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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz 
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - CPqAM

11 a 12 de Novembro de 2010 - Recife-PE


ALGUMAS FOTOS DO EVENTO
Joel Majerowicz na mesa de abertura do evento
com o diretor Eduardo Freese e Iara vice, e Adolpho

Joel entregando a placa para Cristiane Mendes do cemib

Simone dando palestra 

Simone recebendo a placa de participação

foto dos palestrantes 

Notas - Semana de 11 a 17 de novembro de 2010

Anvisa divulga cartilha sobre uso correto de medicamentos em seu site 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está disponibilizando em seu site uma cartilha elaborada por pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Ciência & Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) – um dos 122 institutos criados pelo governo brasileiro, em 2009, para integrar redes de pesquisa de diferentes partes do País. Em forma de história em quadrinhos, a cartilha alerta para os riscos do uso inadequado dos medicamentos, retratando práticas comuns do cotidiano que contribuem para aumentar a resistência bacteriana. Na narrativa, criada pelos pesquisadores Lídia Moreira Lima, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Angelo da Cunha Pinto, do Instituto de Química da UFRJ, Zequinha está com febre e, sua mãe, apavorada, vai aconselhar-se com sua irmã. Ela comenta que seu filho teve algo parecido e que uma amiga havia lhe recomendado um remédio "ótimo". Zequinha toma as sobras de medicamentos usados por seu primo e tem uma melhora súbita, mas logo cai de cama outra vez. Ao procurar um médico, a família fica sabendo dos perigos atrelados a automedicação e aprende como fazer o uso correto dos antibióticos. A cartilha ainda chama a atenção para a importância de se consultar o médico e, principalmente, seguir rigorosamente o tratamento prescrito na receita. Através da história da doença de Zequinha a cartilha explica, em uma linguagem científica de fácil entendimento para o público leigo, como e porquê as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos. Mais informações (arquivo em formato PDF): http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ 365f5900447daec291b1d17d15359461/cartilha_antibiotico.pdf?D=AJPERES&useDefaultText=0&useDefaultDesc=0 


Capes lança programa de cooperação científica entre Brasil e França 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria como Ministério Francês das Relações Exteriores e Européias (Maee) acaba de lançar o Programa Saint-Hilaire, com o objetivo de selecionar propostas de edição de obras científicas na área de ciências humanas e sócias aplicadas desenvolvidas por meio da parceria entre pesquisadores do Brasil e da França. O programa, lançado por meio do edital 64/2010 da Capes, está com inscrições abertas até 13 de dezembro. Os trabalhos deverão ser apresentados simultaneamente por um pesquisador no Brasil e um na França e ser resultado de atividades desenvolvidas por pesquisadores brasileiros em cooperação com universidades, centros de ensino superior ou instituições de pesquisa da França. O programa prevê a concessão de até duas viagens de trabalho por ano. Do lado brasileiro, a Capes concederá auxílio financeiro para a aquisição das passagens aéreas dos brasileiros e para o custeio das diárias dos franceses no Brasil. Do lado francês, o programa fornece auxílio financeiro para as despesas com passagens aéreas dos pesquisadores franceses e as diárias dos brasileiros na França. Mais informações (arquivo em formato PDF): http://www.capes.gov.brimages/stories/download/bolsas/Edital_064_SaintHilaire.pdf 


Eventos no Rio e São Paulo celebram o Ano da Alemanha no Brasil 
Na próxima semana, dos dias 16 a 19 de novembro, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realizará uma série de atividades nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo para comemorar o Ano da Alemanha no Brasil. As atividades das áreas de Modelagem Matemática e Computacional e de Materiais Avançados serão realizadas na sede da ABC, no Rio de Janeiro (Rua Anfilófio de Carvalho, 29, 3º andar, Centro). Em São Paulo ocorrerão palestras sobre Física da biosfera, na sede da Fapesp, e sobre gerontologia e doenças cronodegenerativas, no Instituto do Coração (InCor). Além dessas sessões, o evento incluirá um encontro de estudantes brasileiros que participam de intercâmbio com a Alemanha e jovens alemães que estudam no Brasil. No dia 19 de novembro será feita uma apresentação dos pontos mais relevantes dos sistemas de educação superior na Alemanha e no Brasil, no auditório da ABC. Segundo a organização do evento, o objetivo das atividades é fomentar iniciativas de colaboração entre os dois países, tanto no nível institucional, como entre pesquisadores individuais, além de auxiliar a identificação de novos tópicos de cooperação. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail alemanha@abc.org.br com nome, instituição e evento em que quer se inscrever. No assunto deve constar INSCRIÇÃO ALEMANHA-BRASIL. A ABC fornecerá aos estudantes que necessitarem o certificado de participação no evento. Mais informações (arquivo em formato PDF): http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-221.pdf 


Ato de encerramento dos eventos comemorativos dos 70 anos da PUC-Rio 
Foi realizado na tarde de hoje, no Ginásio da PUC-Rio, com a presença do Arcebispo do Rio de Janeiro e Grão-Chanceler da PUC-Rio Dom Orani Tempesta, o encerramento dos eventos comemorativos da “PUC-Rio 70 anos, rumo aos 80.” Na ocasião também foi realizada a premiação do concurso de monografias PUC-Rio 70 anos, rumo aos 80, organizado pela Vice-Reitoria para Assuntos Acadêmicos, e entregues medalhas comemorativas. A FAPERJ foi uma das instituições homenageadas pela instituição e esteve representada por seu diretor-presidente, Ruy Garcia Marques. No evento também foi lançado o livro PUC-Rio 70 anos, rumo aos 80, produzido pelo Núcleo de Memória da PUC-Rio. A Exposição PUC-Rio 70 anos, no Solar Grandjean de Montigny, permanecerá em funcionamento até o dia 19/12/2010, de segunda a sexta-feira entre 10 e 19h, e nos sábados e domingos entre 14 e 19h. Maiores informações: http://www.ccpg.puc-rio.br/70anos/ 


Evento celebra 10 anos do Mestrado em Engenharia Ambiental da Uerj 
Teve início na manhã desta quinta-feira, 11 de novembro, uma série de palestras voltadas para celebrar os 10 anos de criação do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental (Peamb) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e avaliar os seus impactos no contexto de desenvolvimento sócioeconômico e tecnológico e a demanda, devido à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Na manhã desta sexta-feira, 12 de novembro, às 10h, será realizado no Auditório 93 da Uerj (Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Auditório 93, 9º andar), uma homenagem ao diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques. O encerramento do evento está previsto para às 13h, quando serão distribuídos certificados de participação e o livro Peamb 10 anos. Mais informações: http://www.peamb.eng.uerj.br/peamb10anos/ 


Uezo e Cedae assinam Acordo de Cooperação Técnica 
Com a finalidade de estabelecer parcerias nas áreas de água e esgoto, por meio de serviços, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, diretores do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) e Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica. As atividades do programa incluem a realização de estudos e pesquisas, a execução de cursos para capacitação intelectual e a realização de estágios pelos estudantes da Uezo. O Acordo foi assinado pelo reitor da Uezo, Roberto Soares de Moura e o diretor administrativo-financeiro e de relações com investidores, Hélio Cabral Moreira. Mais informações: http://www.uezo.rj.gov.br/ 


Laboratório do Instituto Oswaldo Cruz abre vagas para pós-doutorado júnior 
O Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriu duas vagas para pós-doutorado júnior. Os pesquisadores selecionados vão trabalhar no projeto "Estrutura, função e importância biotecnológica de proteases de agentes infecciosos e parasitários", sob coordenação de Salvatore G. De Simone. Para se candidatar, é necessário ter formação em parasitologia. A primeira vaga será destinada a quem conhecer técnicas de clonagem molecular e tiver vocação para química de proteínas; sua função será coordenar a clonagem e expressão-purificação de todas as proteínas do projeto. A segunda vaga exige como pré-requisito, além da formação em parasitologia, profundo conhecimento em imunoquímica de parasitos, que quando associado à expertise de outros atores do laboratório, permitirá entender diversos aspectos de interações moleculares (proteína-proteina, antígeno-anticorpo, sensores etc) de parasitos (Leishmania sp e T. cruzi). A bolsa da Capes é de R$ 3.200 com duração de até 60 meses. Os interessados podem enviar email e documentos (Currículo Lattes e carta de indicação) até 15 de novembro para dsimone@ioc.fiocruz.br Mais informações: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home 


Pós-graduação em divulgação científica abre inscrições 
Estão abertas, até 10 de fevereiro, as inscrições para o curso de pós-graduação lato sensu em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O curso é voltado a profissionais de diversas áreas envolvidos na divulgação científica – como museólogos, comunicadores, jornalistas, cientistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais e professores de ciências. Com duração de aproximadamente um ano, a pós tem como objetivo oferecer formação profissional e acadêmica para o desenvolvimento da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde. As aulas, em sua maioria, acontecem no campus da Fiocruz, em Manguinhos, e devem começar em 28 de março. O preço da inscrição é de R$ 50. Essa é a terceira turma do curso, iniciado em 2009 como resultado da colaboração entre Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, a Casa da Ciência/Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Fundação Cecierj e o Museu de Astronomia e Ciências Afins, com apoio da Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia da América Latina e do Caribe (Red-Pop), da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência e do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia / Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social / Ministério da Ciência e Tecnologia. Mais informações: http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home 


Lançadas edições comemorativas da Revista Brasileira de Pós-Graduação 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou na terça-feira, 9 de novembro, as edições 12 e 13 da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG). São os primeiros exemplares a circularem com a nova identidade visual criada pelo estudante Igor Escalante Casenote. Ele foi vencedor do 2º Concurso "Identidade Visual da Revista Brasileira de Pós-Graduação", lançado nacionalmente, do qual participaram 15 alunos de mestrado e doutorado, vinculados a programas de pós-graduação recomendados pela Capes nas áreas de Artes Gráficas, Design, Comunicação, Marketing e áreas afins. O lançamento aconteceu juntamente com o aniversário de dez anos do Portal de Periódicos da Capes. Lançada em agosto de 2004, a RBPG é voltada à divulgação de estudos, experiências e debates sobre a pós-graduação no País. A cada número, são tratados temas como características da formação pós-graduada em várias modalidades, política da pós-graduação, demandas da comunidade científica e ações das agências de fomento. De periodicidade semestral, a publicação é disponibilizada para todas as bibliotecas e vários centros de informação do País e do exterior, além de estar disponível no portal da Capes. A revista, com uma média de 8,5 mil a 10 mil acessos por trimestre, firmou-se como um importante veículo para a disseminação de estudos e debates sobre a pós-graduação. Mais informações: rbpg@capes.gov.br ou pelo site http://www.capes.gov.br/ 


Mesa-redonda e palestra discutem laicidade do Estado 
Na próxima terça-feira, 16 de novembro, uma mesa-redonda sobre a laicidade do Estado brasileiro e o ensino religioso em escolas públicas será realizada às 15h, na sede do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), campus da Praia Vermelha. A mesa será formada por Daniel Sarmento, professor de direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Luiz Antônio Cunha, coordenador do Observatório da Laicidade do Estado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho Nacional de Educação; e Roseli Fischmann, professora da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista de São Paulo (Unesp) e coordenadora do GT Estado Laico da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O mediador será o pesquisador Adalberto Cardoso, do Iesp/Uerj. A organização do evento é da SBPC/RJ e do Grupo de Trabalho Estado Laico da SBPC, com apoio do CBPF, da Finep e da FAPERJ. No dia seguinte, 17 de novembro, às 18h30, Roseli Fischmann profere a palestra "Brasil, um estado laico?", dentro do projeto "Ciência às Seis e Meia". A sede do CBPF fica à Rua Xavier Sigaud 150, Botafogo. Mais informações: (21) 2109-8992 ou poelo site http://portal.cbpf.br/index.php?page=home&lang=pt_BR 


Capes divulga resultado de propostas de novos cursos de pós-graduação 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou no dia 9 de novembro a lista com os resultados dos novos cursos de pós-graduação de 2010. As propostas foram analisadas e recomendadas durante a 122ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), no período de 25 a 29 de outubro, em Brasília. Foram aprovadas 159 propostas de novos cursos em diferentes áreas do conhecimento. No estado do Rio de Janeiro serão 22 novos cursos de pós-graduação recomendados pela CAPES, sendo: 7 de mestrado profissional; 11 de mestrado; e 4 de doutorado. As instituições sede desses novos cursos são: Fiocruz; UniRio; UFRJ; UCAM; UFF; UFRRJ; USS; Puc-Rio; e SBM. Mais informações (arquivo em formato PDF): http://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/Resultado_122_ReuniaoCTC_APCN.pdf 


Uerj sedia seminário sobre direitos da criança e do adolescente 
Os resultados da pesquisa Garantia de direitos na vida de crianças e adolescentes pobres: história e configurações atuais, coordenado pela psicóloga e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(Uerj) Anna Paula Uziel e desenvolvida com apoio da FAPERJ estarão expostos num seminário a ser realizado no dia 23 de novembro, de 18 às 22h, no Auditório 91 da Uerj (Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Auditório 91, 9º andar). O projeto, centrado na questão da garantia de direitos, bandeira sustentada legalmente pelo Estatuto de Criança e do Adolescentes, se desdobrou em vários sub-projetos, cujos objetivos eram compreender parte da história de internação no Brasil, conhecer a realidade dos abrigos hoje, bem como ter acesso às famílias dos adolescentes que cumprem medida sócio-educativa, para entender de que forma conseguem acompanhar o percurso de seus filhos no sistema. 


Cerimônia em Brasília marca recondução de Roberto Salles ao cargo de reitor da UFF 
Na próxima quinta-feira, 18 de novembro, às 11h, será realizada uma cerimônia na Sala de Atos, no 9º andar do edifício-sede do Ministério da Educação, em Brasília, para a recondução de Roberto Salles ao seu segundo mandato no cargo de reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF). O evento contará com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad. Na ocasião será dada posse também ao vice-reitor eleito da UFF, Sidney Mello. Mais informações: cerimonialmec@mec.gov.br 


Fórum sobre psiquiatria na infância e adolescência é realizado no Hupe 
O XVII Fórum de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, de 8 às 18h, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ) na Avenida 28 de Setembro, 77, em Vila Isabel. O evento, que conta com o patrocínio da Faperj, tem como tema “Controvérsias em Psiquiatria da Infância e Adolescência”. Os temas abordados no fórum serão: TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade); depressão na infância; transtornos invasivos do desenvolvimento, como autismo, retardo mental e dislexia, por exemplo; maus tratos na infância e na adolescência. Também serão debatidos por profissionais da área os transtornos mentais da infância e da adolescência no cinema. Mais informações: (21) 2587-6100, ramal 6783; cenm.uerj@gmail.com e http://cenmpsi.blogspot.com


Inscrições para concurso Minuto Científico estão abertas 
As inscrições para o Minuto Científico, concurso de vídeos de difusão científica latinoamericana e caribenha, estão abertas até o dia 10 de março de 2011 edevem ser feitas pela internet. O evento pretende estimular a produção espontânea de indivíduos ou de instituições como escolas, universidades, museus de ciência e tecnologia, sites, ONGs, centros culturais, empresas com áreas voltadas ao conhecimento científico e tecnológico e outros. Em sua primeira edição, o concurso estabelece que a obra audiovisual tenha duração de 60 a 120 segundos e aborde o tema central “Transformação” relacionando-o a uma das três grandes áreas do conhecimento científico: Humanas, Exatas e Biológicas. Os vídeos podem ser inscritos na categoria Jovem, destinada a pessoas com no máximo 18 anos, ou na categoria Adulto, para maiores de 18. Os trabalhos são destinados à veiculação na internet. Mais informações: redpop11@gmail.com e http://www.mc.unicamp.br/redpop2011/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=60&lang=br 

Leitor de pensamentos permite realizar ações sem mover nenhum músculo


   
       
   Com o uso de uma touca com fios e
sensores, aparelho que   lê os pensamentos 
é capaz de  mover um braço mecânico 

Um aparelho desenvolvido no laboratório do Centro Técnico Científico (CTC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) promete representar uma enorme ajuda para diminuir a dependência de paraplégicos, tetraplégicos e portadores de deficiência física causadas por doenças degenerativas como esclerose lateral amiotrófica (ELA), por exemplo, garantindo-lhes melhor qualidade de vida. Com o uso de uma touca de malha cheia de fios e sensores, onde se injeta gel condutor, e uma caixinha preta ligada a um notebook ou computador, a pessoa é capaz de, somente com o pensamento, mover um braço mecânico em várias direções. Ou então realizar uma série de comandos, feitos ao computador, como ligar a TV ou chamar o médico, em apenas três segundos e sem a necessidade de mover um único músculo. O projeto, desenvolvido pelo engenheiro eletrônico Alexandre Ormiga, foi resultado de sua dissertação de mestrado na PUC-Rio, defendida em julho deste ano sob a orientação do professor Marco Antonio Meggiolaro. O trabalho contou com apoio de uma bolsa de mestrado Nota 10, da FAPERJ.

O engenheiro mecânico e orientador do projeto, Marco Antonio Meggiolaro, explica que, durante o desenvolvimento da pesquisa, Alexandre Ormiga coletou dados para gerar o protótipo e teve como grande contribuição o uso de técnicas de redes neurais para que o computador interprete os sinais emitidos pelo cérebro humano. "Nosso cérebro tem uma área que planeja os movimentos do corpo. Consegui identificar quatro movimentos básicos: mover o braço direito, braço esquerdo, pés e língua. A partir daí, desenvolvi um algoritmo para interpretar estes pensamentos e transformá-los em comandos ou movimentos", afirma Ormiga. Meggiolaro destaca ainda que, para um deficiente físico que usa interfaces atuais que decodificam sinais, como piscar de olhos ou mesmo mover a sobrancelha para gerar comandos, como mover uma cadeira, a repetição contínua destes movimentos pode ser bastante cansativa. "Com este aparelho, eliminamos o estresse que esta repetição pode causar para o deficiente", acrescenta.

Alexandre Ormiga explica que o protótipo desenvolvido pode ser acoplado a diversos outros produtos. "O aparelho lê os pensamentos. Basta um circuito receptor, acoplado a um braço mecânico ou mesmo a uma cadeira de rodas para acionar equipamentos da casa, como luz e telefone", explica Ormiga. No caso de ações mais específicas como acender a luz ou chamar um médico, por exemplo, o princípio dos movimentos, seja do braço direito, do esquerdo, ou dos pés, é o mesmo. "Neste caso, um menu de opções deverá criar esta correspondência, estabelecendo que o braço direito ligaria a luz", fala. Alexandre também chama a atenção para o alto grau de acertos do sistema. "Nossos testes detectaram 90% de acertos dos comandos na leitura de três segundos. No caso dos 10% de erros, na maioria das vezes eles não resultaram de um comando errado; é que o sistema percebe quando o erro é fruto de um pensamento confuso", explica Ormiga. "Para obtermos uma confiabilidade ainda maior do sistema, podemos facilmente aumentar o tempo de leitura de cada pensamento para dez segundos e, assim, chegar a quase 100% de acertos", acrescenta.

A tecnologia desenvolvida já existe em outros países, mas o equipamento brasileiro apresenta vantagens em relação a similares de alto desempenho: é mais rápido, menor e mais barato. "Uma grande multinacional japonesa tem um leitor de pensamentos que conta com capacete e uma caixa que contém o sistema eletrônico, mas eles são muito maiores. Outra vantagem é que o projeto desenvolvido por Alexandre consegue reduzir o número de fios ligados à touca. Dos vinte e cinco fios e eletrodos das toucas tradicionais, o nosso utiliza apenas oito", afirma Meggiolaro. Com relação ao preço, a estimativa é de que o sistema seja produzido a um custo aproximado de mil reais.

No momento, Alexandre Ormiga está trabalhando na miniaturização do sistema. "A agência de Inovação da PUC-Rio está à procura de parceiros interessados em desenvolver e comercializar o leitor de pensamentos para uso em diversos sistemas, incluindo cadeiras de rodas", explica Ormiga. "Agora, estou trabalhando na substituição do uso do computador ou notebook por um pequeno chip que possa ser acoplado ao equipamento", completa. Eles estão otimistas de que não levará muito tempo para que seu projeto seja transformado em produto, ajudando quem precisa.

Pesquisa propõe exploração sustentável da biodiversidade marinha


     
          Várias espécies de corais, algas e esponjas podem
          ser prejudicadas por uma exploração indiscriminada
A alga vermelha (Laurencia dendroidea), encontrada em vários pontos da costa brasileira, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, pode vir a ser uma grande fonte de matéria-prima para a indústria farmacêutica. Tem múltiplas aplicações, já que reúne substâncias com atividade anticancerígena, outras com potencial antileishmania e até contra o Trypanosoma cruzi. Mas como garantir que essa alga, que tem menos de 10cm, seja empregada em larga escala sem prejuízo para a espécie? Para o biólogo Renato Crespo Pereira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), uma alternativa é a genética. Mais precisamente o estudo do gene responsável, ou genes, pela produção dessas substâncias. A partir daí, como explica a pesquisador, se pode traçar um caminho para a produção em larga escala das substâncias de interesse, sem a necessidade de comprometer as populações naturais desse tipo de alga.
Para Crespo – que recebeu recursos para seu trabalho do edital Pensa Rio, da FAPERJ – a exploração de organismos marinhos leva a uma ponderação de que não se pode fugir: em geral, trata-se de organismos pequenos, com pouca biomassa, o que exigiria a coleta de grandes volumes das espécies. "A exploração dos bancos naturais não é um bom caminho, uma vez que, devido a seu pequeno porte e lento crescimento, esses organismos muitas vezes não têm capacidade de suprir uma demanda de mercado", fala o pesquisador.
A proposta de Crespo é bem mais viável. Trata-se de aproveitar as substâncias já descritas em estudos e apontadas como promissoras para a aplicação comercial. A partir daí, identificar, em laboratório, os genes responsáveis por sua produção, introduzi-lo em uma bactéria e cultivá-la para obter as moléculas de interesse. Com isso, se consegue replicar a substância desejada em escala necessária às demandas comerciais. É o caminho que Crespo traça em seu laboratório com a alga vermelha. Além das aplicações na indústria farmacêutica, ela ainda pode servir como matéria-prima para a produção de tinta, por apresentar pequenas moléculas com atividade anti-incrustante, o que pode ser de interesse para a produção de materiais na indústria naval, dutos submarinos e tintas, por exemplo.
"Isso é fácil de entender. Em seu ambiente, um organismo marinho é submetido a pressões semelhantes às de um navio, com outros organismos procurando colonizá-lo. Para defender-se, ele desenvolve mecanismos, como a produção de substâncias anti-incrustantes. Por isso, a probabilidade de encontrarmos moléculas com esse tipo de atividade é bem maior", fala Crespo. Apesar de suas pesquisas ainda estarem no começo, o pesquisador se mostra confiante dos resultados. "Estamos certos de que serão bastante promissores", afirma.
 
  
  Certos organismos marinhos produzem substâncias para
  sua defesa, que podem ter interesse para o uso industrial
    
O mesmo processo também pode ser empregado em plantas. Com a identificação genética, se pode produzir o princípio ativo até mesmo de espécies em extinção. "O taxol é uma substância anticancerígena extraída da folha e casca de um tipo de árvore que acabou extinta em várias partes do mundo. Podemos usar o mesmo processo para pesquisar o gene responsável e voltar a produzi-la. O que já vem acontecendo e foi publicado recentemente na revista científica Science.”  
Crespo segue um raciocínio semelhante ao da pesquisadora Letícia Lotufo, da Universidade Federal do Ceará (UFC), que resolveu trilhar uma rota inversa ao habitual: está cultivando microorganismos marinhos que contém ativos com potencial farmacológico para estudar sua reprodução em larga escala. "Num segundo momento, se as moléculas encontradas mostrarem atividade promissora, ela já sabe como desenvolvê-la em grandes quantidades. É um trabalho único", elogia Crespo.
Do outro lado da moeda, o pesquisador se pergunta quantos trabalhos terminaram engavetados por absoluta inviabilidade econômica. "A halicondrina B, um composto anticancerígeno extraído de esponjas marinhas, exige a coleta de uma tonelada para se conseguir apenas 350 miligramas da substância. Logo, uma exploração mal planejada pode comprometer populações de uma determinada espécie ou mesmo levá-las à extinção, como já aconteceu com certas esponjas na costa européia. Isso pode ocorrer seja por conta da pesquisa científica, seja pelo uso farmacológico", lamenta o pesquisador." E acrescenta: "O Brasil, que é um país onde os estudos sobre a biodiversidade marinha estão apenas começando, não pode seguir esse modelo que vem se mostrando inviável."
No caso de substâncias com origem em organismos marinhos, a própria síntese muitas vezes é complicada, já que algumas delas são bastante complexas e podem exigir um processo em várias etapas, o que leva tempo e encarece o produto final. "Muitas vezes, o caminho genético será bem mais fácil do que a síntese em laboratório. Com certas moléculas mais complexas, por exemplo, não se poderá contar, em laboratório, com o aparato enzimático de um organismo vivo. Casos em que a síntese terminará exigindo um processo mais longo. Será mais um fator que dificultará sua aplicação comercial", compara Crespo.
Questões que precisam ser avaliadas até mesmo antes de se dar início a determinadas pesquisas. "Diante de uma alga, esponja, ou de qualquer organismo marinho com ocorrência restrita, devemos nos perguntar se vale a pena estudá-lo só para depois constatar que ele não existe em quantidade suficiente para uso comercial", indaga.
Para Crespo, uma outra forma de fazer avançar a exploração da biodiversidade marinha no país seria um programa nacional de estudos que unisse os químicos das diversas universidades num trabalho em rede para processar a síntese de moléculas já descritas como de potencial farmacêutico. "Já existe uma mapeamento dessas substâncias. Podemos utilizar a literatura internacional e pesquisar o que tivermos no país com características semelhantes", argumenta o biólogo. Para Crespo, pensar os rumos da exploração da biodiversidade, seja marinha ou mesmo terrestre, não é uma questão de pessimismo. "É, na verdade, uma realidade sobre a qual precisamos refletir. Temos que pensar qual será o caminho mais apropriado para essas pesquisas no Brasil", conclui.