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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

AGENDA FIOCRUZ DE 04 A 08 DE OUTUBRO

SEGUNDA-FEIRA: 4/10
 
2° Curso básico de biossegurança na captura e manuseio de pequenos mamíferos silvestres no IOC.
Horário: 9h
Local: auditório Emmanuel Dias / Pavilhão Arthur Neiva / IOC
O curso segue até o dia 6/10.
 
1º Ciclo de palestras do sistema Gestec-NIT – Propriedade intelectual, parceria Fiocruz – Inpi: Proteção ao software. Por representante da divisão de registro de programa de computador do Inpi.
Horário: 13h
Local: Tenda da Ciência
 
Defesa de dissertação de mestrado em biologia celular e molecular no IOC: Estudo de associação entre o sistema HLA e a hanseníase. Por Matilde Romero. Orientador: Milton Ozório Moraes.
Horário: 14h
Local: sala 14B do Pavilhão Hélio & Peggy Pereira / IOC
 
Defesa de tese de doutorado em saúde pública na Ensp: Sensoriamento remoto e modelagem espacial nos estudos dos processos endêmicos-epidêmicos em áreas urbanas – o caso da dengue no município de Niterói / estado do Rio de Janeiro. Por Ana Paula da Costa Resendes. Orientador: Reinaldo Souza dos Santos.
Horário: 10h
Local: sala 410 da Ensp
 
TERÇA-FEIRA: 5/10
 
12º Simpósio internacional de esquistossomose.
Horário: 14h
Local: Rio Othon Palace Hotel / Copacabana
O evento segue até 8/10.
 
Seminários avançados de imunologia no IOC: The control of immunological synapse dynamics by the actin cytoskeleton. Por Loïc Dupré, do INSERM U563 e Centro Hospitalar Purpan/França.
Horário: 11h
Local: auditório Maria Deane / Pavilhão Leonidas Deane / IOC
 
7° Simpósio em ecologia: interações ecológicas e doenças transmissíveis.
Horário: 9h
Local: auditório térreo da Ensp
 
QUINTA-FEIRA: 7/10
 
Encontro às quintas na COC: Em estado de palavra – quando a história não consegue que se meta fora a literatura. Por Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN – Presidente da ANPUH).
Horário: 10h
Local: sala 408 do Prédio da Expansão
 
Defesa de dissertação de mestrado profissionalizante em saúde pública na Ensp: Fatores que dificultam o tratamento dos parceiros das gestantes com sífilis. Por Virna Liza Pereira Chaves Hildebrand. Orientadora: Valéria Saraceni.
Horário: 9h
Local: sala 832 da Ensp
 
SEXTA-FEIRA: 8/10
 
Centro de estudos do IOC: Control of T cell motility, activation and effector functions by the Wiskott-Aldrich syndrome protein. Por Loïc Dupré, do INSERM U563 e Centro Hospitalar Purpan/França.
Horário: 10h
Local: auditório Emmanuel Dias / Pavilhão Arthur Neiva / IOC

CNPq anuncia o Censo da Pesquisa 2010

O CNPq vai realizar o Censo 2010 do Diretório dos Grupos de Pesquisa (DGP), cujo período de atualização e cadastro de novos grupos se estenderá até o dia 05 de dezembro próximo. Os pesquisadores e estudantes que participam do Diretório terão até esta data para atualizar seus currículos Lattes e os líderes para atualizar os dados dos grupos.
O DGP é uma base de dados corrente onde são registrados os grupos de pesquisa em atividade nas principais instituições de ensino e pesquisa do Brasil. É uma rica e importante fonte de informações constituída dos recursos humanos dos grupos (pesquisadores, estudantes e técnicos), das linhas de pesquisa em andamento, da produção científica e tecnológica e dos padrões de interação com o setor produtivo. De dois em dois anos, numa data previamente anunciada, com tempo para que se procedam as atualizações necessárias, o CNPq faz uma “fotografia” dessa base para a realização dos censos.
Estes apresentam informações quantitativas sobre os grupos em suas diversas dimensões (grupos, recursos humanos, linhas de pesquisa, etc), segundo diversas variáveis (geográfico/institucional, áreas de conhecimento, etc) e oferecem recursos de buscas textuais sobre toda a base de dados. Na medida em que eles são recorrentes - os censos a partir de 2000 estão disponíveis no site do CNPq - fornecem também informações históricas e padronizadas, contribuindo para a preservação da memória da atividade científico-tecnológica nacional.
É muito importante que todos os líderes de grupos façam uma revisão rigorosa dos dados dos seus grupos e recomendem fortemente que todos os participantes (pesquisadores e estudantes) atualizem seus currículos Lattes, pois deles são extraídas diversas informações, inclusive a formação acadêmica a produção científica e tecnológica dos participantes.
Os dirigentes institucionais de pesquisa, responsáveis pela certificação dos grupos, também devem envidar todos os esforços na atualização da base de suas instituições, divulgando os comunicados e os prazos em suas Intranets, informando diretamente a seus líderes e monitorando as atualizações pelo site de dirigentes.
Mais informações no site do CNPq.

CBPF abre inscrições para Programa de Iniciação Científica

As inscrições para o Programa de Iniciação Científica (Pibic) do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) estão abertas até o dia 22 de outubro. Podem se candidatar estudantes de graduação em Física, Matemática, Química, Engenharia e áreas afins. Os interessados devem ter disponibilidade de 20 horas semanais para dedicar às atividades de pesquisa. O critério de seleção será o bom rendimento acadêmico dos alunos. Depois, os classificados serão orientados num projeto de iniciação integrado a um dos grupos de pesquisa do CBPF, nas áreas de matéria condensada; física de sistemas biológicos; cosmologia e relatividade; entre outras. Mais informações (arquivo em formato PDF): http://portal.cbpf.br/protected/Pages/ensino/pdfs/IC_Edital2010.pdf ou pelo site http://portal.cbpf.br  

Encontro Internacional debate formas de controle e combate à esquistossomose

Alvo de um esforço global de controle, a esquistossomose atinge cerca de 200 milhões de pessoas em 70 países e a estimativa é de que 747 milhões vivam sob risco de infecção, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estimativas recentes do Ministério da Saúde apontam para 2,5 milhões de brasileiros em 18 estados diferentes. Para debater formas de combate e controle da enfermidade será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro  no Rio Othon Palace (Avenida Atlântica, 3264, Copacabana) o 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. O evento contará com a presença de representantes da OMS, gestores, pesquisadores nacionais e de países como Estados Unidos, Suíça, Dinamarca, Suécia, Gana e Zimbábue. Organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a iniciativa conta com apoio da FAPERJ. Mais informações: www.schisto2010.com.br

Esquistossomíase

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas áreas tropicais e subtropicais, a esquistossomíase só é superada pela malária em termos de importância sócio-econômica e de saúde pública. A doença tem presença constante em mais de 74 países (praticamente todos subdesenvolvidos), de 500 a 600 milhões de pessoas correm riscos de serem atingidas por ela e mais de 200 milhões são infectadas a cada ano.
 Foto: Arquivo/Fiocruz
Foto: Arquivo/Fiocruz

O Schistossoma mansoni. Na foto, o mais fino é a fêmea e o mais grosso, o macho
A esquistossomíase (forma adotada pela Nomeclatura Internacional de doenças) também é conhecida como bilharziose ou esquistossomose. É causada por vermes do gênero Schistosoma, que parasitam as veias do homem e de outros animais, onde se fixam por meio de ventosas. Dentre as diversas espécies, destacam-se o S. haematobium (mais comum na África e no Mediterrâneo), o S. japonicum (mais presente no sudeste asiático) e o S. mansoni (presente, sobretudo, em países americanos, como o Brasil), que será a espécie descrita aqui. O verme apresenta sexo separado, pertence à família dos trematódeos e pode chegar a medir um centímetro de comprimento.

O ciclo
A água é o meio que o S. mansoni utiliza para infectar o homem (hospedeiro principal) e o caramujo do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário). O ciclo de evolução da esquistossomíase começa quando fezes de algum enfermo infectadas com ovos entram em contato com a água. Os ovos germinam e liberam a primeira forma larval doS. mansoni, conhecida como miracídio. A larva precisa de condições ambientais apropriadas para sobreviver, o que acaba com o mito de que a esquistossomíase ocorre apenas em águas poluídas.
 Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR
Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR
 Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR
Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR

O ciclo da esquistossomíase: os ovos (foto à esquerda), lançados na água junto com
as fezes de algum doente, eclodem e originam o miracídio (foto à direita) que...
Assim que sai do ovo, o miracídio busca e penetra o caramujo, onde, durante 20 ou 30 dias, multiplica-se e transforma-se em outra larva, conhecida como cercária. Um caramujo é capaz de liberar milhares de cercárias em um só dia, dando início à segunda fase do ciclo. Normalmente as cercárias são libertas entre 11 e 17 horas, raramente à noite e são capazes de sobreviver só durante algumas horas. Uma vez na água, a cercária nada em busca de seu hospedeiro definitivo.
 Foto: Peter Illicciev/Fiocruz
Foto: Peter Illicciev/Fiocruz
 Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR
Foto: Sinclair Stammers/OMS/TDR

...penetra o caramujo do gênero Biomphalaria (foto à esquerda), onde multiplca-se e
transforma-se na segunda forma larval do S. mansoni: acercária (foto à direita)
Após penetrar o corpo humano, a cercária migra para a corrente sangüínea ou linfática. Com um dia de infecção, é possível encontrar larvas nos pulmões e nove dias depois as mesmas rumam para o fígado, onde alimentam-se de sangue e iniciam sua maturação. No vigésimo dia, os vermes, já adultos, começam a se acasalar e sete dias depois a fêmea já libera os primeiros ovos. Em média, apenas após o quadragésimo dia de infecção será possível encontrar ovos de S. mansoni nas fezes do enfermo.
 Foto: Doenças infecciosas e parasitárias, de Ricardo Veronesi
Foto: Doenças infecciosas e parasitárias, de Ricardo Veronesi

A esquistossomíase também é popularmente conhecida como barriga d'água
Os sintomas
Febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia, esse os sintomas da esquistossomíase em sua fase aguda. O fígado e o baço também aumentam devido às inflamações causadas pela presença do verme e de seus ovos. Se não for tratada, a doença pode evoluir para sua forma crônica, onde a diarréia fica cada vez mais constante alternando-se com prisão de ventre e as fezes podem aparecer com sangue. O doente sente tonturas, coceira no ânus, palpitações, impotência, emagrecimento e o fígado endurece e aumenta ainda mais. Nesse estágio, a aparência do enfermo torna-se característica: fraco, mas com uma enorme barriga, o que dá a doença seu nome popular de barriga d'água.
O tratamento
O tratamento é feito, sobretudo, por meio da administração de medicamentos como o oxamniquine ou o praziquantel, porém, a melhor maneira de enfrentar a esquistossomíase e evitar que ela aconteça. Para tanto, faz-se necessária uma extensa política de saúde pública e sanitária, já que a esquistossomíase está diretamente ligada a problemas sócio-econômicos. Portanto, controlar a existência da Biomphalaria não é suficiente, é preciso melhorar a qualidade de vida das populações e tomar medidas sanitaristas, como, por exemplo, a construção de sistemas adequados de esgoto.
Fonte:
– Wladimir Lobato Paraense
– Comitê de Doenças Tropicais (TDR)
– Organização Mundial de Saúde (OMS)
– Doenças infecciosas e parasitárias, Ricardo Veronesi, editora Guanabara
– Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde, Luís Rey, editora Guanabara-Koogan
– Enciclopédia Barsa

Coinfecção por HIV e leishmanioses em destaque na Memórias do IOC

A coinfecção por leishmaniose e HIV-1 no Mato Grosso do Sul é assunto de artigo publicado na edição de agosto da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, disponível online para acesso gratuito. O estudo, desenvolvido por meio de parceria entre pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), dos departamentos de Patologia e de Clínica Médica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e do Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS), avaliou as características epidemiológicas e clínicas dos casos de leishmaniose visceral e HIV-1 no Estado. A leishmaniose foi identificada com a primeira infecção oportunista em 60% dos pacientes HIV-1 da amostra. O estudo verificou ainda que pacientes de regiões do Mato Grosso do Sul com leishmaniose visceral e HIV-1 têm características clínicas semelhantes às de regiões endêmicas de outros países.

 A imagem exibe célula do sistema imunológico infectada por parasitos do genêro Leishmania (pontos menores), causadores da doença transmitida ao homem por insetos (Foto: Victor Barreto/IOC
A imagem exibe célula do sistema imunológico infectada por parasitos do genêro Leishmania (pontos menores), causadores da doença transmitida ao homem por insetos (Foto: Victor Barreto/IOC

Em outro artigo, desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Sorologia e Biologia Molecular do Instituto Evandro Chagas, no Pará, descreveu as evidências de circulação de hantavírus na área de influência da rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) na Amazônia brasileira. O estudo foi realizado por meio de avaliação da prevalência de anticorpos específicos contra hantavírus em habitantes de quatro municípios da região: Novo Progresso (2,16% positivos) e Trairão (4,37%), no Estado do Pará, e Guaranta do Norte (4,74%) e Marcelândia (9,43%), no estado de Mato Grosso. A pesquisa demonstrou a associação entre o vírus Castelo dos Sonhos (CASV) e síndrome pulmonar por hantavírus. Os resultados da pesquisa destacaram o risco de um possível aumento no número de casos de hantaviroses e o surgimento de novas linhagens do vírus associado ao desmatamento na área da Amazônia após a conclusão de obras de pavimentação na BR-163.
A angiogênese é uma mudança de base que ocorre durante a reparação de tecidos do corpo. Este processo parece preceder a formação de fibrose na maior parte dos tipos de doença hepática crônica. Com o objetivo de examinar a sua presença e importância em diferentes tipos de doenças que afetam o fígado, pesquisa realizada pelo Laboratório de Patologia Experimental da Fiocruz Bahia procurou identificar a presença, a evolução e as particularidades da angiogênese nos modelos experimentais mais comuns de fibrose hepática.
Já um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Faculdade de Medicina, do Laboratório de Citogenética e Metagênese do Instituto de Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia, e da Divisão de Hepatites Virais do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) investigou a presença do adenovírus humano em amostras coletadas entre novembro de 2000 a abril de 2007 no Hospital de Clínicas de Uberlândia (MG). No total, foram analisadas 468 amostras de aspirado nasofaríngeo, coletadas de crianças com quadro de doença respiratória aguda. Com base na técnica de imunofluorescência, 3% (14/468) foram positivas para a presença de adenovírus humano.
Homeostase imune a microorganismos nos intestinos de triatomíneos é o tema do artigo de revisão artigo de revisão assinado por pesquisadores do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos do IOC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Entomologia Molecular, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudo fornece uma visão geral dos mecanismos biológicos e moleculares que os microorganismos usam para interagir com o epitélio do intestino dos mosquitos e especula sobre as suas significações para o desenvolvimento de bactérias e Trypanosoma cruzi no intestino de triatomíneos. Para acessar a edição completa da revista, clique aqui.

Fiocruz PE promove o 10º Simpósio Internacional sobre Yersinia (YERSINIA 2010)

           De 23 a 27 de outubro, no Recife, a Fiocruz Pernambuco promove o 10º Simpósio Internacional sobre Yersinia (YERSINIA 2010). Durante o encontro, os principais produtores de conhecimentos na área vão apresentar e discutir as últimas novidades nas áreas de epidemiologia, diagnóstico, vacinas, quimioterapia, patogênese, genética molecular e estrutural das yersínias, bactérias responsáveis por dois quadros clínicos: a peste e as yersinioses. O evento, pela primeira vez, será realizado na América do Sul. A expectativa é que cerca de 300 pessoas de mais de 13 países participem do evento, que está sendo organizado pela Fiocruz Pernambuco em parceria com outras instituições. Para participar, basta se inscrever no site www.factos.com.br/yersinia2010/.