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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pesquisador identifica proteínas que podem diagnosticar câncer de tireoide

Descoberta deve possibilitar a criação de um exame que diferencie com precisão os nódulos benignos dos malignos, evitando intervenções desnecessárias. Análise pós-operatória indica que apenas de 5% a 10% das pessoas que extraem a glândula tinham tumor


Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificaram um conjunto de proteínas que pode ajudar no diagnóstico do câncer de tireoide. A ideia é criar um exame capaz de diferenciar com precisão os nódulos benignos dos malignos, evitando intervenções cirúrgicas desnecessárias. Os testes clínicos começam em janeiro.
Werther Santana/AE-17/12/2010
Cirurgia. Valziria Peloia segura exames de sua tireoide
Até a década passada, quando a apalpação era a principal forma de detectar nódulos na tireoide, as anomalias eram verificadas em 7% dos adultos. À medida que o exame de ultrassom se tornou comum, nódulos pequenos passaram a ser identificados em mais de 60% dos pacientes.
O desafio hoje é identificar quais lesões são, de fato, perigosas. O método mais usado atualmente é a punção aspirativa por agulha fina (Paaf), que consiste na retirada de células da região para análise no microscópio. O problema é que em 30% dos casos o resultado desse exame é inconclusivo e os pacientes precisam ser submetidos à cirurgia para confirmação do diagnóstico.
"Apenas de 5% a 10% dos casos submetidos à cirurgia têm resultado de tumor maligno. A maioria das intervenções é desnecessária, só onera o sistema de saúde", diz a geneticista Janete Cerutti, principal autora do estudo.
Em parceria com a John Hopkins University Medical School, dos EUA, Janete descobriu que a existência ou não de determinadas proteínas no material obtido da biópsia cirúrgica estava associada à presença de tumores malignos. Em testes feitos entre 2002 e 2010, mais de mil possíveis bio-marcadores foram identificados. Os melhores candidatos foram testados em 300 amostras, que representam os diferentes grupos de tumores benignos e malignos de tireoide.
O desenvolvimento do exame passou por várias etapas. A mais recente, publicada no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, apresenta o conjunto de proteínas que, segundo os autores, poderiam determinar com 97% de precisão a presença de um tumor maligno.
Os testes clínicos para o desenvolvimento de um exame pré-cirúrgico serão feitos com amostras coletadas de pacientes do Hospital São Paulo. Além de identificar o câncer, o exame pode indicar a sua agressividade.
Medo. O exame pré-cirúrgico poderia ter evitado a retirada da tireoide da paisagista Valziria Peloia, de 54 anos. Há seis anos, exames de rotina indicaram dois nódulos e a punção de um deles foi inconclusiva. Por causa do histórico familiar, ela optou pela extração da tireoide. Análises após a operação mostraram que os dois nódulos eram benignos. "Tinha perdido um irmão por causa de um câncer. Não quis conviver com a dúvida."
Segundo a endocrinologista Laura Ward, apenas 20% dos pacientes submetidos a cirurgias realmente precisariam ser operados. "Quando há dúvida, costuma-se extrair a tireoide inteira. A reposição hormonal e a cicatriz são iguais, mas o risco de a lesão espalhar, se for maligna, é maior quando se tira apenas a metade que contém o nódulo." Há lesões benignas que podem ter indicação cirúrgica.


SAIBA MAIS

A tireoide
É a maior glândula do corpo humano e produz hormônios que regulam o funcionamento de todas as células.

Hipertireoidismo
Quando os hormônios são produzidos em excesso ocorre uma aceleração do metabolismo, podendo ocorrer agitação, diarreia, taquicardia, perda de peso, sudorese aumentada e irregularidade menstrual.

Hipotireoidismo
Quando os hormônios são produzidos em quantidade insuficiente são comuns sintomas como cansaço, intestino preso, ganho de peso, depressão, dor muscular e nas articulações, unhas finas e quebradiças e enfraquecimento do cabelo.

Câncer
A incidência de nódulos malignos na tireoide quintuplicou nas últimas décadas. A melhora no diagnóstico, o envelhecimento da população e o excesso de iodo no sal podem ser causas. 

Dor crônica Gene pode está relacionado com a hereditariedade.


Cerca de um terço dos indivíduos apresentará algum tipo de dor crônica durante a vida. À medida em que aumenta a expectativa de vida, cresce o número de pessoas com dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações ou inflamações nos órgãos internos e outros problemas relacionados ou que podem provocar dores crônicas.

Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e comportamentais. Seus portadores desenvolvem depressão, deficiências psicomotoras, lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso. 

Tais sintomas costumam ser interpretados como característicos de enfermidades psíquicas, quando na verdade refletem apenas a semelhança que existe entre a dor e a memória. 

Pesquisadores de diversos países descobriram o primeiro gene ligado à dor crônica. Depois da descoberta, mais de 500 outros genes relacionados à dor crônica ainda precisam ser estudados. 

O gene, chamado Alfa-2-Beta-3, foi identificado na drosófila, a mosca de fruta. Depois, foi estudado em ratos e, finalmente, analisado em humanos. O resultado da pesquisa confirma algo que já se cogitava anos atrás: a importância das diferenças genéticas na forma como o cérebro processa a dor crônica. 

Estudos feitos com gêmeos, por exemplo, mostraram que cerca de 50% das variações na sensibilidade à dor são hereditárias. Até variações pequenas no Alfa-2-Beta-3 mostraram uma grande diferença no nível da dor sentida pelos indivíduos, seja ela provocada por queimaduras ou por problemas crônicos na coluna, por exemplo. 

Isso ocorre porque o gene regula a passagem de partículas de cálcio pela membrana das células. Essas partículas são essenciais para controlar a transmissão, pelos neurônios, dos sinais da dor até o cérebro. 

A partir dos dados revelados pelo estudo, novos analgésicos, muito mais eficazes do que os atuais, poderão ser desenvolvidos à medida em que a medicina entenda cada vez mais como a dor é transmitida pelas células nervosas para o cérebro. Isso é um grande avanço. Até há pouco tempo, era recorrente a ideia, principalmente entre os profissionais de enfermagem, de que o paciente deveria tolerar a dor para evitar o excesso de medicamentos que poderia torná-lo dependente – a maioria deles feita a partir de derivados do ópio, como a morfina. 

No Brasil, de 50% a 60% das pessoas que sentem dores crônicas se tornam parcial ou totalmente incapacitadas para o trabalho e um em cada cinco acaba largando o emprego. 

Quais são as regiões ou orgão do corpo onde, principlamente, ocorre a dor ?
  • 70% são de origem esquelética-muscular;
  • 20% são de origem neuropáticas;
  • 10% são causadas por cânceres.

Quais são as dores que mais afetam os brasileiros? 
  • Epigastralgias e outras dores abdominais;
  • Disúria (ao urinar);
  • Cefaleias (cabeça);
  • Artralgias (articulações);
  • Lombalgias (costas);
  • Torácica;
  • Nos membros.

Síndrome do olho seco


Ar quente ou seco, vento, permanência em altitudes elevadas ou em locais com ar condicionado e fumaça de cigarro são os principais fatores que contribuem para que o indivíduo desenvolva a Síndrome do Olho Seco.

Os usuários de lentes de contato também podem se queixar ocasionalmente de olhos secos. Normalmente as lentes de contato flutuam na película lacrimal do olho. Se a produção de lágrimas diminuir ou se a composição da película estiver alterada, pode acontecer que as lentes fiquem posicionadas diretamente sobre a córnea, danificando-a.

Nestes casos a sensação de secura também pode ser provocada pelo depósito de proteínas nas lentes, razão pela qual a limpezas das mesmas é tão importante.

Determinados medicamentos insuficiênciam no metabolismo de algumas vitaminas, assim como algumas doenças são outros fatores capazes de provocar uma formação reduzida de lágrimas, como, por exemplo, preparados hormonais, falta de vitamina A, doenças da tireóide, doença de Parkinson ou a Síndrome de Sjögren.

De acordo com especialistas, os principais sintomas do olho seco são: ardor nos olhos, coceira, irritação, olhos vermelhos, visão turva, que melhora depois de um pestanejar de olhos, sensação da existência de um corpo estranho e desconforto quando se lê, vê televisão ou trabalha em frente à tela do computador por muito tempo. E é uma das queixas mais recorrentes por parte dos pacientes.
 
Resumindo, podemos dizer que a Síndrome do Olho Seco significa que os olhos não são umedecidos suficientemente seja porque a produção do fluído lacrimal é deficiente, ou porque a composição das lágrimas não é a ideal. Normalmente o pestanejar, piscar os olhos, espalha uniformemente a película lacrimal sobre o olho. No entanto, se esta película lubrificante não for o suficiente poderão ocorrer irritações nos olhos.

Diversas podem ser as causas do olho seco, que é também um sinal de envelhecimento, já que normalmente a medida que ficamos mais velhos a produção de lágrimas tende a diminuir. As mulheres sofrem mais de olhos secos que os homens em decorrência da ocilaçãonas taxas hormonais: uso da pílula anticoncepcional ou devido às alterações hormonais dá menopausa.

Existem, entretanto, algumas medidas que poderão ajudar a prevenir e aliviar os sintomas de olho seco, tais como:

  • Beber líquidos em quantidade suficiente, de preferência água natural, para que o corpo não fique desidratado;
  • Quando estiver lendo ou trabalhando em frente à tela do computador, lembre-se de piscar os olhos com frequência;
  • Caso faça uso das lentes de contato, procure sempre higienizá-las de maneira correta e fique sempre atento a data de validade e de retorno ao oftamologista;
  • E uma recomendação importante, em qualquer situação, evite esfregar os olhos, pois isso agrava qualquer sintoma de mal estar ocular.
Por fim, mas não mesmo importante, munca se automedique. Isto pode ser muito perigoso, ação que pode colocar em risco a saúde de sua córnea. "Não existe colírio inócuo. Em caso de apresentar algum dos sintomas que podem ser atribuídos ao olho seco, a primeira providência é consultar um oftalmologista".