Pesquisar Neste Blog

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Brasil terá mais de 518 mil novos casos de câncer em 2012

O Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) estima que o Brasil terá 518.510 novos casos de câncer em 2012. Isso equivale a 59 novos registros por hora ou 1.416 por dia.

A projeção, divulgada nesta quinta-feira, é feita com base em dados sobre as mortes pela doença, organizados pelo Ministério da Saúde, e de 19 centros que mantêm registro das ocorrências de tumores nas cidades em que estão localizados. A partir dessas informações, é estimado o total de casos no país.

Na última estimativa, de 2010, o total de novos casos previstos era de 489.270. O Inca diz, porém, que por causa de mudanças na metodologia não é possível comparar os dados.

Apesar disso, o coordenador de ações estratégicas do instituto, Cláudio Noronha, afirma que a tendência é de aumento na incidência da maior parte dos tumores, já que a população brasileira passa por processo de envelhecimento.

TUMORES MAIS COMUNS

Nos homens, os tipos de câncer mais comuns são o de próstata (com 60.180 casos novos estimados para 2012), traqueia, brônquio e pulmão (17.210) e cólon e reto (14.180).

Nas mulheres, a lista começa com câncer de mama (52.680), colo do útero (17.540) e cólon e reto (15.960).

O ranking não inclui os tumores de pele não melanoma, que somam mais de 130 mil casos, mas têm baixa letalidade.

Pela primeira vez, o instituto também estimou a ocorrência em ambos sexos de tumores de bexiga, sistema nervoso central e linfoma não Hodgkin.

Além disso, projetou o total de casos de câncer de ovário, corpo do útero e tireoide nas mulheres e de laringe nos homens.

Com isso, já há estimativas para os tipos de câncer que respondem por 85% do total de casos no país.

Dependendo do tipo de tumor, os fatores de risco podem variar. Os mais comuns, porém, são o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má alimentação, o sedentarismo e, nos casos de câncer de colo de útero e de cavidade oral, a infecção pelo vírus HPV.

Sensor eletrônico detecta primeiros sinais de Alzheimer e Parkinson

Sensor eletrônico detecta primeiros sinais de Alzheimer e Parkinson
A tecnologia usa um biossensor para medir minúsculas concentrações de agregados de proteínas beta-amiloides e alfa-sinucleína no fluido cerebroespinhal.

Biossensor
Cientistas estão testando uma nova tecnologia para detectar os primeiros sinais do Mal de Parkinson ou da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.
A tecnologia usa um biossensor para medir minúsculas concentrações de agregados de proteínas no fluido cerebroespinhal.
O aparelho, ainda em estágio de desenvolvimento, é um exemplo prático de um alerta feito recentemente por um grupo de cientistas de que já é possível fazer umdiagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
Os cientistas foram além e estão estudando também os sinais iniciais de Parkinson.
Beta-amiloides e alfa-sinucleína
As doenças neurodegenerativas são difíceis de diagnosticar em seus estágios iniciais porque apresentam sintomas muito similares.
Entretanto, em um nível celular, agregados das proteínas beta-amiloides e alfa-sinucleína têm sido associados com Alzheimer e Parkinson, respectivamente, tendo-se revelado bons indicadores do surgimento dessas doenças.
Shalini Prasad e seus colegas da Universidade do Texas (EUA) estão desenvolvendo seu sensor eletrônico para que ele seja capaz de detectar esses biomarcadores em baixíssimas concentrações, antes que eles induzam o aparecimento dos primeiros sintomas das doenças.
Nanomembrana
O aparelho é feito de uma placa de circuito eletrônico recoberta por uma folha porosa de óxido de alumínio, uma nanomembrana, capaz de filtrar fluidos e reter as partículas de interesse.
Os pesquisadores colocaram no interior fragmentos de anticorpos no interior dos poros da membrana, anticorpos que são específicos para os agregados de beta-amiloides ou alfa-sinucleína.
Quando essas proteínas passam pela membrana de óxido de alumínio, elas se ligam aos anticorpos, alterando a capacitância da placa e produzindo um sinal que é mostrado pela parte eletrônica do circuito.
O resultado sai em 15 minutos.
Os cientistas agora estão trabalhando em uma versão do biossensor que consiga detectar vários biomarcadores e, a seguir, planejam colocá-lo em testes clínicos.

Vacina para H1N1 é segura para portadores de doenças autoimunes


Segurança da vacina
Portadores de doenças reumáticas autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, apresentam maior risco de infecção do que a população em geral.
Por isso, precisam ser vacinados contra novos vírus, como o H1N1, causador da gripe suína.
Mas não se sabia se as vacinas desenvolvidas para combater esse subtipo do vírus da influenza apresentavam riscos e seriam eficazes para esses pacientes.
Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) comprovou a imunogenicidade e a segurança da vacina contra o H1N1 em pacientes com doenças reumáticas autoimunes e em pessoas submetidas à terapia imunossupressora, como as com câncer ou as que receberam transplante.
Doenças autoimunes
Durante o estudo, foram avaliados e vacinados contra o H1N1 1.668 pacientes diagnosticados com artrite reumatoide, espondiloartrites, lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite, doença mista do tecido conectivo, vasculites sistêmicas, esclerose sistêmica, síndrome de Sjögren, síndrome antifosfolípide e artrite idiopática juvenil, entre outras.
Também foram recrutadas 234 pessoas saudáveis para receber a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a indústria farmacêutica Sanofi-Aventis.
Juntamente com os pacientes com doenças reumáticas autoimunes, o grupo de controle foi acompanhado por 21 dias após a vacinação para avaliação dos efeitos colaterais.
Ao comparar a resposta imune à vacina pelos dois grupos, os pesquisadores constataram que, de forma geral, a dos pacientes com doenças reumáticas autoimunes foi equivalente a das pessoas saudáveis.
Reação aos medicamentos
"A resposta imune à vacina contra o H1N1 na população normal ficou em torno de 77%, contra 63% dos pacientes com doenças autoimunes. Com base nisso, agora podemos afirmar, com segurança, que esses pacientes podem ser vacinados contra a gripe, porque respondem bem à vacina", disse Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, professora da USP e coordenadora do estudo.
De acordo com a pesquisadora, a resposta imune à vacina contra o H1N1 foi menor do que a apresentada pelas pessoas saudáveis apenas em pacientes diagnosticados com lúpus, artrite reumatoide e artrite psoriática.
Ao investigar as causas para essa diferença, os pesquisadores descobriram que isso se deve ao efeito dos imunossupressores e corticoides utilizados na medicação desses pacientes.
E que quando esses medicamentos são associados ao uso de cloroquina - um antimalárico muito usado no tratamento de doenças reumáticas autoimunes - a resposta imune à vacina por esses pacientes melhora e tende a se normalizar.