir e continua a se replicar a despeito do tratamento.
Efeito contrário
"A mutação real ocorre não por causa da droga, mas por acaso," explica Masafumi Inoue, um dos membros da equipe. "No entanto, a droga mata todos os vírus, exceto aqueles que são resistentes, enriquecendo ainda mais a população de vírus resistentes."
"Se um paciente não responder ao oseltamivir, seria razoável suspeitar de resistência, passando a usar drogas antivirais alternativas," diz Inoue. "Os resultados também nos lembram que um vírus resistente aos medicamentos pode surgir literalmente da noite para o dia."

Fungo que mata mosquito é alternativa para controle da malária

Fungo que mata mosquito é alternativa para controle da malária
Cientistas querem usar fungos patogênicos para matar as larvas de mosquito antes que esses se desenvolvam e possam transmitir a malária
Contra-ataque

Fungos que causam doenças nos mosquitos podem ser usados como alternativa para prevenir a proliferação da malária.

A proposta, feita por cientistas holandeses, é usar esporos flutuantes para matar as larvas dos mosquitos antes que eles possam transmitir a doença.

Há mais de 200 milhões de casos de malária a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, e a doença foi responsável por cerca de 780 mil mortes em todo o mundo em 2009.

No Brasil, são cerca de 500 mil casos por ano.

Malária e plasmódio

A malária é transmitida por mosquitos que procriam em corpos d'água e passam boa parte de seu estágio larval, se alimentando de fungos e de outros microrganismos presentes na superfície da água.

O plasmódio, parasita que causa a malária, é transmitido para os humanos junto com a saliva do mosquito (geralmente do gênero Anopheles) durante a picada.

No corpo humano, o parasita invade o fígado e atinge as hemácias.

Uma vez infectado, é difícil para o hospedeiro humano se recuperar porque algumas espécies de plasmódio são capazes de permanecer dormentes e evitar as drogas contra a malária.

Esses parasitas também estão se tornando resistentes às drogas tomadas para evitar infecções.

Riscos mínimos

De acordo com Tullu Bukhari e colegas do Laboratório de Entomologia da Universidade Wageningen, na Holanda, um modo alternativo para reduzir o risco de infecção por malária é matar os mosquitos.

Fungos, como as espécies M. anisopliae e B. bassiana, causam uma doença conhecida como muscardina nas larvas dos mosquitos, levando à morte dos insetos antes que eles se desenvolvam até o estágio adulto.

Os cientistas empregaram um óleo sintético como base para dispersar esporos fúngicos na superfície da água. Segundo eles, o óleo melhora a dispersão de esporos e o preparo aumenta tanto a persistência como a eficácia dos esporos.

Nos testes feitos pelo grupo, no Quênia, houve morte de 50% mais larvas do que com esporos sem óleo e uma redução de 20% nos estágios de desenvolvimento dos mosquitos.

"Esses fungos oferecem um modo eficaz para controlar os mosquitos que transmitem a malária. E tanto os esporos como o óleo oferecem riscos mínimos para os peixes e demais organismos aquáticos e se mostraram ambientalmente seguros", afirmou Bukhari.

Personalized Medicine Comes Within Reach

ScienceDaily (Feb. 21, 2011) — A team of biologists, clinical oncologists, pathologists and information scientists has established a strategy for identifying biomarkers. If a particular pattern of these biomarkers can be detected in the blood, this indicates a cancerous disease. An interdisciplinary research breakthrough that opens many doors.

Very soon a small finger-prick may provide the basis for the reliable diagnosis and characterisation of a vast variety of cancer types. Present-day diagnosis methods, which detect tumour antigens in the blood, often yield false results. Not only is this expensive, but patients must also subsequently undergo painful biopsies. In contrast, the diagnosis method for prostate cancer, presented after five years of research by an interdisciplinary group of scientists from ETH Zurich, University Hospital Zurich and the Cantonal Hospital of St.Gallen, is highly precise. The researchers' work, being published in theProceedings of the National Academy of Sciences, also offers a generally applicable strategy for identifying biomarkers. This also brings the early diagnosis of other cancer types within reach. Moreover, the biomarker pattern contains information about the type of tumour, which helps to ascertain the best possible therapy to be adopted.

Strategic approach

The scientists' approach in their search for biomarker patterns indicating prostate cancer was extremely focused. The starting point for the research work was the "Pten" gene, which is inactivated in 60% of all prostate cancer patients and leads, for example, to uncontrolled cell growth. These enabled the researchers to ensure a high probability that the subsequent steps, which were carried out in mice as a model organism, would also be relevant to humans. In the first step, the scientists inactivated the "Pten" gene specifically in the mouse prostate. They then identified hundreds of prostate surface proteins in healthy mice, and also in those mice which had developed prostate cancer due to the inactivated gene. Next the researchers compared the protein sets from the healthy mice with those from the cancerous mice. From this they determined a pattern of proteins that is typical of the mutated version of "Pten" and thus also for prostate cancer.

Back to humans

In the second step, the scientists wanted to find out whether the findings from the mouse model were also relevant to humans. They did this by examining tissue and serum samples from prostate cancer patients and a control group. Based on the list of specific proteins drawn up using the mouse model, the researchers identified 39 corresponding proteins in the humans that indicated prostate cancer. The information scientists used more than 20,000 models to calculate the four proteins that enabled the most reliable diagnosis to be made. "We then used this biomarker pattern to examine a cohort of patients whose blood had never previously been analysed. We were able to predict with precision, stability and reproducibility whether they were suffering from prostate cancer," says Wilhelm Krek, professor of Cell Biology at ETH Zurich. Of course, this new biomarker signature needs now be to further validated in a larger clinical trial. The development of this highly promising project is being undertaken by the ETH Zurich spin-off company Proteomedix AG, which is currently developing a diagnosis kit.

In the beginning there was the gene

The biomarker strategy is based on the concept that the onset of cancer triggered by a mutation, such as the inactivation of a gene, is associated with a change in the protein pattern in the affected organ. Since approximately 20% of the surface proteins of certain tissues, including the prostate, can be separated off and detected in the serum, the detection of this kind of protein pattern, which is specific to the illness, represents a reliable potential method of diagnosis.

For many years, scientists have been using a wide variety of high-tech methods in an attempt to identify biomarkers that reliably indicate cancerous disease. Until now this task represented a major challenge, and sometimes measurements were made and analysed quite aimlessly. "The protein patterns that were determined may have reflected the patients' eating habits, but were unable to provide any indication about whether or not a cancerous disease was present," explains Krek. The highly promising research results that have now been produced offer an impressive demonstration that interdisciplinary collaboration between researchers, in this case cell biologists, proteomics experts, pathologists, clinical oncologists and information scientists, is often the only way to achieve success.

Trichinosis Parasite Gets DNA Decoded

ScienceDaily (Feb. 21, 2011) — Scientists have decoded the DNA of the parasitic worm that causes trichinosis, a disease linked to eating raw or undercooked pork or carnivorous wild game animals, such as bear and walrus.
Trichinosis is caused by eating raw or undercooked pork or carnivorous wild game animals, such as bear and walrus, infected with the parasitic worm, Trichinella spiralis. While the disease is rarely deadly, some patients live for months or years with chronic muscle pain and fatigue until the worms eventually die.
After analyzing the genome, investigators at Washington University School of Medicine in St. Louis and their collaborators report they have identified unique features of the parasite, Trichinella spiralis, which provide potential targets for new drugs to fight the illness. The research is published online Feb. 20 in Nature Genetics.

While trichinosis is no longer a problem in the United States -- fewer than a dozen cases are reported annually -- an estimated 11 million people worldwide are infected. Current treatments are effective only if the disease is diagnosed early.

"It takes less than two weeks for the larvae to travel from the intestine to muscle, where they live," says lead author Makedonka Mitreva, PhD, research assistant professor of genetics at Washington University's Genome Center. "Once the worms invade the muscle, drugs are less effective. While the disease is rarely deadly, patients often live for months or years with chronic muscle pain and fatigue until the worms eventually die."

Today, trichinosis occurs most often in areas of Asia and Eastern Europe where pigs are sometimes fed raw meat, and meat inspections are lax.

The new research also has implications far beyond a single parasitic disease, the researchers say. T. spiralis is just one of many thousands of parasitic roundworms called nematodes that, according to the World Health Organization, infect 2 billion people worldwide, severely sickening 300 million. Other species of parasitic nematodes cause diseases in pets and livestock and billions of dollars of crop losses annually.

Among nematodes, T. spiralis diverged early, some 600-700 million years before the crown species, C. elegans, a model organism used in research laboratories. To date, the genomes of 10 nematodes, including five parasitic worms, have been decoded. The latest addition of the T. spiralis genome now allows scientists to compare species that span the phylum.

"T. spiralis occupies a strategic position in the evolutionary tree of nematodes, which helps fill in important knowledge gaps," explains senior author Richard K. Wilson, PhD, director of Washington University's Genome Center and professor of genetics. "By comparing nematode genomes, we have identified key molecular features that distinguish parasitic nematodes, raising the prospect that a single targeted drug may be effective against multiple species."

Over all, the genome of T. spiralis is smaller than that of C. elegans. It has 15,808 genes, compared to C. elegans' 20,000.

Moreover, about 45 percent of T. spiralis genes appear to be novel. These genes have not been found in other organisms and are not listed in public gene databases. The researchers say the worm's early evolutionary split or its distinctive lifestyle -- it can't survive outside the body -- may account for this extensive collection of enigmatic genes.

The researchers also found 274 families of proteins that are conserved among all nematodes and that do not exist in other organisms, including humans. Furthermore, they identified 64 protein families that are exclusive to parasitic nematodes.

"This provides opportunities for scientists to dig deeper into the distinctive features of parasitic nematodes that can be targeted with new drugs," Mitreva says. "If those drugs target molecular features unique to parasitic worms, it is more likely the side effects of those drugs will be minimal in humans."

The research is supported by the National Human Genome Research Institute and the National Institute of Allergy and Infectious Diseases, both of the National Institutes of Health.

Collaborators include scientists at Washington State University, the U.S. Department of Agriculture, Cornell University and Divergence, Inc.