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sexta-feira, 16 de março de 2012

Estudo indica que radiação de celular afeta cérebro de fetos de rato

Trata-se da primeira prova experimental de que exposição altera comportamento de adultos, dizem autores.

O aumento das desordens de comportamento infantil pode ser provocado em parte pela exposição do feto às radiações de telefones celulares durante a gravidez, segundo um estudo da Universidade de Yale publicado nesta quinta-feira, 15, pela revista "Nature Scientific Reports".

"Essa é a primeira prova experimental de que a exposição fetal à radiação da radiofrequência dos celulares afeta de fato o comportamento dos adultos", explicou o professor Hugh Taylor, do departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas dessa universidade e um dos autores do estudo realizado com ratos.

"A pesquisa demonstrou que problemas de comportamento nos ratos similares ao transtorno por deficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são causados pela exposição aos telefones celulares no ventre materno", explicou o cientista.

Taylor indicou que embora seja necessário fazer testes com humanos para estabelecer os limites de exposição seguros durante a gravidez, os resultados demonstram que "limitar a exposição do feto parece ser uma necessidade".

O TDAH é um transtorno neurológico do comportamento caracterizado por uma distração que pode ser de moderada a grave, hiperatividade e condutas impulsivas, cuja presença é detectada nas crianças antes dos 7 anos e que afeta sua atividade social e acadêmica.

Taylor e os demais cientistas de sua equipe submeteram ratas grávidas à radiação de um celular no modo silencioso, mas ativado por uma ligação durante a duração do teste e compararam seus resultados com os de um grupo mantido sob as mesmas condições, mas com o telefone desativado.

A equipe mediu a atividade elétrica cerebral dos ratos adultos que foram expostos à radiação em estado fetal e fez uma série de testes psicológicos e de comportamento.

Os cientistas comprovaram que esses ratos tendiam a ser mais hiperativos e mostravam uma maior ansiedade e menor capacidade de memória, um efeito atribuído às mudanças sofridas durante a gravidez no desenvolvimento dos neurônios da crosta pré-frontal de seu cérebro, responsável pelos processos de tomada de decisões e do comportamento social.

Segundo o principal autor do estudo, Tamir Aldad, serão necessários novos experimentos com humanos ou primatas não humanos para determinar se os riscos potenciais são similares, já que a gestação nas ratas dura apenas 19 dias e os ratos nascem com cérebros menos desenvolvidos do que os dos bebês humanos.
Caminhar uma hora por dia reduz fator genético da obesidade

O sedentarismo amplia a predisposição genética para a obesidade, mas é possível reduzir seus efeitos à metade caminhando a um ritmo constante durante uma hora por dia, revela um estudo apresentado na quarta-feira nos Estados Unidos.

"Nossa pesquisa mostra que caminhar em um bom ritmo diariamente reduz a influência genética na obesidade, o que se traduz pela queda à metade do IMC [índice de massa corporal]", assinalaram os pesquisadores.

Malhar reduz risco cardíaco para gordinhos fisicamente

O trabalho foi apresentado na conferência sobre nutrição, atividade física e metabolismo (EPI/NPAM, na sigla em inglês), organizada pela AHA (Associação Americana do Coração) reunida nesta semana em San Diego, Califórnia.

Já um estilo de vida sedentário, marcado pelo ato de ver televisão quatro horas por dia, aumenta a influência dos genes sobre o tamanho da cintura e faz subir 50% o IMC (peso dividido pela altura ao quadrado)", acrescentaram os especialistas, em um comunicado.

Uma pessoa com um IMC de 30 ou mais é considerada obesa.

Os cientistas colheram dados sobre a atividade física dos 4.564 homens e 7.740 mulheres e das horas dedicadas a ver televisão durante dois anos antes de avaliar o IMC.

O efeito da predisposição genética à obesidade foi calculado com base em 32 variações genéticas que influenciariam o aumento de peso.

Cada uma destas variantes genéticas que predispõem à obesidade podem aumentar o IMC em 0,13 kg/m2, segundo os especialistas, entre eles Qibin Qi, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard em Boston.

No entanto, este efeito pode ser reduzido nos indivíduos que realizam mais atividade física, em comparação aos que se movem menos, com perdas de 0,15 kg/m2 e 0,08 kg/m2.

Do mesmo modo, o efeito genético do sedentarismo sobre o IMC foi mais pronunciado entre os participantes que passaram 40 horas por semana vendo TV, em comparação aos que dedicam a essa atividade uma hora ou menos.

Os primeiros aumentaram 0,34 kg/m2 de IMC contra 0,08 kg/m2 para os segundos.

De acordo com os autores do estudo, o americano médio vê TV de quatro a seis horas por dia.

Os testes genéticos para determinar se uma pessoa é portadora das variações que predispõem à obesidade, no entanto, ainda não estão disponíveis ao público.
H. Pylori Bacteria Linked to Blood Sugar Control in Adult Type II Diabetes
A new study by researchers at NYU Langone Medical Center reveals that the presence of Helicobacter pylori (H. pylori) bacteria is associated with elevated levels of glycosylated hemoglobin (HbA1c), an important biomarker for blood glucose levels and diabetes.

ScienceDaily (Mar. 16, 2012) — A new study by researchers at NYU Langone Medical Center reveals that the presence of Helicobacter pylori (H. pylori) bacteria is associated with elevated levels of glycosylated hemoglobin (HbA1c), an important biomarker for blood glucose levels and diabetes. The association was even stronger in obese individuals with a higher Body Mass Index (BMI).

The results, which suggest the bacteria may play a role in the development of diabetes in adults, are available online in The Journal of Infectious Diseases.

There have been several studies evaluating the effect of the presence of H. pylori on diabetes outcomes, but this is the first to examine the effect on HbA1c, an important, objective biomarker for long-term blood sugar levels, explained Yu Chen, PhD, MPH, associate professor of epidemiology at NYU School of Medicine, part of NYU Langone Medical Center.

"The prevalence of obesity and diabetes is growing at a rapid rate, so the more we know about what factors impact these conditions, the better chance we have for doing something about it," Dr. Chen said. Looking at the effects of H. pylori on HbA1c, and whether the association differs according to BMI status, provided what could be a key piece of information for future treatment of diabetes, she explained.

Type II diabetes causes an estimated 3.8 million adult deaths globally. There have been conflicting reports about the association between H. pylori infection and type II diabetes. To better understand the relationship between H. pylori and the disease, Dr. Chen and Martin J. Blaser, MD, the Frederick H. King Professor of Internal Medicine and professor of microbiology, analyzed data from participants in two National Health and Nutrition Surveys (NHANES III and NHANES 1999-2000) to assess the association between H. pylori and levels of HbA1c.

"Obesity is an established risk factor for diabetes and it is known that high BMI is associated with elevated HbA1c. Separately, the presence of H. pylori is also associated with elevated HbA1c," said Dr. Blaser, who has studied the bacteria for more than 20 years. "We hypothesized that having both high BMI and the presence of H. pylori would have a synergistic effect, increasing HbA1c even more than the sum of the individual effect of either risk factor alone. We now know that this is true."

H. pylori lives in the mucous layer lining the stomach where it persists for decades. It is acquired usually before the age of 10, and is transmitted mainly in families. Dr. Blaser's previous studies have confirmed the bacterium's link to stomach cancer and elucidated genes associated with its virulence, particularly a gene called cagA.

Regarding H. pylori's association with elevated HbA1c, Drs. Chen and Blaser believe the bacterium may affect the levels of two stomach hormones that help regulate blood glucose, and they suggest that eradicating H. pylori using antibiotics in some older obese individuals could be beneficial.

More research will be needed to evaluate the health effects ofH. pylori and its eradication among different age groups and in relation to obesity status, the authors noted.

"If future studies confirm our finding, it may be beneficial for individuals at risk for diabetes to be tested for the presence ofH. pylori and, depending on the individual's risk factor profile" Dr. Chen.

In an accompanying editorial in The Journal of Infectious Diseases, Dani Cohen, PhD, of Tel Aviv University in Israel, pointed out that while previous studies have addressed the association between type II diabetes and H. pylori in small samples, this study analyzed two independent large national samples of the general population. Dr. Cohen agreed with the study authors, suggesting that adults infected with H. pyloriwith higher BMI levels, even if asymptomatic, may need anti-H. pylori therapy to control or prevent type II diabetes. If the study findings are confirmed, Dr. Cohen wrote, they "could have important clinical and public health implications."
Pulmões de crianças são mais suscetíveis a nanopartículas Redação do Diário da Saúde
Os pulmões não estão totalmente desenvolvidos quando uma criança nasce, passando por uma mudança estrutural radical ao longo dos primeiros anos.
Riscos da nanotecnologia

Apesar de todos os benefícios que as nanopartículas estão trazendo, inclusive para a medicina, há riscos sérios envolvidos com o seu uso e manipulação.

Já se sabe, por exemplo, que essas nanopartículas oferecem riscos à saúde, e que elas podem não ficar localizadas dentro do corpo, mas migrarem dos pulmões até o fígado.

Por conta disso, a Organização Mundial da Saúde criou um grupo de estudos para mapear todos os riscos da Nanotecnologia à saúde e ao meio ambiente.

Uma nova descoberta mostra que essas preocupações estão longe de ser infundadas.

Nanopartículas nos pulmões de crianças

O Dr. Akira Tsuda e sua equipe da Universidade de Harvard (EUA) descobriram que a inalação de nanopartículas é ainda mais perigosa para as crianças.

O comportamento do pulmão das crianças em relação às nanopartículas é diferente porque, nelas, os alvéolos, as pequenas "bolsas" que aumentam a área superficial dos pulmões, ainda estão se desenvolvendo.

E, segundo o Dr. Tsuda, o fluxo de ar nos pulmões depende do nível de desenvolvimento dos alvéolos.

Isto envolve, sobretudo, a forma como o ar que sai e o ar que entra nos pulmões a cada respiração cria vórtices que determinam se as nanopartículas vão se depositar ou serão expelidas de volta para o ambiente.

Mistura caótica

Os pulmões não estão totalmente desenvolvidos quando uma criança nasce, passando por uma mudança estrutural radical ao longo dos primeiros anos.

"Em experimentos com animais, nós descobrimos que a deposição das nanopartículas é inicialmente muito baixa (nos recém-nascidos), para logo aumentar significativamente" conforme o pulmão se desenvolve, afirmou Tsuda.

O comportamento daquilo que o pesquisador chamada de "mistura caótica" - ar que sai, ar que entra e nanopartículas - depende do tamanho dos alvéolos.

E, nos alvéolos pequenos das crianças, a tendência de deposição das nanopartículas - e, portanto, sua permanência nos pulmões - é maior do que nos alvéolos maiores dos adultos.

"O estudo sugere que a quantidade de nanopartículas depositadas nos pulmões das crianças varia com a idade. É importante então levar em conta as diferenças na deposição quando se prescreve uma dosagem de medicamento para as crianças," conclui o cientista, referindo-se a medicamentos por inalação, que contêm nanopartículas.
Substância antianêmica pode ser usada contra infecções Com informações do USP Online

Eritropoietina

A eritropoietina, hormônio produzido no rim e utilizado medicinalmente para tratar a anemia, pode ser usada para tratar a sepse, um grau avançado de infecção.

"Atualmente o principal tratamento da sepse é feito com antibióticos e soro para manter a pressão arterial em caso de choque séptico, que é o pior tipo de sepse", afirma a médica Camila Eleutério Rodrigues, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Em sua pesquisa, Camila estudou a utilização do ativador contínuo do receptor da eritropoietina (CERA, sigla em inglês).

Efeito duradouro

O trabalho de Camila segue a tendência internacional de buscar alternativas para o tratamento da sepse.

O estudo mostra que a diferença do CERA para a eritropoietina é a capacidade de funcionar por um maior período no organismo.

"O paciente que usa a eritropoietina precisa de três doses semanais. Já com o CERA é possível tratar o paciente anêmico com uma dose por mês", afirma.

Remédio seguro

A substância também tem outro aspecto que incentivou o seu estudo como alternativa para o tratamento de infecções: a eritropoietina já é usada para tratar anemia em pessoas que têm doença renal crônica.

"Ela tem como propriedades a capacidade de inibir a morte celular em alguns casos, além de ser capaz de aumentar a pressão arterial e modular o sistema imunológico, com possível ação de inibição de atividade inflamatória", explica Camila.

A vantagem de a eritropoietina ser uma substância utilizada em humanos em outros tratamentos é já serem conhecidos seus efeitos colaterais e saber-se que é uma substância segura.

Sepse

A sepse é definida como uma síndrome de reação inflamatória sistêmica associada a um foco infeccioso.

Frequentemente leva à disfunção de múltiplos órgãos, sendo que os mais afetados costumam ser os pulmões e os rins.

Nos Estados Unidos, a sepse está associada a 11% das internações em unidade de terapia intensiva (UTI) e é responsável por cerca de 10% das mortes registradas anualmente.

Os estudos foram realizados a partir de induções de sepse em ratos de laboratório pela exposição do abdômen a bactérias.

Segundo Camila, esse é o modelo animal que melhor mimetiza a sepse humana. "É o que acontece, por exemplo, quando uma pessoa tem uma úlcera perfurada", afirma.

Os animais sépticos apresentaram problemas como disfunção renal, hepática e de pequenos vasos sanguíneos. "Percebemos que eles também têm expressão aumentada de toll like receptors tipo 4 (TLR4), de fator nuclear kappa B (NF-kB) e citocinas inflamatórias. Há ainda a redução na expressão de receptores de eritropoietina no rim", afirma Camila.

Citocinas

O TLR4 é um receptor presente nas células do sistema imunológico que, em contato com bactérias, inicia a inflamação pelo corpo. O NF-kB é uma substância presente no sangue que, quando estimulada, atua no núcleo das células produzindo citocinas, proteínas que atuam na ativação da resposta do sistema imunológico à infecção.

Uma grande quantidade dessas substâncias no organismo indica a presença de uma infecção severa.

Os ratos tratados previamente com o CERA apresentaram melhora nas disfunções renal, hepática e microvascular, além de terem menor expressão de TLR4, NF-kB e citocinas. Eles também expressaram mais receptores de eritropoietina no rim que o grupo séptico.