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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sobre Sérgio Arouca, protagonismo político e a criação do SUS

Arquivo Fiocruz
     
         O médico sanitarista Sérgio Arouca foi um
        dos principais idealizadores do SUS no Brasil
Vinicius Zepeda
O ano de 1986 é considerado um marco para a saúde pública no Brasil. Naquele momento, logo após a redemocratização do País, foi realizada a VIII Conferência Nacional de Saúde, em que, pela primeira vez, os usuários dos serviços de saúde puderam participar e exercer o direito de voto. O evento também serviu para plantar as bases para a criação, três anos depois, em 1989, do Sistema Único de Saúde (SUS) – projeto que buscava a prestação dos serviços médicos para toda a população brasileira, entendendo a saúde como um direito de todos e um dever do estado. Para entender melhor esta história, um DVD contando a história da construção do SUS, com especial ênfase no protagonismo do médico sanitarista Sérgio Arouca (1941-2003*) neste processo, acaba de ser finalizado. O vídeo é composto por fotografias e imagens de época, além de depoimentos de pesquisadores que tiveram forte influência das ideias transmitidas por Arouca. O material, editado com apoio do Programa de Auxílio à Editoração (APQ3), é resultado de uma pesquisa coordenada pela antropóloga e professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Regina Abreu, em parceria com o médico sanitarista Guilherme Franco Netto, do Ministério da Saúde, e participação da psicóloga Helena Rego Monteiro. 
A pesquisadora destaca que, durante os anos de 1960 – quando Arouca estudou na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo – e até 1986, o Brasil vivia um período de forte repressão dos movimentos sociais com a ditadura militar e o mundo vivia a chamada Guerra Fria, com os países alinhados com o regime capitalista dos Estados Unidos ou com o comunismo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), formada pela atual Rússia e outras 14 repúblicas próximas, como Lituânia, Armênia, Geórgia, Ucrânia, Letônia, Estônia, Casaquistão e Turcomenistão, entre outras. "Muitos dessa geração se lançaram de corpo e alma na militância política. Aos 18 anos, Arouca se filiou ao antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), lia e refletia sobre teses marxistas e acreditava que podia ser agente de transformação social, ideal que perseguiu durante toda a sua vida", afirma a antropóloga.
Nos anos 1960/1970, as universidades funcionavam como espaços de pensamento e nelas foram construídas alternativas contra o regime ditatorial militar. Ali, as ideias não só circulavam, como eram debatidas, questionadas e muitas vezes defendidas com a paixão e o idealismo próprios da época. Sobre este aspecto, Regina Abreu  lembra a "apoteose" criada pela defesa de tese de doutorado de Arouca em 1975, no auditório do curso de pós-graduação em Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Intitulada O Dilema Preventivista, a tese foi um dos primeiros trabalhos a apontar para os limites da medicina preventiva , propondo alternativas que uniam saúde, democracia, melhoria das condições de vida, além do combate às estruturas sociais desiguais da época", recorda Regina.

O Dilema Preventivista e o protagonismo político
  Reprodução
         
     Tese de doutorado:
  marco na saúde pública
 
A atuação do grupo liderado por Arouca desagradava os setores mais conservadores da Unicamp, representados pelo então reitor Zeferino Vaz, que o proibiu de defender sua tese na universidade. "Entretanto, o sanitarista não se deu por vencido", afirma Regina. "Mesmo tendo sido obrigado a deixar a Unicamp e migrar para o Rio de Janeiro, ele continuou militando com outros médicos para a construção do conceito da saúde coletiva e pela universalização da medicina nacional", complementa. Os militantes do movimento sanitarista de então, se destacaram por articular a reflexão social com os temas da medicina. "Eles tinham projetos de futuro e uma reflexão acurada sobre o passado, o que garantia o discernimento e a clareza sobre a necessidade de ampla transformaçâo das condições de assistência no tempo em que viviam", assinala Regina. Ela inclusive cita uma reflexão da filósofa alemã e crítica dos movimentos totalitários Hannah Arendt para reforçar sua opinião explicitando a necessidade do passado iluminar o futuro para que a humanidade não fique aprisionada na atualidade. "Ou seja, apesar do excesso de informação da atualidade, as notícias são veiculadas de forma descontextualizada e superficial. Isso ocorre porque vivemos de imediatismo e somente no tempo presente", acrescenta.  
Outro ponto marcante na trajetória do sanitarista Sérgio Arouca foi a campanha que o levou a presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em pleno processo de redemocratização do Brasil, em 1985. "Foi resultado de um movimento da comunidade de Manguinhos e de uma frente suprapartidária que ultrapassou as fronteiras da fundação, tornando-se nacional", explica Regina. Neste contexto, a antropóloga destaca o depoimento do médico Carlos Morel, que mais tarde, em 1993, também ocuparia a presidência da Fundação. Vindo da pesquisa básica, ele apoiou o nome de Arouca para o cargo máximo da instituição que até então nunca tinha elegido um médico da saúde pública. "Quando começaram a falar da sucessão na Fiocruz durante a redemocratização muitos nomes foram aparecendo, mas nenhum deles me chamava a atenção", recorda Morel em seu depoimento. "Um dia me telefonaram da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), sugerindo o nome do Arouca e pensei: essa indicação é diferente das outras. A partir de então, na área de pesquisa básica, somente eu e o Luís Fernando Reis apoiamos seu nome, ao contrário da saúde pública, que marchou praticamente unida com ele", complementa.
Geração plantou as bases para os atuais Programas de Saúde da Família
Segundo a antropóloga, a geração de Arouca procurou manter a articulação da medicina com as Ciências Sociais, o que trouxe uma visão mais abrangente da atuação dos médicos. Como exemplo, ela cita os trabalhos sociais de médicos nos lares de moradores de comunidades de baixa renda, que hoje evoluíram para os atuais Programas Saúde da Família, inspirados nos médicos descalços da China comunista. Apesar de todo idealismo, eles também souberam se mostrar críticos em suas reflexões. "Inclusive antes de morrer, Arouca já pensava em reformar a estrutura do SUS", conta.
Divulgação/PPGMS/UniRio
           
           O ex-ministro da Saúde José Gomes
         Temporão dá seu depoimento no DVD
    
Arouca foi ainda deputado pelo PPS, candidato a vice-presidente na chapa de Roberto Freire em 1989 e secretário municipal de Saúde do governo César Maia. "Em sua atuação, ele cometeu alguns erros de leitura da conjuntura política da época. Mas nem por isso deixou de militar nas causas em que acreditava, e o saldo de sua atuação é muito mais positivo do que negativo", afirma Regina Abreu. "Nesse ponto, cabe a nós da universidade trazer para a população, principalmente para os jovens, a reflexão sobre as trajetórias de vida de personagens que fizeram a diferença em suas áreas de atuação. As escolas e demais instituições podem pedir cópias de nosso material para exibir a seus alunos", destaca.
Importantes nomes que refletem sobre a saúde pública e coletiva no Brasil, tanto na área da medicina quanto na das ciências sociais foram contemporâneos de Sérgio Arouca. E também lutaram por um sistema de saúde mais humano e inclusivo no País. Alguns deles são referencias importantes na formulação de políticas na área, e encontram-se em importantes postos na administração pública federal. O exemplo mais próximo é o do ex-ministro da Saúde do governo Lula, José Gomes Temporão, que participa do documentário com seu depoimento. "Nomes de igual relevância, como Cecília Minayo, Ana Maria Caneschi, Everardo Nunes, Guilherme Franco Neto, Paulo Gadelha, Maria do Carmo Leal, Ana Maria Tambellini, Gastão Wagner de Souza, Reinaldo Guimarães, Paulo Buss, Maria Auxiliadora Oliveira, Sarah Escorel, Jorge Bermudez, Elisabeth Moreira, José Rubens de Alcântara Bonfim, Alba Zaluar, entre vários outros, continuam  ampliando a  reflexão a partir do caminho iniciado pelas teses formuladas nos anos 1960/1970, e das quais Arouca foi um dos protagonistas", assinala Regina. "O Brasil só tem a ganhar com a força das idéias que já duram mais de meio século. Oxalá consigamos garantir as conquistas do SUS e também aperfeiçoá-las, contribuindo para a desmedicalização da vida" conclui.

* Antônio Sérgio da Silva Arouca morreu em 2 de agosto de 2003, aos 62 anos incompletos, vítima de câncer. Em sua homenagem, a XII Conferência Nacional de Saúde passou a chamar-se Conferência Sérgio Arouca.

Vinicius Zepeda
Jornalista - Assessoria de Comunicação
vinicius@faperj.br
Tel.:(21)2332-6588 (trab)/ 8388-5182 (cel)

Cientistas descobrem como estudar doenças que atingem células-tronco

Cientistas descobrem como estudar doenças que atingem células-tronco
Pesquisadores desenvolveram um novo método para estudar uma rara doença genética que pode servir de modelo e facilitar a pesquisa de outros problemas que atingem células-tronco.
Doença genética
Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, integrado por um brasileiro, desenvolveu um método para estudar em laboratório uma rara doença genética.
Essa doença pode servir de modelo e facilitar a pesquisa de outras doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema celular.
O estudo foi descrito em um artigo publicado na revista Nature, cujo primeiro autor é o brasileiro Luís Francisco Zirnberger Batista.
Doenças que atingem as células-tronco
Por meio da pesquisa, os pesquisadores desenvolveram células pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) de pacientes com disqueratose congênita.
Essa é uma doença rara, causada pelo rápido encurtamento de longas sequências repetitivas de DNA que ficam na extremidade dos cromossomos (os telômeros) - para estudar suas células-tronco.
Ao analisar essas células iPS, que são morfologicamente idênticas às células-tronco humanas, os pesquisadores conseguiram demonstrar, pela primeira vez, como funciona o mecanismo da doença, que varia de paciente para paciente dependendo das mutações em determinados genes de suas células.
Além disso, também observaram que as células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita possuem uma capacidade de se renovar extremamente reduzida. O que explica as diferenças da severidade da doença, que abrange desde problemas de pigmentação da pele até a falência da medula óssea.
Telômeros
"Agora, com essas células iPS nós temos um sistema pelo qual podemos estudar em placa de cultura a disqueratose congênita. E isso pode servir de modelo para estudar outras doenças que atingem as células-tronco, como a anemia de Fanconi", disse Batista.
De acordo com o pesquisador, os pacientes com disqueratose congênita apresentam problemas em tecidos, como a pele e a medula óssea, onde as células-tronco estão em constante divisão para formar células especializadas. E, a cada vez que essas células se dividem, elas perdem um pedaço do cromossomo - neste caso, os telômeros.
Em função disso, os telômeros das células de pacientes com disqueratose congênita vão se encurtando progressivamente em cada divisão celular até chegar a um ponto de crise cromossômica em que a célula para de se dividir (entra em senescência), morre ou gera instabilidade genética, o que pode induzir ao câncer e ao envelhecimento celular.
"Os pacientes com disqueratose congênita têm, por exemplo, problemas nas unhas, pele e falência da medula óssea, o que indica defeitos na capacidade de suas células-tronco manterem a estabilidade desses tecidos", explicou Batista.
Mutação genética
Há cerca de doze anos descobriu-se que a doença está relacionada à mutação de diferentes genes de um complexo de enzimas responsáveis pela manutenção dos telômeros, a telomerase. Porém, esse complexo de enzimas só é ativo em células-tronco ou progenitoras, que também têm a capacidade de se diferenciar em um tipo especializado de célula .
Para poder estudá-los, os pesquisadores decidiram pegar células da pele (fibroblácitos) de diferentes pacientes com disqueratose congênita e reprogramá-las para se tornarem células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), conforme a técnica desenvolvida em 2006 pelo cientista japonês Shinya Yamanaka.
"Com essas células, nós podemos estudar uma forma de aumentar a eficiência da telomerase mutada que os pacientes com disqueratose congênita possuem. E nós mostramos no estudo que com terapia gênica é possível contornar a mutação desses genes", disse Batista.
Segundo o pesquisador, expressando telomerase mutada, os telômeros das células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita mantidas em cultura foram encurtando progressivamente com o passar do tempo. E, quanto mais rápido o telômero das células em cultura encurtava, maior também era a severidade da doença nos pacientes.
Além disso, o encurtamento precoce do telômero fez com que as células tivessem uma vida em cultura muito curta, o que é uma característica incomum para células-tronco, que são capazes de se renovar em cultura por enormes períodos.
"O que nós vimos foi que o encurtamento do telômero das células desses pacientes acabou com a capacidade de autorrenovação dessas células, e acreditamos que é isso que acontece com as células-tronco adultas desses pacientes. Elas não conseguem mais se dividir, porque os telômeros ficam muito curtos. E isso acarreta nos problemas que eles apresentam nos tecidos, que precisam se dividir com mais frequência", afirmou Batista.
Células modelo
O estudo é o primeiro que utiliza células iPS indiferenciadas como modelo para estudos de doença que atingem as células-tronco.
Segundo Batista, os estudos realizados nos últimos dois anos com essas células foram voltados para pesquisar diferentes doenças não relacionadas às células-tronco. Além disso, nesses estudos as células iPS foram diferenciadas para analisar tecidos específicos, como células do sistema nervoso.
Já no estudo realizado pelo brasileiro e os pesquisadores norte-americanos, eles optaram por não diferenciar as células iPS de pacientes com disqueratose congênita, mesmo não tendo certeza se conseguiriam observar diferenças nelas.
"Nós ficamos muito felizes quando conseguimos ver que essas células iPS são o modelo perfeito para estudar a disqueratose congênita", afirmou.
A pesquisa contou com a colaboração do professor da Universidade do Colorado e prêmio Nobel de Química de 1999, Thomas Cech, que também assina o artigo.

Iron-Ferrying Protein May Be 'Universal Achilles Heel' for Parasitic Worms

ScienceDaily (May 26, 2011) — Researchers have discovered a tiny protein without which the soil and lab-dwelling worm C. elegans can't deliver iron-rich heme taken in from their diets to the rest of their bodies or to their developing embryos. The finding reported in the May 27th issue of the journal Cell, offers important insight into the transport of the essential ingredient in worms and other animals, including humans.
Heme (red) is eaten by an pregnant worm. It will be delivered, along with yolk components, to developing offspring (green).
Researchers say it also suggests a strategy for the development of drugs aimed at parasitic worms, which affect more than a quarter of the world's human population and cause tens of billions of dollars of loss in animal and plant production annually. Like C. elegans, parasitic helminths such as hookworms don't produce any of their own heme as other animals and bacteria do. That means they are crucially dependent on heme from external sources and on the newly discovered transport pathway. When the pathway doesn't function properly, they are unable to produce live offspring.

Heme is probably most familiar as a critical component of the oxygen-carrying protein, hemoglobin, which makes our blood red, the researchers explained. C. elegans worms don't have hemoglobin, but they do have other globins that carry oxygen through their circulation.

"Hemoglobin was one of the first protein structures known," said Iqbal Hamza of the University of Maryland, College Park. "For over 60 years, nobody knew how heme gets into globin or within or between cells. It's so important because the majority of the world's population suffers from iron deficiency and a diet rich in iron contained within heme is more easily absorbed by humans."

To sort the transport pathway out, Hamza looked not to humans or mice but to C. elegans, precisely because the worms don't make heme at all. Those studies led his team a few years ago to a breakthrough: the first bona fide heme importer in a multicellular organism, called HRG-1. HRG-1 is needed to get heme from the diet into the intestine. But what brings heme from the intestine into the circulation?

"Now, this study takes the pathway to the next level," he says. They find that a tiny protein called HRG-3 takes that heme from the intestine to other parts of the worms' body -- their brains and skin, for example -- and, perhaps most importantly, to their many embryos.

In the absence of HRG-3, heme accumulates in the intestine of pregnant mothers. Consequently, their embryos become heme deficient and either die or stop growing immediately after hatching.

The findings in C. elegans may have implications for humans and parasitic worms. "C. elegans has been a beautiful incubator for gene discovery," Hamza said. His team has taken advantage of powerful genetic approaches available by studying worms and then "superimposed those discoveries on humans and parasites."

Once you understand the transport of heme, it may be possible to more effectively deliver it for better absorption of iron in the human intestine, he said. It might also uncover what Hamza calls a "universal Achilles heel" for targeting the parasites that are a particular problem for people in developing countries, such as Hamza's native India.

"Anthelminthics are becoming less effective in humans and livestock because of rampant drug resistance," the researchers wrote. "We propose that an excellent anthelminthic target would be the HRG-3-mediated pathway for transporting heme to developing oocytes, especially in parasites such as hookworms, which infect more than a billion people worldwide and feed on host red blood cell hemoglobin."

Quantum Sensor Tracked in Human Cells Could Aid Drug Discovery

ScienceDaily (May 26, 2011) — Groundbreaking research has shown a quantum atom has been tracked inside a living human cell and may lead to improvements in the testing and development of new drugs.
The image illustrates the quantum measurement carried out on a single atom quantum sensor in a living human HeLa cell. The atom sensor is encased in a nanodiamond particle and is controlled by external microwaves and laser light, and tracked by its emission of red light. The information gleaned is of a quantum nature, where the states of the atom exist in two quantum states at the same time prior to measurement. The measurement and control of the atom sensor provides information about the nanoscale environment of the cell and the motion and orientation of the nanoparticle, which could be used in the development of new drugs and delivery systems for nanomedicine
Professor Lloyd Hollenberg from the University of Melbourne's School of Physics who led the research said it is the first time a single atom encased in nanodiamond has been used as a sensor to explore the nanoscale environment inside a living human cell.

"It is exciting to see how the atom experiences the biological environment at the nanoscale," he said.

"This research paves the way towards a new class of quantum sensors used for biological research into the development of new drugs and nanomedicine."

The sensor is capable of detecting biological processes at a molecular level, such as the regulation of chemicals in and out of the cell, which is critical in understanding how drugs work.

The paper has been published in the journal Nature Nanotechnology.

Funded by the ARC Centre of Excellence for Quantum Computation and Communication Technology, the research was conducted by a cross-disciplinary team from the University of Melbourne's Physics, Chemistry, and Chemical and Biomolecular Engineering departments.

The researchers developed state of the art technology to control and manipulate the atom in the nanodiamond before inserting it into the human cells in the lab.

Biologist Dr Yan Yan of the University's Department of Chemical and Biomolecular Engineering who works in the field of nanomedicine, said the sensor provides critical information about the movement of the nanodiamonds inside the living cell.

"This is important for the new field of nanomedicine where drug delivery is dependant on the uptake of similar sized nanoparticles into the cell."

Quantum physicist and PhD student Liam McGuinness from the University's School of Physics said that monitoring the atomic sensor in a living cell was a significant achievement.

"Previously, these atomic level quantum measurements could only be achieved under carefully controlled conditions of a physics lab," he said.

It is hoped in the next few years, that following these proof of principle experiments, the researchers will be able to develop the technology and provide a new set of tools for drug discovery and nanomedicine.