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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Orégano destrói células do câncer de próstata

Os muitos benefícios do orégano já o estão elevando à categoria dos supertemperos, a exemplo do açafrão.

Tempero da saúde

O conhecido tempero orégano, muito usado em pizzas e massas, tem efeitos benéficos à saúde conhecidos há muito tempo.

Entre esses benefícios estão os efeitos antioxidantes, a redução do risco de doenças crônicas, mas, mais particularmente, o combate aos fortes efeitos colaterais da quimioterapia.

Agora, em uma pesquisa ainda com cultura de células em laboratório, cientistas descobriram que o orégano consegue destruir células do câncer de próstata.

Supertempero

A Dra. Supriya Bavadekar e seus colegas da Universidade Long Island (EUA) isolaram um composto do orégano, chamado carvacrol, e testaram seus efeitos contra as células tumorais.

Os estudos demonstraram que o constituinte do orégano dispara o fenômeno de apoptose, a morte programada das células.

"Nós sabemos que o orégano possui propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, mas seus efeitos sobre as células do câncer realmente elevam o tempero ao nível dos supertemperos, como o açafrão," disse a pesquisadora, citando outro vegetal com largos benefícios à saúde.

Licopeno e carvacrol

Embora o estudo esteja em estado inicial, a pesquisadora acredita que os resultados são suficientes para apostar no uso do carvacrol como um fármaco anticâncer.

"Alguns pesquisadores já demonstraram que a ingestão de pizza pode reduzir o risco de câncer. Esse efeito tem sido atribuído ao licopeno, um composto presente no molho de tomate, mas agora acreditamos que o orégano possa ter sua participação nesse benefício," disse ela.
Fiocruz começa teste de vacina contra malária

Vacina brasileira contra a malária

A Fundação e o Instituo Oswaldo Cruz começaram a testar em animais fármacos que poderão levar ao desenvolvimento de uma vacina contra a malária no Brasil.

"Passada essa fase [testes em animais], a ideia é entrar em ensaios clínicos", disse o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz, Cláudio Ribeiro.

Segundo ele, os testes clínicos serão efetuados com voluntários, visando a verificar a inocuidade, ou seja, se a substância que vai ser injetada não faz mal a quem a recebe.

Em seguida, os pesquisadores observam se há uma resposta imunológica do paciente e se essa resposta é forte o suficiente para proteger o indivíduo da infecção. "Aí, estaremos prontos para fazer ensaios em populações".

Segundo Ribeiro, os pesquisadores querem chegar a uma vacina que proteja ao mesmo tempo contra a malária e contra a febre amarela.

Falta de recursos contra a malária

A malária é considerada uma doença negligenciada.

Um estudo publicado nesta semana por cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, mostrou que, ao longo dos últimos 80 anos, todos os surtos de malária no mundo ocorreram depois que houve cortes nas verbas governamentais para o combate à doença.

Na Índia, por exemplo, a Agência para o Desenvolvimento Internacional financiou um programa de erradicação que levou a uma queda vertiginosa nos casos de malária anuais, de cerca de 100 milhões no início do século 20, para cerca de 100.000 em 1965.

Mas quando o envolvimento da instituição cessou, a malária ressurgiu com um pico de 6 milhões de casos em 1976.

Calcula-se que 216 milhões de pessoas contraíram malária em 2010, em 106 países - 655.000 morreram da doença.

No Brasil, em 2011, foram registrados 263 mil casos contra 320 mil no ano anterior.

Diagnóstico da malária

Cláudio Ribeiro destaca que o que mais está chamando a atenção no momento é a ocorrência de malária fora da área de transmissão.

Embora sejam poucos casos, eles aparecem em lugares onde os médicos não estão acostumados a lidar com a doença, descartando o diagnóstico: "A malária, proporcionalmente, mata mais fora da região amazônica do que dentro".
Médicos confundem malária com outras doenças

Os pacientes que têm a malária diagnosticada em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo ou Belo Horizonte, por exemplo, têm 60 vezes mais chance de morrer da doença, do que se a malária for diagnosticada na região amazônica. "Isso porque, aqui, o médico não pensa no diagnóstico e confunde a doença com dengue e outras síndromes febris".

Bilhões

Ribeiro ressaltou que, graças ao aporte financeiro de instituições como a Fundação Melinda e Bill Gates, pesquisadores do mundo inteiro dispõem hoje de R$ 2 bilhões por ano para realizar pesquisas que permitem vislumbrar a eliminação da malária do planeta.

Ele avaliou, porém, que seriam necessários R$ 6 bilhões por ano para atingir esse objetivo.
Brasileiros descobrem como célula
elimina proteínas oxidadas 

Com informações da Agência Fapesp

Custos da evolução

O surgimento do oxigênio e do metabolismo aeróbico na Terra permitiu aos seres vivos aproveitar a energia dos alimentos de forma muito mais eficiente.

Essa conquista evolutiva, porém, teve um preço: deixou as células sujeitas à ação de substâncias oxidantes.

Esses subprodutos da respiração aeróbica interagem com proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos fazendo com que essas macromoléculas percam sua função.

Tal processo pode levar à morte celular e, nos seres mais complexos como os humanos, ser a base de doenças como câncer, artrite, aterosclerose, Parkinson e Alzheimer.

Mas os organismos, felizmente, desenvolveram mecanismos para se proteger dos danos oxidativos.

Um deles foi recentemente descoberto por pesquisadores brasileiros e mereceu destaque na capa da revista Antioxidants & Redox Signaling, uma das mais importantes na área.

Neuropatologias

Marilene Demasi e sua equipe do laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantã, descobriu a estratégia usada pela célula da levedura Saccharomyces cerevisiae para acelerar a degradação de proteínas oxidadas.

"Além de perder função, a proteína danificada por substâncias oxidantes tende a se agregar, e hoje sabemos que isso é a causa de diversas neuropatologias. A melhor defesa das células é degradar essas moléculas", explicou Marilene.

A missão de livrar as células de proteínas indesejadas, sejam elas oxidadas ou não, cabe a um complexo proteico chamado proteassomo.

"Ele regula diversas funções, como a resposta a estímulos internos e externos, a divisão e a morte celular. Essa regulação é feita por meio da degradação das proteínas envolvidas em todos esses processos", explicou Marilene.

Esse sistema, contou a pesquisadora, se mantém ao longo da cadeia evolutiva em todos os organismos eucarióticos, ou seja, que possuem células com núcleo isolado do citoplasma por uma membrana e diversas organelas. Está presente, portanto, desde seres unicelulares até plantas e animais.

"Sabíamos que em situações de estresse oxidativo o proteassomo passa por um processo chamado glutatiolação e queríamos entender o motivo. A pesquisa mostrou, pela primeira vez, que o proteassomo glutatiolado é capaz de degradar as proteínas oxidadas com maior velocidade e menor gasto energético para célula", contou Marilene.

A glutatiolação, explicou a pesquisadora, é um tipo de modificação oxidativa que afeta os resíduos do aminoácido cisteína existentes no proteassomo. "Mas esta é uma modificação oxidativa não deletéria e reversível, que funciona como mecanismo de proteção da célula", afirmou.

Ubiquitina

Para que o proteassomo reconheça as proteínas a serem eliminadas durante os processos normais de regulação celular, esses alvos são marcados com uma outra proteína chamada ubiquitina. Os cientistas sabiam, no entanto, que quando se tratava de degradar proteínas oxidadas essa sinalização era desnecessária.

Para entender exatamente o que ocorre dentro do proteassomo, os pesquisadores recorreram à microscopia eletrônica de transmissão e à uma técnica conhecida como SAXS (small angle X-ray scattering), desenvolvida pela equipe do professor Cristiano de Oliveira, do Instituto de Física da USP. O método permite analisar a molécula em solução e fazer medidas a partir de modelagem estrutural.

"O proteassomo tem uma estrutura cilíndrica, com abertura nas extremidades. Mas essas entradas normalmente ficam fechadas. Conseguimos mostrar que, quando o proteassomo está glutatiolado, esses portões se abrem permitindo a entrada da proteína oxidada", contou Marilene.

Também foi possível confirmar, por meio da espectometria de massa, que apenas duas das 32 cisteínas existentes no proteassomo sofrem glutatiolação - e justamente aquelas relacionadas à abertura e ao fechamento da câmera catalítica, que é o local onde as proteínas entram para serem degradadas. Essa parte do trabalho foi feita em colaboração com a equipe do professor Fabio Gozzo, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Uma das duas cisteínas que encontramos glutatioladas é altamente conservada ao longo da cadeia evolutiva, ocorrendo desde a levedura até o homem", ressaltou Marilene. "Esse é um resultado muito importante, pois ninguém havia mostrado antes que o proteassomo sofre regulação redox."
Publicada lista de 10 produtos químicos
suspeitos de causar autismo

Químicos tóxicos suspeitos

Um grupo internacional de cientistas divulgou hoje um manifesto pedindo mais pesquisas para identificar as possíveis causas ambientais do autismo e outras desordens do desenvolvimento neurológico em crianças.

O documento também apresenta uma lista de 10 produtos químicos suspeitos, aqueles que são considerados altamente susceptíveis de contribuir para essas condições.

O documento foi publicado juntamente com quatro artigos científicos - cada um sugerindo uma ligação entre produtos químicos tóxicos e autismo - na revista científica Environmental Health Perspectives

Causas ambientais das desordens neurológicas

A Academia Nacional de Ciências dos EUA afirma que 3% de todos os transtornos neurocomportamentais em crianças, incluindo o transtorno do espectro do autismo (ASD) e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), são causados por substâncias tóxicas no meio ambiente, e que outros 25% são causados por interações entre fatores ambientais e genéticos.

Mas as causas ambientais e seus mecanismos de ação no organismo ainda não são conhecidos.

Os pesquisadores elaboraram uma lista de 10 produtos químicos encontrados em produtos de consumo que são suspeitos de contribuir para a deficiência do autismo e de aprendizagem, de forma a orientar uma estratégia de pesquisas para descobrir causas ambientais potencialmente evitáveis.

Produtos químicos suspeitos

Os dez produtos químicos são:
  1. Chumbo
  2. Metilmercúrio
  3. PCBs - Bifenilas Policloradas
  4. Inseticidas ou pesticidas organofosforados
  5. Inseticidas ou pesticidas organoclorados
  6. Desreguladores endócrinos
  7. Gases do escapamento de automóveis
  8. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
  9. Antichamas bromados
  10. Compostos perfluorados
O primeiro dos quatro artigos, escrito por uma equipe da Universidade de Wisconsin, encontrou indícios que ligam fumar durante a gravidez com a desordem de Asperger e outras formas de autismo de alto grau.

Dois artigos, escritos por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis, mostram que os PCBs (bifenilas policloradas) atrapalham as primeiras etapas do desenvolvimento cerebral.

O último artigo, da mesma universidade, sugere uma ligação entre a exposição a pesticidas e o autismo.
Antidepressivos fazem mais mal do que bem aos pacientes Wade Hemsworth

Nem segura e nem eficaz

Os antidepressivos mais comumente receitados parecem estar fazendo mais mal do que bem aos pacientes, afirmam cientistas.

Uma equipe canadense acaba de publicar um estudo no qual eles avaliaram o impacto dos medicamentos antidepressivos em todo o corpo, e não apenas no tocante ao humor.

"Precisamos ser muito mais cautelosos sobre o uso disseminado dessas drogas," disse Paul Andrews, da Universidade McMaster, principal autor do artigo.

"Isto é importante porque milhões de pessoas recebem receitas de antidepressivos a cada ano, e o senso comum sobre essas drogas é que elas seriam seguras e eficazes."

Serotonina não regula só o humor

Andrews e seus colegas examinaram estudos de pacientes quanto aos efeitos dos antidepressivos em todo o organismo.

Eles descobriram que os benefícios da maioria dos antidepressivos, mesmo tomados nos seus melhores resultados, mal se comparam aos riscos, que incluem a morte prematura em pacientes idosos.

Os antidepressores são concebidos para aliviar os sintomas da depressão através do aumento dos níveis de serotonina no cérebro, onde essa substância regula o humor.

Contudo, a grande maioria da serotonina que o corpo produz é usada para outros fins, incluindo a digestão, a formação de coágulos de sangue em locais de ferimentos, além da reprodução e do desenvolvimento físico.

O que os pesquisadores descobriram é que os antidepressivos têm efeitos negativos sobre a saúde em todos os processos normalmente regulados pela serotonina.

"A serotonina é uma substância química antiga. Ela regula delicadamente muitos processos diferentes, e quando você interfere com essas coisas você pode esperar que alguma coisa saia errado," disse Andrews.

Riscos dos antidepressivos

Os resultados mostram elevação dos seguintes riscos:
problemas de desenvolvimento em crianças
problemas com estimulação e função sexual, e problemas no desenvolvimento dos espermatozoides em adultos
problemas digestivos, como diarreia, constipação, indigestão e flatulência
sangramento anormal e acidente vascular cerebral em idosos

Os autores revisaram três estudos recentes que mostram que idosos que usam antidepressivos são mais propensos a morrer do que os não-usuários da droga, um resultado que persiste mesmo depois que se leva em contra outras variáveis importantes.

Ninguém faz nada

As maiores taxas de mortalidade indicam, segundo os pesquisadores, que o efeito global destas drogas no corpo é mais prejudicial do que benéfico.

O Dr. Andrews acrescenta que, embora possa parecer surpreendente, a maior parte dos indícios dos malefícios desses medicamentos tem estado evidente e disponível à comunidade científica há muito tempo.

"A única coisa que está faltando nos debates sobre antidepressivos é uma avaliação global de todos esses efeitos negativos em relação aos seus potenciais efeitos benéficos," afirma. "A maioria dessas evidências tem estado por aí há anos e ninguém olha para esta questão básica."