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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Journal of Veterinary Emergency and Critical Care


  1. Case Reports

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      Mojave toxin-type ascending flaccid paralysis after an envenomation by a Southern Pacific Rattlesnake in a dog

      Sarah R. Hoggan, Amy Carr and Karen A. Sausman

      Article first published online: 24 AUG 2011 | DOI: 10.1111/j.1476-4431.2011.00668.x

  2. Retrospective Study

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      Outcome and medical management in dogs with lower motor neuron disease undergoing mechanical ventilation: 14 cases (2003–2009)

      Christine R. Rutter, Elizabeth A. Rozanski, Claire R. Sharp, Lisa L. Powell and Marc Kent

      Article first published online: 24 AUG 2011 | DOI: 10.1111/j.1476-4431.2011.00669.x

  3. Original Study

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      The use of deep oral swabs as a surrogate for transoral tracheal wash to obtain bacterial cultures in dogs with pneumonia

      Catherine M. Sumner, Elizabeth A. Rozanski, Claire R. Sharp and Scott P. Shaw

      Article first published online: 24 AUG 2011 | DOI: 10.1111/j.1476-4431.2011.00670.x

  4. Case Reports

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      Cholinergic crisis after neostigmine administration in a dog with acquired focal myasthenia gravis

      Daniel S. Foy, Lauren A. Trepanier and G. D. Shelton

      Article first published online: 24 AUG 2011 | DOI: 10.1111/j.1476-4431.2011.00672.x

Depressão psicótica pode afetar volume cerebral


Depressão psicótica e depressão comum
Pacientes com depressão psicótica apresentam alterações no volume de determinadas estruturas cerebrais.
A conclusão é de um estudo coordenado por Cristina Marta Del Ben, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).
Pessoas com depressão muitas vezes apresentam também manifestações psicóticas.
Mas, até agora, a medicina não tem métodos objetivos para diferenciar esses casos dos quadros depressivos comuns, o que dificulta a adoção de tratamentos específicos.
Correlacionando dados de neuroimagem e testes clínicos, o grupo de Cristina está agora dando os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre a depressão psicótica e não psicótica.
Neuroimagens
O estudo avaliou 23 pacientes com depressão psicótica, 25 com depressão não psicótica e 29 pessoas saudáveis para controle. O objetivo era observar as diferenças entre a depressão com e sem psicose.
"Mas achamos importante correlacionar esses resultados de alterações biológicas com medidas clínicas e funções psíquicas mais finas. Por isso, combinamos esses dados a uma avaliação clínica detalhada", disse Cristina.
Os dados de neuroimagem foram obtidos com um escâner de 3 tesla. Os pacientes também foram submetidos a uma espectroscopia para detectar a presença de uma série de metabólitos. Os dados foram então analisados por um software específico.
"Mas não podíamos nos restringir aos dados biológicos, pois era preciso considerar a emoção e o comportamento envolvidos nas manifestações da doença. Por isso, desenvolvemos também paradigmas para avaliar as interferências no processamento de memória verbal e visual envolvendo estímulos emocionais", explica Cristina.
Emoções e comportamentos associados à depressão
Em um dos testes, os pacientes tinham que memorizar uma lista de 15 palavras com significado positivo, negativo ou neutro. Uma segunda lista de 15 palavras era então apresentada e os participantes deveriam identificar as palavras que já estavam presentes antes.
Outro teste semelhante foi feito com imagens positivas, negativas e neutras. Um terceiro teste envolvia a identificação de rostos humanos expressando diferentes tipos de emoção.
"Embora todos os pacientes tivessem depressão com o mesmo grau de gravidade, aqueles que apresentavam a manifestação psicótica demonstraram uma tendência maior a ficar atentos ao negativo. Não percebiam estímulos positivos que já tinham visto, ou achavam que tinham visto estímulos negativos que não tinham visto. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim", disse Cristina.
Alteração no volume cerebral
Algumas estruturas cerebrais dos pacientes com depressão psicótica apresentaram alterações no volume.
A principal diferença ocorreu no istmo do giro do cíngulo, que estava reduzido nesses pacientes. De acordo com Cristina, essa estrutura faz parte do sistema límbico, uma região do cérebro responsável pelas emoções.
"A redução da parte posterior do giro do cíngulo foi significativa nos pacientes com depressão psicótica, distinguindo-os muito bem dos não psicóticos. Além disso, há uma correlação com a gravidade. Quanto mais grave o caso do paciente psicótico, menor se apresentava a estrutura", apontou.
O istmo do cíngulo faz a conexão entre o lobo occipital - uma estrutura importante para o processamento visual e a percepção do estímulo externo - com o sistema límbico. Segundo a pesquisadora, o trabalho abre caminho para levantar até que ponto a depressão com psicose pode estar ligada a uma percepção distorcida de estímulo externo.
"É uma possibilidade que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na percepção do estímulo externo é, a princípio, coerente com a presença de delírio e alucinação, típicas da manifestação psicótica. Ainda temos que explorar esse possível problema na integração entre mundo externo e percepção subjetiva", explicou.
Tipos de transtorno mental
Segundo a cientista, os dados são preliminares e foram obtidos há cerca de dois meses. "Apenas começamos a fazer as correlações. Mas agora temos dados para fazer a conexão entre as alterações nas estruturas cerebrais e essa tendência a superestimar o lado negativo das coisas", afirmou.
Segundo Cristina, é possível que a depressão psicótica e não psicótica sejam condições distintas de transtorno mental, que mereceriam abordagens específicas. Por isso, é importante estudar essa diferença.
"Entender a fisiopatogenia da doença é fundamental para a psiquiatria. Estamos aquém de outras especialidades médicas nessa área. É preciso aprofundar nossa compreensão de todo o processo para intervir de maneira mais apropriada. Atualmente, os pacientes são medicados com antidepressivos que causam uma modificação bastante inespecífica, no cérebro todo. Ainda não sabemos se é possível utilizar um tratamento mais específico e personalizado", afirmou.

Pesquisas não viram medicamento por falta de interesse da indústria


Desinteressa da indústria
Uma série de pesquisas feitas por cientistas brasileiros tem conseguido avanços importantes na prevenção da doença de Chagas.
O ponto alto dessas pesquisas foi a cura inédita em camundongos altamente suscetíveis à doença, por meio de uma tecnologia de vacina de DNA.
No entanto, ainda não há perspectiva para a realização de testes clínicos devido à falta de interesse da indústria farmacêutica.
O alerta foi dado por Maurício Martins Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenador dos projetos de pesquisa, durante a 26ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), no Rio de Janeiro.
A doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada, e Rodrigues já havia alertado antes sobre o ceticismo em relação a uma vacina contra a doença de Chagas.
Ciência que não vira saúde
Segundo o pesquisador, os projetos de pesquisa têm gerado inúmeros trabalhos, teses, reagentes e patentes, que são importantes para o possível desenvolvimento para uma vacina contra a doença de Chagas.
O problema é que, por ser uma doença negligenciada, não tem havido interesse explícito de nenhuma companhia em gerar um produto a partir daí.
"A atual situação é que geramos todos os vetores, as proteínas recombinantes de resultados experimentais em animais, obtivemos as patentes e precisávamos agora de algum tipo de contato com empresas interessadas em produzir esse tipo de vacina. Nessa fase da pesquisa, esse interesse já teria se manifestado se não se tratasse da doença de Chagas", disse ele.
Rodrigues compara a situação dos projetos sobre doença de Chagas com seus próprios projetos que utilizam os mesmos modelos para estudar a malária.
Ele coordena atualmente um outro projeto sobre a malária, também financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
"Na área de vacinação contra a malária trabalhamos com a mesma estratégia, só que utilizamos uma proteína recombinante, em vez de DNA plasmodial. Nesse projeto, conseguimos uma patente internacional de alto nível para a vacina e estamos o tempo todo recebendo contatos de empresas com interesse em desenvolver algum tipo de produto. Isso jamais ocorreu com o projeto sobre a doença de Chagas", disse.
Aplicação em outras doenças
A produção de conhecimento sobre o tema da doença de Chagas, no entanto, é de extrema importância, ainda que a indústria não se interesse, segundo Rodrigues. "Tudo o que fazemos em doença de Chagas é absolutamente aplicável a outras doenças, inclusive malária, tuberculose ou o HIV", afirmou.
De acordo com Rodrigues, os protocolos utilizados mostraram extrema eficiência. Segundo ele, ao ter contato com oTrypanosoma cruzi, o indivíduo infectado desenvolve parasitemia, que caracteriza a fase aguda da doença.
À medida que os anticorpos começam a agir, a parasitemia diminui e a doença entra na fase crônica, que pode durar pelo resto da vida, em um equilíbrio que mantém vivos parasita e hospedeiro.
"Entretanto, alguns camundongos são altamente suscetíveis e não têm essa diminuição da parasitemia, morrendo ainda na fase aguda da doença. O protocolo que utilizamos induziu a uma imunidade de longa duração e conseguiu, pela primeira vez, curar esse tipo de animal da doença de Chagas", explicou.