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quarta-feira, 14 de março de 2012

Planta tem ação anti-inflamatória em peles sensíveis

Conhecida da medicina popular, Physalis angulata demonstra potencial para se tornar aliada de pessoas com pele sensível ou intolerante a cosméticos. 
Medicamento natural

Velha conhecida da medicina popular, a planta Physalis angulata demonstrou em testes clínicos potencial para se tornar uma grande aliada de pessoas com pele sensível ou intolerante a cosméticos, que podem desenvolver dermatites.

Em pesquisa realizada pela empresa Chemyunion Química - fabricante de matérias-primas para a indústria cosmética e farmacêutica - o extrato concentrado do vegetal mostrou ação anti-inflamatória equivalente à da hidrocortisona, mas sem os efeitos adversos dessa última.

Enquanto o uso prolongado de corticoides tópicos prejudica a formação de colágeno e torna a pele mais fina e suscetível a lesões, os ativos da P. angulata estimulam a produção dessa proteína e a regeneração celular.

"Mesmo pessoas com pele normal podem se beneficiar do efeito antienvelhecimento do extrato", disse Márcio Antônio Polezel, diretor industrial da Chemyunion.

Fisalinas, fitoesterois e flavonoides

Também conhecida como camapu, juá, balãozinho ou saco de bode, a P. angulata está presente no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste brasileiro, mas se concentra principalmente na Amazônia.

Há muito tempo a planta medicinal é usada em chás e infusões no combate à asma, hepatite,malária, reumatismo e também como diurético e analgésico.

Nos anos 1970, cientistas descobriram que substâncias existentes na planta, batizadas de fisalinas, possuíam ação anti-inflamatória. Estudos posteriores sugeriram que as fisalinas poderiam também ser uma arma contra o câncer, a tuberculose e a doença de Chagas.

"No início achávamos que a ação anti-inflamatória vinha somente das fisalinas, mas descobrimos que no caule e nas folhas da planta - partes usadas na pesquisa - a quantidade dessa substância é pequena. O benefício é proporcionado por fitoesterois, flavonoides e diversas outras substâncias presentes no vegetal", disse Polezel.

CO2 supercrítico

Para extrair os princípios ativos das plantas, a indústria cosmética geralmente recorre a solventes como água, álcool etílico, propilenoglicol ou butilenoglicol. "O problema é que essas substâncias permanecem no extrato final e podem causar efeitos indesejados. O álcool, por exemplo, resseca a pele", disse.

Na tentativa de obter uma matéria-prima pura e com concentração até 10 mil vezes maior de substâncias ativas, os pesquisadores recorreram a um método pouco comum no meio cosmético: a extração com dióxido de carbono (CO2) supercrítico.

"Nós submetemos o CO2 a uma pressão 500 vezes maior que a da atmosfera. O gás entra em um estado chamado supercrítico, intermediário entre o líquido e o gasoso. É então injetado nos reatores de extração, penetra nas células do vegetal e retira os ativos. Quando a pressão é reduzida a 70 atmosferas, o CO2 retorna ao estado gasoso e se separa do extrato, que cai em um coletor", explicou Polezel.

O processo não ultrapassa a temperatura de 50 ºC, o que garante a integridade das moléculas. Além disso, pode ser considerado ecologicamente correto, uma vez que o CO2 é utilizado em ciclo fechado dentro do extrator.

O problema é o preço. Enquanto um extrato vegetal pode custar apenas R$ 4 o quilo, cada grama da matéria-prima superconcentrada pode chegar a R$ 170 reais ou até mais, dependendo dos ativos que se busca.

"É no mínimo dez vezes mais cara, levando-se em conta a diferença de concentração. Mas não tem o efeito indesejável do solvente e permite dosar com precisão a concentração desejada dos ativos, de forma a se conseguir a eficácia que se busca, o que garante a eficácia", explicou Polezel.

Superconcentrado

A empresa também desenvolveu um extrato hidroglicólico comum de P. angulata para comparar com o superconcentrado e com a hidrocortisona durante as pesquisas.

Os primeiros testes de eficácia e segurança foram feitos in vitro com culturas de células humanas. Em seguida, o efeito dos dois extratos vegetais e da hidrocortisona foi comparado em 33 voluntários entre 18 e 60 anos.

"Comprovamos que a P. angulata tem ação equivalente à de corticoides e demonstramos que o extrato superconcentrado é no mínimo 25% mais eficaz no combate à inflamação que a versão hidroglicólica, tendo-se como base o mesmo teor de ativos", disse Gustavo Facchini, pesquisador do projeto.

Os dois tipos de extrato de P. angulata já foram lançados no mercado. O superconcentrado ganhou o nome de Physavie, e o hidroglicólico, de EcoPhysalis. Segundo a gerente de pesquisa e desenvolvimento da Chemyunion, Cecília Nogueira, cerca de dez empresas brasileiras e estrangeiras estão testando ou lançando cosméticos com esse ativo.

"O Physavie é um produto premium, para a indústria cosmética de primeira linha. É mais caro, mas vai resolver o problema de quem tem pele sensível em menos tempo, com menor quantidade e sem o risco de efeitos colaterais causados pelos extratos comuns contendo solventes", disse Nogueira.
Gravidez: As percepções da concepção


Preocupações não compartilhadas

A decisão de engravidar é uma decisão para a vida toda. Mas, de forma não muito surpreendente, isso parece ser uma verdade muito maior para as mulheres do que para os futuros pais.

Quando decidem engravidar, as mulheres se preocupam muito mais com a própria fertilidade do que os homens - ainda que a metade dos problemas de fertilidade seja deles.

Nada menos do que 42% das mulheres revelaram ter ficado "obcecadas" em ficar grávidas assim que decidiram ter um filho.

Mas apenas 10% dos seus parceiros compartilharam dessa obsessão.

E, quando as coisas não acontecem no ritmo esperado, as mulheres são as primeiras a procurar auxílio médico.

Contagem de espermatozoides

Mas, segundo o Dr. John Herr, da Universidade da Virgínia (EUA), o mais natural seria que o homem fosse ao médico primeiro, uma vez que metade dos casos da não-concepção deve-se a uma baixa contagem de espermatozoides.

"Muitos homens ficam relutantes ou embaraçados em ir ao médico fazer uma contagem de esperma, mesmo se isto significar que sua parceira vai ela própria fazer exames e, eventualmente, começar tratamentos de fertilidade," diz a Dra. Pamela Madsen, coautora do estudo.

Os médicos afirmam esperar que isso possa mudar, contribuindo para o bem-estar tanto do homem quanto da mulher, com a chegada ao mercado de um teste de contagem de espermatozoides que pode ser feito em casa.


O estudo mostrou que 8 em cada 10 homens que estão planejando ter filhos assumem que eles próprios são férteis.

Enquanto 43% deles acreditam que suas parceiras gostariam de saber se sua contagem de esperma é normal, o número sobe para 67% quando a pergunta é feita diretamente à mulher.

Preocupações sobre a fertilidade

Veja abaixo algumas das principais conclusões deste estudo sobre a fertilidade de homens e mulheres.

Um pouco menos da metade (44%) daqueles que querem ter filhos estão preocupados se conseguirão ter um quando decidirem porque ficaram tentando evitar a gravidez durante anos.

Mais da metade (59%) afirma que não vão contar aos outros que estavam tentando engravidar se não conseguirem.

Quase metade (49%) das mulheres que demoraram mais do que o esperado para engravidar afirmam que seu parceiro não se preocupou em fazer uma contagem de esperma.

23% das mulheres que estavam tentando engravidar afirmaram que não procuraram informações ou auxílio médico para seu parceiro quando a gravidez começou a demorar muito para acontecer.

Mais de um quarto (27%) daquelas que planejam engravidar disseram-se embaraçados em discutir a fertilidade com a família e com amigos, e um número similar, 23%, disse que seu parceiro ficava desconfortável em discutir questões sobre fertilidade masculina.

Percepções sobre a concepção

As percepções sobre a concepção antes (planejando/tentando ficar grávida) e depois (após o nascimento do filho), variaram largamente.

A questão era como a fertilidade e a concepção afetaria o relacionamento do casal.
AntesDepois
O parceiro me dará apoio90%76%
O relacionamento ficará mais forte80%64%
O parceiro sabe como me apoiar74%61%
O parceiro está entusiasmado com a gravidez92%80%
O parceiro irá me deixar se eu não engravidar11%4%
Gene extra deixa animais magros e livres de câncerRedação do Diário da Saúde
Estrutura do gene humano Pten. Uma cópia extra desse gene gerou camundongos praticamente imunes ao ganho de peso e ao câncer.
Gene da saúde

Com a manipulação de uma única área genética, camundongos passaram a perder peso mesmo quando seu apetite aumentou e eles passaram a comer mais.

E não foi apenas isso: os animais passaram a viver mais e parecem ter adquirido uma imunidade contra o câncer.

O "tratamento" foi feito dando às cobaias doses de um medicamento usado contra o câncer em humanos.

Gordura marrom hiperativa

Um dos segredos desse aparente rejuvenescimento dos animais deve-se a uma hiperatividade da gordura marrom, a chamada gordura boa.

A gordura marrom queima energia, em vez de armazená-la, evitando o ganho de peso. Com essa gordura hiperativa, os animais se tornaram quase imunes ao ganho de peso.

O estudo vem se somar a outros indícios de que os supressores tumorais não são capazes apenas de nos proteger do câncer, afirmam os cientistas.

Esses medicamentos também possuem capacidades que poderão ser exploradas em novas estratégias terapêuticas para melhorar o controle de peso e combater os efeitos do envelhecimento.

"Os supressores tumorais são na realidade genes que têm sido usados pela evolução para nos proteger de todos os tipos de anormalidades," diz o Dr. Manuel Serrano, do Centro Nacional de Pesquisas contra o Câncer, da Espanha.

Desequilíbrio metabólico benéfico

A equipe estudou um supressor tumoral que normalmente é perdido quando os humanos têm câncer, o chamado gene Pten.
Camundongos com uma cópia extra desse gene ganharam algumas características impressionantes: eles não contraíram câncer, ficaram mais magros mesmo depois de comer mais, tornaram-se menos suscetíveis à resistência à insulina e acumularam menos gordura em seus fígados.

Isto levanta a hipótese de que os animais sofreram algum tipo benéfico de desequilíbrio metabólico.

Esses benefícios parecem estar associados ao fato de que os "camundongos Pten" queimam mais calorias, devido a uma gordura marrom hiperativa.

Para eliminar outros fatores que poderiam estar concorrendo para os resultados, os cientistas usaram um outro composto molecular inibidor que imita os efeitos do PTEN, e os resultados foram os mesmos.

Eles agora querem descobrir se os mesmos efeitos valem para os humanos, que se tornam mais suscetíveis ao câncer e ao acúmulo de gordura por volta da meia-idade.