Pesquisar Neste Blog

quarta-feira, 2 de maio de 2012

INCA divulga tipos de câncer relacionados ao trabalho

Câncer do trabalho

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirma que pelo menos 19 tipos de câncer estão relacionados à ocupação e ao ambiente de trabalho.

E trabalhadores de algumas profissões são muito mais propensos ao desenvolvimento desses tumores.

Entre os "cânceres do trabalho" estão os de pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga, mama e leucemias.

E entre os trabalhadores com maior risco de aquisição da doença estão cabeleireiros, pilotos de avião, comissários de bordo, farmacêuticos, químicos e enfermeiros.

Vigilância e diagnóstico correto

Com o objetivo de identificar essa causalidade entre câncer e os agentes específicos no ambiente de trabalho que levam ao seu desenvolvimento, o INCA realizou um estudo chamado "Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho".

O documento será apresentado ao Ministério da Saúde e às secretarias estaduais de saúde, além de outros órgãos que possam usar as conclusões do estudo na criação de ações para evitar o surgimento da doença no ambiente de trabalho.

O documento também ajudará os médicos a fazerem as anotações corretamente quando do diagnóstico de um câncer relacionado ao trabalho.

Orientações técnicas e epidemiológicas

Cada capítulo da publicação foi escrito por um grupo de especialistas e submetido à análise de um comitê de consultores.

O objetivo é oferecer aos profissionais de saúde subsídios, por meio de orientações técnicas e epidemiológicas, para buscar na história pessoal e profissional do paciente, informações ou indícios de contato com compostos potencialmente cancerígenos no ambiente ou no processo de trabalho.

Além das substâncias mais comumente associadas ao desenvolvimento de tumores, como o amianto (ou asbesto), classificada pela Organização Mundial da Saúde como cancerígena para humanos desde 1987, produtos aparentemente inofensivos, como poeiras de cereais, de madeira e de couro, e até mesmo medicamentos (os antineoplásicos) podem provocar câncer.

A via de absorção (respiratória, oral ou cutânea), a duração e a frequência da exposição aos agentes nocivos influenciam a toxidade, mas esses dois últimos fatores não são fundamentais para o desencadeamento do processo da carcinogênese.

O documento completo, em formato pdf, pode ser consultado aqui.
Restrição alimentar na gestação gera obesidade nos filhos
 
Com informações da Agência Fapesp

Programação fetal

A restrição alimentar materna durante a gestação causa alterações no intestino dos filhos que perduram até a vida adulta.

Essas alterações podem colaborar para o estabelecimento da obesidade.

Os resultados do estudo, feito com animais de laboratório por pesquisadores a Universidade Estadual Paulista (Unesp), não estão isolados.

Eles dão suporte à chamada hipótese da programação fetal, já levantada por outros cientistas, segundo a qual o organismo do feto se adapta não apenas às condições do ambiente intrauterino adverso, mas do ambiente em geral.

Por exemplo, já se demonstrou que atividades físicas adequadas durante a gravidez melhoram o coração da mãe e do bebê.

Expressão gênica

No caso do efeito adverso, causado pela alimentação inadequada, como esse metabolismo poupador se mantém após o nascimento, o indivíduo se torna mais propenso a engordar caso o padrão de ingestão calórica melhore.

Na pesquisa, coordenada pela professora Maria de Lourdes Mendes Vicentini Paulino, do Instituto de Biociências do campus da Unesp em Botucatu,

Foram investigados os efeitos da baixa ingestão proteica durante a gestação sobre a atividade e a expressão gênica de enzimas intestinais, e sobre a expressão gênica e imunolocalização de transportadores intestinais da prole, que são fundamentais para a absorção de nutrientes no intestino.

"Para um nutriente ser absorvido, ele primeiro precisa ser digerido por enzimas até alcançar um tamanho pequeno o suficiente para atravessar a membrana das células do intestino. E para que essa travessia ocorra, as moléculas precisam se ligar a proteínas que atuam como transportadores", explica a professora Maria de Lourdes Paulino.

Foram avaliadas a atividade e a expressão gênica das enzimas sacarase, lactase e maltase - responsáveis pela digestão de carboidratos. "Para saber o quanto a síntese dessas enzimas estava sendo estimulada, medimos a abundância do RNA mensageiro relacionado a esse processo", disse Maria de Lourdes.

Imunohistoquímica

Para medir a quantidade de enzimas presente nas células intestinais, um raspado de mucosa foi incubado com o carboidrato a ser digerido.

"Se a intenção é medir a quantidade de sacarase, por exemplo, coloca-se a mucosa em tubo na presença de uma solução de sacarose. A enzima presente na mucosa quebra esse carboidrato em moléculas de glicose e de frutose. Ao final, a glicose originada na reação é quantificada para a determinação da quantidade de enzima presente", explicou a pesquisadora.

Também foram avaliadas a presença e a expressão gênica de dois transportadores de moléculas de glicose - o SGLT1 e o GLUT2 - e de um transportador de peptídeos - o PEPT1.

"Por meio de um estudo de imunohistoquímica, em que foram analisadas as células intestinais, verificamos a presença desses transportadores. Também medimos a proliferação das células intestinais e a altura das vilosidades, para saber se a superfície de absorção de nutrientes estava aumentada", disse Maria de Lourdes.

Da fome à obesidade

O experimento Unesp foi iniciado com dois grupos de ratas-mãe. Durante o período de gestação, a rata do grupo controle recebeu uma dieta com 17% de proteína. A outra recebia apenas 6% de proteína na ração.

Assim que os filhotes nasceram e teve início o período de amamentação, as fêmeas passaram a receber uma dieta idêntica, com 23% de proteína. As primeiras análises foram feitas quando os filhotes estavam com três semanas de idade, o que corresponde ao período de desmame.

"Das três enzimas estudadas, percebemos uma elevação estatisticamente significante na lactase, que é justamente a responsável pela digestão do açúcar do leite, no grupo que sofreu a restrição alimentar. Houve também aumento na expressão gênica dessa enzima", afirmou Maria de Lourdes.

Após o desmame, os filhotes dos dois grupos passaram a receber uma dieta idêntica, normoproteica. Na segunda análise feita com 16 semanas, considerada a fase adulta nos ratos, verificou-se maior atividade e maior expressão gênica da enzima sacarase no grupo cuja mãe havia sido privada de proteínas durante a gestação.

"Não medimos a atividade da lactase na fase adulta porque nos mamíferos, normalmente, a síntese dessa enzima diminui após o desmame", explicou.

Absorção de nutrientes

Nas duas análises - feitas com três e 16 semanas de idade - foi possível notar maior proliferação intestinal, maior expressão gênica e maior presença dos transportadores SGLT1, GLUT2 e PEPT1, com consequências diretas na absorção dos nutrientes. Essas respostas foram encontradas principalmente no duodeno, parte inicial do intestino delgado.

"Os resultados nos mostram que alterações do intestino delgado observadas na idade adulta podem ser programadas durante a gestação e que esta resposta pode ser atribuída, pelo menos parcialmente, ao aumento na expressão gênica de enzimas e transportadores. Essas alterações, que possibilitam maior absorção de nutrientes, talvez possam contribuir para o acúmulo de gordura observado em outros estudos", avaliou Maria de Lourdes.

A equipe pretende agora investigar se a atividade enzimática e a expressão gênica das enzimas pancreáticas, responsáveis por iniciar a a digestão dos nutrientes, são afetadas pela restrição alimentar.

"Vamos estudar a fase anterior do processo digestivo. As enzimas pancreáticas são também ligadas ao fornecimento de energia para o organismo", disse Maria de Lourdes, que destaca a importante participação na pesquisa de Daniela Felipe Pinheiro.

Asma: você está sob risco de um ataque fatal?

Campanha desastrada
Pacientes diagnosticados com asma não conhecem seus próprios riscos individuais quanto a possíveis agravamentos da doença.
O alerta foi emitido pela instituição Asma UK, da Grã-Bretanha.
O objetivo da campanha era evitar que as pessoas sejam internadas com crises graves de asma.
Contudo, a divulgação de uma pesquisa online sobre o tema, feita sem bases científicas, com resultados devidamente amplificados pela imprensa, está tendo o efeito inverso, de gerar temor nas pessoas e fazê-las correr para seus médicos.
Riscos de um ataque de asma
Segundo a pesquisa, realizada pela internet pela organização, até um terço daqueles que visitaram seu site correriam risco de sofrer um ataque fatal de asma.
O levantamento está muito longe de ser um estudo científico, já que não existe nenhum controle sobre as pessoas que acessam o site.
Ou seja, não se alarme indevidamente se você tem asma.
Veja os riscos que estão associados com pessoas com asma em nível muito grave:
  1. Tomar três ou mais medicamentos contra asma - incluindo o uso de inalador (bombinha).
  2. Ter sido internado por crise de asma nos últimos 6 meses.
  3. Usar o inalador 5 ou mais vezes por dia.
  4. Ter anafilaxia, uma reação exagerada a proteínas, geralmente de alimentos como amendoins ou frutos do mar.
  5. Ter usado esteroides nos últimos 6 meses - os esteroides são usados em caso de uma asma fora de controle.
  6. Deixar de usar o inalador quando está se sentindo bem.
  7. Ter febre do feno.
  8. Sentir-se deprimido com frequência ou ter diagnóstico de depressão.
Se você marcar "sim" na maioria dessas questões, então seu risco é grave e é melhor manter sua asma sob controle.
Se não, continue se cuidando, sem se alarmar ou achar que será acometido de um ataque fatal de asma a qualquer momento, como a campanha parece dar a entender a princípio.
Como manter sua asma sob controle
A própria instituição que está patrocinando a campanha dá dicas para que você mantenha sua asma sob controle:
  • Saber quais medicamentos tomar e quando tomá-los.
  • Adotar uma dieta saudável com muitas frutas e legumes frescos.
  • Beber bastante água e evitar ficar desidratado.
  • Reveja seus sintomas e medicamentos com o seu médico pelo menos uma vez por ano (mais frequentemente se tiver sintomas de asma grave ou no caso de suas crianças).
  • Informe a seu médico como os sintomas da asma afetam seu estilo de vida, para que ele possa ajudar a identificar formas de superar esses sintomas para tornar sua vida melhor.
  • Converse com seu médico sobre os medicamentos que você está tomando, como identificar e evitar os gatilhos, e como lidar com uma condição de longo prazo.
  • Use o seu inalador preventivo regularmente, como prescrito. Isto irá reduzir o risco de ter um ataque de asma se você entrar em contato com um gatilho.
Para tirar ainda mais dúvidas, veja também a reportagem: