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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Banco biológico

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) deu início hoje às obras do Centro Brasileiro de Material Biológico (CBMB), no Campus de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O grande objetivo do banco biológico será armazenar microrganismos (bactérias, fungos filamentosos e leveduras), além de células animais, para orientar a indústria farmacêutica na fabricação de remédios e ajudar nas pesquisas científicas.
Orçado em R$ 11,5 milhões, o banco deverá receber também coleções de referência de outras instituições do país e estrangeiras.
"Para ninguém [pesquisadores] querer reinventar a roda, é importante um complexo com esse material disponível. Um lugar confiável e seguro no qual é sabido que o material não será desencaminhado. É uma infraestrutura para todo o desenvolvimento biotecnológico brasileiro", disse o presidente do Inmetro, João Jornada.
Patentes de microrganismos
Em parceria com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), o complexo também servirá para armazenar patentes de microrganismos produzidos no país, facilitando o registro de propriedade, poupando tempo e dinheiro dos pesquisadores.
Atualmente, o armazenamento de amostras desses microrganismos para registro de patente é feito fora do país, geralmente em bancos na Alemanha ou nos Estados Unidos. Com a criação do depósito do Inmetro, também será possível guardar material para backup, destacou Jornada.
"Toda vez que se desenvolve algum tipo de microrganismo, esse material pode dar origem a patente. Até hoje, ele era depositado em instituições fora do Brasil, enfrentando uma série de complicações alfandegárias e de segurança", afirmou o presidente do Inpi, Jorge Ávila.

New Cell Type Implicated in Vision

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Bright side. Blind mice appear to retain some ability to sense the brightness of their surroundings thanks to cells that contain the light-sensitive protein melanopsin.

Rods and cones hog all the credit for allowing us to see. But these light-sensitive neurons get some help from a much rarer kind of cell, according to a new study. If these unheralded cells are as important as the authors suspect, studying them may open the door to new therapies for some forms of blindness.
Scientists have known of the existence of these nerve cells, called melanopsin-containing retinal ganglion cells (mRGCs), since 2000. Research over the past decade has shown that they play an important role in reflexive responses to light, such as pupil constriction and regulation of the body's sleep-wake cycle. But they did not appear to be involved in vision.
In July, however, researchers reported in the journal Neuron that the stringy extensions, or axons, of mRGCs extend into parts of the mouse brain involved in conscious vision, not just the parts of the brain that control unconscious responses to light. The latest study confirms that finding and suggests that mRGCs enable mice to sense the brightness of their surroundings.
In the new work, researchers tagged the mRGCs with a blue protein to see where the cells occur in the mouse eye. When they tracked the cells' axons from the eye into the brain, they saw that many of them terminated in the lateral geniculate nucleus (LGN), the first relay station in the brain for visual information.
If mRGCs are involved in mouse vision, the researchers posited that light would produce activity in the visual centers of the brain in mice that lack rods and cones. To test this, they inserted thin wire electrodes into the LGNs of 18 mice and recorded electrical signals. "What we did is keep the mice in total darkness," says Timothy Brown, a neuroscientist at the University of Manchester in the United Kingdom. "And then we would switch on a light of a particular brightness for 60 seconds." The team tested a range of light intensities, from starlight to bright daylight, and found that light as intense as daylight fired up the LGN.
Brown and colleagues also looked at whether mRGCs might also send information to the LGN in mice with normal vision. "We found that approximately 40% of the brain cells that process visual signals appear to receive information from mRGCs," says Brown, whose team reports its work today in PLoS Biology.
"This is a particularly surprising finding since mRGCs themselves make up only 2% of the retinal cells that communicate to the brain."
What the researchers don't yet know is whether mRGCs can sense variations in brightness across the visual field that might allow them to distinguish between a dark wall and a brightly lit doorway, for example. If it's the latter, Brown says, the findings may open the door to new therapies for retinal degeneration. He envisions some sort of visual aid "designed to maximize the activity of these cells but notes that even if such therapies are possible, they won't be available anytime soon.
This is not the first paper to suggest that melanopsin cells play a role in conscious vision, says David Berson, a neuroscientist at Brown University and co-author of the Neuron paper, but it is "a significant new addition to a breaking story." However, he questions how relevant this line of research will be for blind people. The number of individuals with nonfunctional rods and cones that still have the ability to sense light is likely "vanishingly small," he says.
Samer Hattar, a neuroscientist at Johns Hopkins University in Baltimore, Maryland, and lead author on theNeuron paper, says he isn't convinced that the study proves that mRGCs are a key component of conscious vision in mice with functional rods and cones. Hattar points out that no group has yet shown that mice lacking melanopsin have inferior vision based on their behavior. "Just because you see something doesn't mean that it's going to be physiologically relevant," he says. "The story is not finished."

Drogas antivirais elevam chances de cura para hepatite C

Os três milhões de brasileiros com hepatite C terão mais chance de cura a partir do próximo ano.

A chegada de duas drogas antivirais ao mercado promete dobrar a capacidade de eliminar o vírus e diminuir pela metade o tempo de uso dos remédios.

Os dois medicamentos já passaram por pesquisas em fase três -com pacientes de diversos países, incluindo o Brasil- e estão na etapa final de aprovação nos Estados Unidos e na Europa.

O efeito desses antivirais foi discutido num simpósio latino-americano que terminou ontem, em São Paulo.

"A previsão é que o uso seja liberado no exterior no primeiro semestre de 2011. Esperamos que chegue no Brasil ainda no fim do próximo ano ou no começo de 2012", diz o infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e responsável pela organização do simpósio.

A hepatite C é causada pelo vírus VHC, transmitido pelo contato com sangue contaminado. Estima-se que tenham a doença 200 milhões de pessoas no mundo.

O vírus causa uma infecção no fígado que, em 85% dos casos, torna-se crônica. A doença não tem sintomas. Um quarto dos pacientes crônicos desenvolve cirrose hepática e pode acabar tendo câncer de fígado.

A única forma de tratamento até agora envolve o uso de duas substâncias: o interferon e a ribavirina. São remédios que melhoram a resposta imunológica do paciente, ajudando o corpo a combater o micro-organismo.

Já as novas drogas, o telaprevir e o boceprevir, impedem a replicação do vírus.

"É o início de uma nova forma de tratamento da hepatite C. Há uma grande expectativa entre especialistas", afirma Edna Strauss, hepatologista do Hospital das Clínicas da USP.

Mais da metade das pessoas que procuram o tratamento disponível hoje não conseguem eliminar a doença: ou os remédios não fazem efeito ou a infecção volta depois de algum tempo.

"É para esse grupo que volta a ter a doença depois de parar de tomar o interferon e a ribavirina que os antivirais vão fazer mais efeito. A possibilidade de cura é de até 90%", diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.

Mas os medicamentos antigos não serão aposentados. Durante as pesquisas, quando os antivirais foram usados isoladamente, eles fizeram com que o vírus criasse resistência em pouco tempo.

"Existem outros antivirais em fase de testes. Daqui um tempo eles poderão ser usados em conjunto, como um coquetel. Esperamos isso para 2015."

Maconha alivia inflamações, mas aumenta risco de infecção, diz pesquisa

Princípio ativo da planta atinge células que suprimem resposta do sistema imunológico, explicam cientistas

Editora Globo
Maconha para uso medicinal, permitida na Califórnia (EUA)
Pesquisas recentes mostram que ao "anestesiar" nosso sistema imunológico, a canabis (planta que dá origem à maconha e haxixe) alivia doenças inflamatórias, mas também aumenta o risco de infecção. Cientistas daUniversidade da Carolina do Sul descobriram que seu ingrediente ativo atinge um recém descoberto tipo de célula que diminui a resposta imunológica do organismo, facilitando a entrada e instalação de infecções.
Prakash Nagarkatti, líder de um grupo de pesquisa, injetou o principal ingrediente ativo da maconha, o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) em ratos de laboratório. O THC ativou dois tipos de receptores canabinóides nas células dos sistema imunológico dos animais, chamados CB1 e CB2.

A ativação desses receptores levou à mobilização em grande escala de células mielóides supressoras (MDSC). Elas têm um papel importante na diminuição da resposta do sistema imunológico, fazendo com que ficar em níveis normais, como quando não há infecção.
A descoberta oferece uma possível explicação dos motivos pelos quais usuários de maconha apresentam mais risco de infecções do que quem não fuma a droga, de acordo com os pesquisadores.
Além disso, o resultado sugere que o THC poderia ser usado quando houver necessidade de suprimir o sistema imunológico, por exemplo, após transplantes, quando não é interessante que o organismo do receptor tenha reações contra o novo órgão.

Aspirina diária reduz risco de morte por câncer, diz estudo


Segundo pesquisa, consumo de 75 mg diários da droga reduziu em até 20% os riscos de morte.

Uma pequena dose diária de aspirina é capaz de reduzir substancialmente o risco de morte por uma série de tipos de câncer, segundo sugere um estudo britânico.

A pesquisa coordenada pela Universidade de Oxford verificou que uma dose diária de 75 mg reduziu em até 20% a chance de morte por câncer.

O estudo, publicado na última edição da revista científica "The Lancet", analisou dados de cerca de 25 mil pacientes, a maioria deles da Grã-Bretanha.

Especialistas dizem que os resultados mostram que os benefícios da aspirina comumente compensam os riscos associados, como aumento da possibilidade de sangramentos ou irritação do sistema digestivo.

Outros estudos já haviam associado a aspirina à redução dos riscos de ataques cardíacos ou de derrames entre as pessoas nos grupos de risco.

Mas acredita-se que os efeitos de proteção contra doenças cardiovasculares sejam pequenos entre adultos saudáveis. Também há um risco maior de sangramentos no estômago e no intestino.

Porém a pesquisa publicada nesta terça-feira afirma que, ao avaliar os benefícios e os riscos do consumo de aspirina, os médicos deveriam também considerar seus efeitos de proteção contra o câncer.

As pessoas que consumiram o medicamento tiveram um risco 25% menor de morte por câncer durante o período do estudo, e uma redução de 10% no risco de morte por qualquer causa em comparação às pessoas que não consumiram aspirina.

Longo prazo

O tratamento com a aspirina durou entre quatro e oito anos, mas um acompanhamento de mais longo prazo de 12.500 pessoas mostrou que os efeitos de proteção continuaram por 20 anos tanto entre os homens quanto entre as mulheres.

Após 20 anos, o consumo diário de aspirina ainda tinha o efeito de reduzir em 20% o risco de morte por câncer.

Ao analisar os tipos específicos da doença, os pesquisadores verificaram uma redução de 40% no risco de morte por câncer de intestino, 30% para câncer de pulmão, 10% para câncer de próstata e 60% para câncer de esôfago.

As reduções sobre cânceres de pâncreas, estômago e cérebro foram difíceis de quantificar por causa do pequeno número de mortes por essas doenças entre as pessoas pesquisadas.

Também não havia dados suficientes para analisar os efeitos da aspirina sobre cânceres de ovário ou de mama, mas os autores da pesquisa sugerem que a razão para isso é que não haveria mulheres suficientes entre as pessoas analisadas.

Mas estudos de larga escala sobre os efeitos da aspirina sobre esses tipos específicos de câncer estão em andamento.

O coordenador do estudo, Peter Rothwell, disse que ainda não aconselha os adultos saudáveis a começarem a tomar aspirina imediatamente, mas afirmou que as evidências científicas estão 'levando as coisas nessa direção'.

Segundo Rothwell, o consumo diário de aspirina dobra os riscos de grandes sangramentos internos, que é de 0,1% anualmente. Mas ele diz que os riscos de sangramento são 'muito baixos' entre adultos de meia idade, mas aumentam bastante entre os maiores de 75 anos.

Segundo ele, o tempo ideal para começar a considerar tomar doses diárias de aspirina seria entre os 45 e os 50 anos, por um período de 25 anos.