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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Primeiro medicamento com nanotecnologia começa a ser testado em humanos

Remédio inteligente

Uma equipe de cientistas, engenheiros e médicos dos Estados Unidos afirma estar entusiasmada com os primeiros resultados do primeiro medicamento anticâncer produzido com nanotecnologia.

A droga, chamada BIND-014, é o primeiro de uma classe conhecida comomedicamentos inteligentes que entra na etapa de testes clínicos em humanos.

O nanomedicamento foi projetado para o tratamento de tumores sólidos, e atua em conjunto com drogas já usadas em quimioterapia.

Medicamento programável

O estudo mostrou a capacidade do BIND-014 para alcançar um receptor expresso em tumores, de forma a aumentar a concentração dos medicamentos quimioterápicos sobre o tumor.

O maior entusiasmo vem do fato de que o tratamento com o nanomedicamento aumentou notavelmente a eficácia, a segurança e as propriedades farmacológicas do fármaco quimioterapêutico sozinho, o docetaxel (Taxotere).
A pesquisa e o desenvolvimento do primeiro medicamento com nanotecnologia inaugura a chamada nanomedicina, com as prometidas drogas inteligentes, representando a culminância de mais de uma década de pesquisas.

"O BIND-014 demonstrou, pela primeira vez, que é possível produzir medicamentos com propriedades orientadas e programáveis, capaz de concentrar o efeito terapêutico diretamente no local da doença, potencialmente revolucionando como as doenças complexas, como o câncer, podem ser tratadas," disse o Dr. Omid Farokhzad, da Universidade de Harvard.

"As tentativas anteriores de desenvolver nanopartículas direcionáveis não conseguiram chegar à etapa de estudos clínicos em humanos devido à dificuldade de projetar e dimensionar uma partícula que seja capaz de chegar ao local, ficar por longo tempo no organismo, fugir da resposta imunológica e liberar a droga de forma controlada," explica o Dr. Robert Langer, coautor do estudo.

Efeitos do nanomedicamento

Segundo a equipe, o nanomedicamento gerou uma concentração elevada da droga quimioterápica sobre o local do tratamento - um aumento de 100 vezes do docetaxel presente no plasma sanguínea ao longo de 24 horas.

Isto produziu uma eficácia substancialmente maior, além da diminuição dos efeitos colaterais da quimioterapia.

Foi observado também um aumento de até 10 vezes na concentração intratumoral do quimioterápico.

Nanomedicina

Os pesquisadores observam que, embora a ciência e a tecnologia do BIND-014 tenha-se baseado no mecanismo de ação do docetaxel, os indícios são de que o nanomedicamento altera significativamente os efeitos biológicos da própria droga, em virtude de mudanças fundamentais em sua farmacologia, incluindo grandes aumentos na concentração no local do tratamento.

A pesquisa e o desenvolvimento do primeiro medicamento com nanotecnologia inaugura a chamada nanomedicina, representando a culminância de mais de uma década de pesquisas.
Sete hábitos para um coração saudável

Saúde do coração

As autoridades de saúde de todo o mundo recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares.


A OMS estima que a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda.

No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45 mil adultos consultados seguem estas sete dicas.

Hábitos para um coração saudável

Os sete hábitos para um coração saudável são:
  1. não fumar
  2. fazer exercícios físicos
  3. controlar a pressão arterial
  4. controlar a glicose
  5. controlar o colesterol
  6. controlar o peso corporal
  7. adotar uma dieta balanceada
Quem segue pelo menos seis dessas sete recomendações tem 51% menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que seguem apenas um dos hábitos.

Além disso, o risco de transtornos cardiovasculares caiu em até 76%.

Mulheres seguem mais os mandamentos do coração

Segundo as estatísticas, os grupos de pessoas que seguem mais fielmente as recomendações são mulheres, jovens, indivíduos brancos não-hispânicos e pessoas com maior escolaridade.

Para o professor Donald Lloyd-Jones, da universidade norte-americana de Northwestern, o retrato da pessoa com coração saudável nos Estados Unidos é "uma mulher jovem, branca e com bom nível escolar".

"A saúde cardiovascular ideal é perdida rapidamente após a infância, adolescência e juventude, devido à adoção de condutas adversas de saúde vinculadas à dieta, ao peso e ao estilo de vida sedentário, particularmente em camadas da população de piores níveis socioeconômicos," afirma ele

Para Lloyd-Jones, o problema já extrapola os serviços de saúde pública, que sofrem com as consequências dos maus hábitos da população.

Desprezando o coração

Segundo um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard, este foi o grupo que justamente apresentou menor risco de morte por AVC.

Apesar de estas mudanças de hábitos poderem salvar vidas, a pesquisa publicada pela revista científica Journal of the American Medical Society diz que poucas pessoas realmente levam as recomendações a sério.

Os cientistas usaram dados de uma sondagem nacional com quase 45 mil pessoas com mais de 20 anos em três períodos distintos: de 1988 a 1994, de 1999 a 2004 e de 2005 a 2010.

Nestes três intervalos, foi revelado que apenas 1,2% das pessoas seguiam as recomendações.

A incidência de fumantes diminuiu entre 23% e 28% desde 1988, mas não houve nenhuma alteração nos níveis médios de pressão arterial, colesterol ou massa corporal.
Cosméticos respondem por 60% das irritações e alergias

Beleza que vira dor de cabeça

As irritações e alergias compreendem 60% das reações ao uso de cosméticos notificadas ao Centro de Vigilância Sanitária por médicos, serviços de saúde e consumidores.

A conclusão é de um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.

Em seguida, aparecem outras reações como vermelhidão e coceira, com 35% do total, e queimaduras, com 8%.

O balanço também mostrou que 54% das reações aos produtos de beleza ocorrem na pele, seguidas dos olhos, com 15%, e de outras partes do corpo, como cabelos e unhas, com 31%.

Riscos dos cosméticos

Em relação ao tipo de cosméticos, as principais queixas referem-se aos alisantes e produtos destinados a hidratar e amaciar os cabelos.


Em seguida na lista de queixas vêm os protetores solares, fraldas descartáveis, desodorantes e cremes antirrugas e anticelulite.

"Por meio das notificações registradas, foi possível perceber que as reações por cosméticos são causadas, sobretudo, pelo livre acesso das pessoas aos produtos, pelo uso inadequado e/ou precoce, pela mistura de diferentes apresentações e pela crença de que cosméticos não fazem mal à saúde", diz Rita de Cassia Dias, farmacêutica responsável pelo Grupo de Vigilância Sanitária em Cosméticos.

Reações aos cosméticos

Apesar da maioria das ocorrências envolvendo produtos de beleza ser leve, sem danos permanentes para a saúde, após o início das reações recomenda-se suspender o uso do cosmético imediatamente, verificar se há relação entre o produto e os sintomas e procurar um médico.

Rita de Cássia alerta também para o risco de produtos de origem incerta: "É importante certificar-se de que o produto tem procedência legal ou que seja registrado no Ministério da Saúde por meio da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]".

Mas ela alerta também para o uso inadequado de alguns produtos originais que,, mesmo regulamentados, podem também trazer problemas para o consumidor.

É o caso, por exemplo, de cremes utilizados sem orientação médica para descamação da pele à base de ácido retinoico, que, segundo a farmacêutica, podem provocar até queimaduras fortes de segundo grau.
Substância faz emagrecer alterando relógio biológico

Os ritmos circadianos resultam em processos psicológicos que respondem aos ciclos de luz e escuridão, embora o relógio biológico não seja a única rota para a influência da luz sobre a saúde.

Obesidade e sono

Cientistas do Instituto de Pesquisas Scripps (EUA) sintetizaram duas moléculas que alteraram radicalmente o relógio biológico em experimentos com animais.

Segundo os cientistas, os resultados destacam que os novos fármacos mostraram elevado potencial para tratar uma série de condições, entre elas o sobrepeso e a obesidade.

Mas não apenas isso: entre os possíveis beneficiados com uma eventual droga baseada nesse princípio estão pacientes com diabetes, colesterol alto e problemas sérios de sono.

O estudo está publicado no exemplar desta semana da revista Nature.

Ritmos circadianos

O composto agora descoberto altera o ritmo circadiano, o relógio biológico do organismo.

Também é alterado o padrão de expressão genética no hipotálamo, a região do cérebro que contém o principal relógio celular do corpo, que sincroniza os ritmos diários do organismo dos mamíferos.

Os ritmos circadianos resultam em processos psicológicos que respondem aos ciclos de luz e escuridão, embora o relógio biológico não seja a única rota para a influência da luz sobre a saúde.

Quando foram administrados a camundongos tornados obesos por uma dieta rica em gordura, os compostos reduziram a obesidade ao diminuir a massa gorda e melhorar muito o nível do colesterol e os níveis de glicemia.

"A ideia por trás desta pesquisa é que nossos ritmos circadianos estão acoplados com processos metabólicos, e que você pode modulá-los farmacologicamente," disse Thomas Burris, que liderou o estudo.

"Como se demonstrou, o efeito desta modulação é surpreendentemente positivo, tudo tem sido benéfico até agora," comemora ele.

Serve para seres humanos?

A equipe identificou e testou dois compostos sintéticos que ativam as proteínas REV-ERBα and REV-ERBα, que regulam genes que controlam os ritmos biológicos.

Os efeitos metabólicos foram observados depois de 12 dias de aplicação - os animais perderam peso sem nenhuma alteração em sua dieta, nem de qualidade e nem de quantidade.

Em um dos experimentos, a produção de colesterol nos animais reduziu-se em 47%.

A descoberta do fármaco, o princípio ativo que poderá vir a se tornar uma droga, é o primeiro passo no desenvolvimento de um medicamento, o que só acontece depois de avaliações de toxicidade, efeitos colaterais e, finalmente, a aplicabilidade dos resultados aos seres humanos.