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segunda-feira, 21 de março de 2011

DNA humano possui superestruturas escondidas

DNA humano possui superestruturas escondidas
Pesquisadores descobriram padrões organizacionais até agora desconhecidos dentro do DNA humano. Cada uma dessas superunidades contém centenas de genes, que parecem ter uma função biológica global
Palavras do DNA
Todos já estão acostumados para as letras do DNA - A, C, G e T são os símbolos dos nucleotídeos adenina, citosina, guanina e timina.
Elas se unem para formar as pontes entre as hastes retorcidas da chamada "molécula da vida".
Mas parece que essas letras podem se unir em unidades maiores, como "palavras" ou até mesmo "frases".
Unidades básicas do DNA
Um grupo de pesquisadores das universidade de Málaga (Espanha) e Harvard (Estados Unidos) descobriram que o DNA contém estruturas maiores, muito além das letras individuais dos nucleotídeos.
Embora as funções dessas estruturas ainda não estejam bem claras, isto significa que os genes não são a única unidade organizacional dentro da sequência genética de um organismo.
Os cientistas verificaram que os genes individuais dentro dessas superestruturas têm uma interrelação que não pode ser explicada pelo mero acaso, implicando que as estruturas têm alguma função biológica.
Entropia
O genoma humano contém cerca de 3 bilhões das letras químicas A, C, G e T, que codificam os genes. As sequências de genes estão inseridas em porções mais longas do DNA, conhecidas como isócoras ou isocores.
Mas Pedro Carpena e seus colegas começaram a procurar regularidade em escalas maiores do que uma única isócora, que é definida pelo percentual de G e C em sua sequência.
Eles procuraram por regiões ricas em GC e pobres em GC nas sequências dos cromossomos humanos, utilizando um algoritmo baseado no conceito de entropia - uma medida do número de diferentes maneiras que um estado pode ser gerado.
Se uma moeda arremessada 10 vezes resulta em cinco caras e cinco coroas, toda a sequência tem alta entropia, porque existem muitas maneiras de conseguir esse resultado 50%-50%. Mas duas rodadas, com cinco resultados idênticos cada uma, tem uma entropia muito baixa, porque só há uma forma para que isso ocorra.
Carpena e seus colegas dividiram a sequência de nucleotídeos em segmentos que maximizam a diferença de entropia entre segmentos individuais e a sequência como um todo.
Superestruturas no DNA
Ao contrário do que acontece com uma moeda, contudo, a probabilidade de um determinado nucleotídeo aparecer não é independente dos nucleotídeos que vieram antes dele.
Para levar isso em conta, Carpena e seus colegas desenvolveram um novo modelo com uma ordenação realista de longo alcance, em substituição aos modelos aleatórios usados até então.
Eles descobriram que cada cromossomo humano é dividido em grandes segmentos com dezenas de milhões de nucleotídeos de comprimento - mais do que qualquer estrutura organizacional previamente conhecida no genoma.
Esses segmentos, que eles batizaram de "superestruturas", têm cerca de duas centenas de genes em média.
Função biológica desconhecida
Para verificar se estas superestruturas são biologicamente significativas, ou se não seriam apenas anomalias estatísticas, a equipe analisou os genes nessas superestruturas.
Eles usaram um banco de dados que atribui a cada gene um termo descritivo de sua função biológica, como "membrana", "metabólica" ou "sinalização".
Dois genes selecionados aleatoriamente tendem a compartilhar 6 desses termos descritivos. Dois genes na mesma isócora compartilham 15.
Quaisquer dois genes na mesma superestrutura tendem a compartilhar cerca de 18 termos.
Para Carpena e seus colegas, esta similaridade funcional sugere que a superestrutura tem uma função biológica, mesmo que ainda não consigam identificá-la.

Brasileiras criam hidrogel de biomateriais para implantes ósseos

Brasileiras criam hidrogel de biomateriais para implantes ósseos
O hidrogel pode ser preparado de diversas maneiras, de acordo com a função a que se destina.
Biomateriais
A solução para o preenchimento de defeito ósseo, especialmente o da região da face, pode estar em um hidrogel à base de biomateriais como a quitosana e a hidroxiapatita.
O hidrogel mistura um teor de componente inorgânico (a hidroxiapatita) e um teor de componente orgânico (a quitosana) similares aos encontrados no osso humano, no qual o componente orgânico corresponde a diversas proteínas, majoritariamente colágeno.
A inovação é fruto do trabalho de Geovanna Pires e Valéria Pagotto Yoshida, do Instituto de Química da Unicamp.
Hidrogel
O hidrogel pode ser preparado de diversas maneiras, desde a forma de um gel úmido, com resistência suficiente para ser manipulado e fracionado em um eventual implante ou para a realização de preenchimento de defeito ósseo, sendo que nesse caso ele pode ser preparado como um material esponjoso e rígido.
Por ser manipulável, é um forte candidato ao preenchimento. "Temos portanto um material nas duas formas", descreve Yoshida.
Ele também pode ser preparado na forma de um xerogel, ou seja, um gel seco, poroso, com estrutura bem-definida, que poderia ser utilizado como arcabouço para processos de engenharia de tecidos.
Após a obtenção do hidrogel, ele é cortado pelo cirurgião - médico ou dentista - no mesmo formato da falha óssea, como a de uma fratura, por exemplo, com o objetivo de preenchê-la. A peça então preparada assumiria a forma exata para que pudesse ser devidamente implantada no local.
A pesquisadora revela que a aparência do hidrogel lembra a de uma cartilagem, enquanto intumescido em solução de fluido corpóreo ou em solução que pode conter medicamentos importantes no momento do implante, capaz de atuar como matriz temporária para auxiliar na proliferação celular e na deposição da matriz extracelular, para a troca progressiva do biomaterial por uma estrutura regenerada e reconstituída.
Quando seco, parece um osso. Mas é diferente dos materiais atuais, que já são encontrados em pedaços sólidos e não moldáveis, os quais, quando usados para o preenchimento de falhas ósseas, precisam completar os seus vazios com uma pasta auxiliar. O gel do estudo desponta como um material único, que elimina totalmente a necessidade dessa pasta.
Geovanna Pires explica que a durabilidade do hidrogel ainda não está esclarecida, o que demandaria testes in vivo. No trabalho, a pesquisadora fez os testes apenas in vitro. Isso porque, enquanto era desenvolvido o produto, salienta Yoshida, ocorreu uma mudança na legislação dos biotérios e, por isso, houve grande dificuldade de acesso a animais para levar adiante esta etapa.
Quitosana e hidroxiapatita
O material forma um hidrogel moldável constituído de quitosana e de hidroxiapatita nucleada que cresce in situ. Enquanto intumescido, ou ainda na forma de xerogel (seco), com uma estrutura rígida muito semelhante à encontrada em osso desproteinado (poroso), apresenta uma série de poros interconectados, que vão desde macroporos até microporos semelhantes ao osso, proporcionando a difusão de nutrientes para os tecidos.
Além disso, na presença de silício (não silício elementar, e sim siloxano), a fase de hidroxiapatita nucleia mais rapidamente e em maior quantidade, confirmando assim algumas suspeitas descritas na literatura de que o silício é um componente valiosíssimo na nucleação da fase inorgânica do osso.
Algumas vantagens ainda associadas aos biomateriais aqui avaliados estão na sua preparação, que acaba não gerando resíduos de fabricação e eles se sobressaem entre outros pela facilidade na fase de moldagem. "Isso poderia ser feito in loco no ato cirúrgico", sugere Bertran.
Geovanna Pires garante que há muitas patentes envolvendo hidroxiapatita e os demais componentes orgânicos. Contudo, a sua tarefa foi um pouco além: "desenvolvemos um processo de obtenção diferente, uma vez que a grande maioria deles relaciona-se a pastas, misturando-se hidroxiapatita em pó, por processo mecânico, a uma fase orgânica, das mais diferentes formas, porém sem o controle da estrutura", completa.
Controle de porosidade
Materiais com controle de porosidade, prossegue a pesquisadora, é um dos pré-requisitos para o sucesso da implantação e da regeneração de tecidos ósseos. Deste modo, quanto mais se assemelhar ao osso, mais este material terá a chance de ser bem-sucedido.
"A propósito, procuram-se em geral componentes com estrutura que mais se aproxime do colágeno e da hidroxiapatita", comenta Yoshida. O novo hidrogel conseguiu parecer mais com o osso do que os produtos similares disponíveis no mercado.
Um aspecto bastante curioso da pesquisa na formação da parte inorgânica do hidrogel é que, de certa forma, ele está mimetizando aquilo que certamente acontece na formação do osso.
"No organismo, a hidroxiapatita nucleia e cresce em uma matriz orgânica constituída majoritariamente de colágeno, que é mais ou menos o que acontece na formação do hidrogel, no qual a hidroxiapatita nucleia e cresce em uma matriz de quitosana. Essa é a grande diferença de uma 'pasta mecânica' composta de um pó de hidroxiapatita e de outra fase orgânica", esclarece Yoshida.
Mercado
Geovanna conta que o produto deve agora ser levado à escala piloto e, em seguida, à escala industrial.
Mas o primeiro passo nesta direção já foi dado pela especialista ao entrar com um pedido de depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi), já concedido em 2010.
"As indústrias mais interessadas no produto seriam as de biomateriais e as especializadas em preenchimento ósseo na área odontomédica", informa.
Segundo Yoshida, um dos objetivos da investigação foi o estudo de nucleação e crescimento de partículas de hidroxiapatita sobre um material que simulasse o colágeno, comparando-se a nucleação e o crescimento das partículas da fase inorgânica na presença e na ausência de siloxanos solúveis (família de substâncias químicas que são derivadas do silício).
A nucleação corresponde a um processo no qual moléculas ou íons dispersos na solução se aglomeram em escala nanométrica. Estes aglomerados constituem o núcleo e apenas se tornam estáveis a partir de um certo tamanho crítico, que depende das condições nas quais a nucleação ocorre. É durante este processo que os íons ou moléculas se arranjam de uma forma definida e periódica, determinando a estrutura do cristal.
Segundo a pesquisadora, existem poucos trabalhos na literatura que se referem ao valor do silício solúvel na nucleação da fase inorgânica do osso, apesar de hoje haver um consenso sobre a importância deste elemento no organismo. "Nós nos propusemos a estudar o efeito do silício, sob a forma de siloxano, na nucleação da fase de hidroxiapatita, em presença do material orgânico", afirma.
O uso da quitosana como biomaterial é bastante difundido, contudo pouco foi esclarecido acerca do seu emprego na formação da hidroxiapatita in situ.
Neste sentido, a linha de pesquisa de Yoshida procurou conjugar o seu conhecimento no assunto relativo ao comportamento dos siloxanos, introduzindo-os nos processos que levam à nucleação e ao crescimento in situ das partículas de hidroxiapatia, por haver fortes indícios de que tal elemento químico, pertencente ao grupo do carbono, é também decisivo neste processo.
A intenção de Geovanna Pires foi a de tentar estabelecer os fatos que levam à nucleação de hidroxiapatita e à incorporação de siloxano neste material.

Diabéticos poderão medir glicose no fluido lacrimal

Trocando a dor pelas lágrimas
Pesquisadores norte-americanos desenvolveram um sensor que substitui a picada no dedo hoje utilizada pelos pacientes de diabetes para coletar sangue, por uma coleta de fluido lacrimal.
A quantidade de lágrima necessária é mínima, não sendo necessário dar uma picada no dedo para chorar.
Segundo os pesquisadores, a glicose no fluido lacrimal dá uma indicação dos níveis de glicose no sangue com uma precisão tão grande quanto uma análise direta de uma amostra de sangue, dizem os pesquisadores.
Sensor de glicose
"O problema com as atuais tecnologias de monitoramento da glicose no sangue não é tanto o sensor. É a dor da picada no dedo que faz as pessoas relutarem em realizar o teste," diz o Dr. Jeffrey LaBelle, da Universidade do Estado do Arizona.
"Esta nova tecnologia pode encorajar os pacientes a verificar seu açúcar no sangue mais frequentemente, o que pode levar a um melhor controle do seu diabetes com um simples toque nos olhos," afirma.
O sensor deve ser posto em contato com o canto do olho, onde ele absorve uma pequena quantidade de fluido lacrimal, que é suficiente para medir a glicose.
O novo sensor mede o então nível de glicose no sangue a partir desse fluido lacrimal.
Velocidade do sensor
O maior desafio foi aumentar a velocidade do exame, para que o teste seja feito antes que o fluido lacrimal evapore do coletor.
Isto é essencial para que o sensor funcione com a umidade natural do olho, sem que a pessoa precise derramar uma torrente de lágrimas.
Os cientistas estão atualmente coletando dados estatísticas das amostras em busca da autorização para os primeiros testes em larga escala. Só depois disso é que o novo sensor poderá ser comercializado.

Veterinary Radiology & Ultrasound - American College of Veterinary Radiology - March/April 2011 Volume 52, Issue 2 Pages 121–238









    1. REID TYSON, DOUGLAS C. SMILEY, ROBERT S. PLEASANT and GREGORY B. DANIEL
      Article first published online: 7 OCT 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01754.x

    2. INÉS CARRERA, MARTIN SULLIVAN, FRASER MCCONNELL and RITA GONÇALVES
      Article first published online: 28 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01756.x

    3. BENJAMIN D. YOUNG, JONATHAN M. LEVINE, BRIAN F. PORTER, ANNIE V. CHEN-ALLEN, JOHN H. ROSSMEISL, SIMON R. PLATT, MARC KENT, GEOFFREY T. FOSGATE and SCOTT J. SCHATZBERG
      Article first published online: 2 NOV 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01758.x

    4. JAMES SUTHERLAND-SMITH, RYAN KING, DOMINIK FAISSLER, ROBIN RUTHAZER and AMY SATO
      Article first published online: 11 NOV 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01764.x

    5. MATHIEU SPRIET, ERIK R. WISNER, LUCY A. ANTHENILL and MICHAEL H. BUONOCORE
      Article first published online: 26 OCT 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01753.x

    6. NATASHA M. WERPY, CHARLES P. HO, ANTHONY P. PEASE and CHRISTOPHER E. KAWCAK
      Article first published online: 13 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01761.x

    7. MARTIN A. BAKER and IAIN MACDONALD
      Article first published online: 11 NOV 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01762.x

    8. ANGELA J. MAROLF, DEBRA S. GIBBONS, BRENDAN K. PODELL and RICHARD D. PARK
      Article first published online: 2 NOV 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01759.x
    9. AMY HABING, JOANA C. COELHO, NATHAN NELSON, ANDREW BROWN, MATHEW BEAL and JENNIFER KINNS
      Article first published online: 28 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01770.x

    10. LENE E. BUELUND, DORTE H. NIELSEN, FINTAN J. MCEVOY, EILIV L. SVALASTOGA and CHARLOTTE R. BJORNVAD
      Article first published online: 11 NOV 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01765.x

    11. MARC KENT, SHANNON HOLMES, ELI COHEN, SHARISE SAKALS, WESLEY ROACH, SIMON PLATT, SCOTT SCHATZBERG and ELIZABETH HOWERTH
      Article first published online: 26 OCT 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01755.x

    12. BUNITA M. EICHELBERGER, SUSAN L. KRAFT, CHARLES H. C. HALSEY, RICHARD D. PARK, MATTHEW D. MILLER and LISA KLOPP
      Article first published online: 28 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01766.x

    13. STEPHANIE A. THOMOVSKY, REBECCA A. PACKER, GRANT N. BURCHAM and HOCK GAN HENG
      Article first published online: 13 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01768.x

    1. DAVID A. JIMÉNEZ, ROBERT T. O'BRIEN, JOHNA D. WALLACE and EMILY KLOCKE
      Article first published online: 4 JAN 2011 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01767.x

    1. ANDERS E. HANSEN, FINTAN MCEVOY, SVEND A. ENGELHOLM, IAN LAW and ANNEMARIE T. KRISTENSEN
      Article first published online: 26 OCT 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01757.x

    1. DAVID A. BOMMARITO, MICHAEL S. KENT, KIM A. SELTING, CAROLYN J. HENRY and JIMMY C. LATTIMER
      Article first published online: 13 DEC 2010 | DOI: 10.1111/j.1740-8261.2010.01763.x