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terça-feira, 22 de maio de 2012

Camarões ajudam a explicar nascimento de neurônios

Com informações da Faperj

O camarão é o ingrediente principal de uma pesquisa que está tentando entender como se dá a formação de novos neurônios no homem. [Imagem: Faperj]

Modelo de cérebro

O camarão é o ingrediente principal de uma pesquisa que está tentando entender como se dá a formação de novos neurônios no homem.

O camarão é um bom modelo porque, em organismos mais simples, como o dos crustáceos, é possível isolar um nicho da diferenciação celular, ou seja, o local onde uma célula-tronco se transforma em célula nervosa.

Isso possibilita analisar separadamente todas as etapas do processo.

Ativação do sistema nervoso

O estudo está sendo realizado no Laboratório de Neurobiologia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob a coordenação da professora Silvana Allodi.

Silvana explica que, pela investigação deste modelo experimental, pode-se estimar como o fenômeno ocorre em animais mais desenvolvidos, incluindo o homem.

"Esta pode ser uma etapa para, no futuro, conseguirmos propor mecanismos ou substâncias que estimulem a criação de novas células do sistema nervoso, o que seria um avanço para as terapias de doenças ou acidentes cerebrais, como derrame, nos quais há significativa perda de massa neural," aposta a pesquisadora.

Nicho de células-tronco

Diferentemente de outros animais, os crustáceos continuam crescendo após atingir a fase adulta, ficando claro que possuem algum mecanismo para adicionar novas células nervosas ao organismo.

Em 2007, descobriu-se a formação de novos neurônios em camarões adultos, a partir de um nicho de células-tronco que são identificadas por marcadores de células da glia - células não-neuronais do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios.

"Como há uma associação entre a neurogênese (formação de novos neurônios) e as células sanguíneas, foi levantada a possibilidade de estas serem as verdadeiras células-tronco. Neste projeto, buscamos verificar a hipótese dessa associação, além de estudar a ultraestrutura do nicho de células-tronco gliais," explica Silvana.

"Observamos que a neurogênese está mesmo correlacionada com o sistema circulatório e a cavidade central do sistema nervoso, que equivale ao sistema ventricular dos vertebrados, que são estruturas que contêm o líquor - líquido que atua no suprimento de nutrientes e remoção de resíduos metabólicos do tecido nervoso", revela a pesquisadora, que teve um artigo com esses resultados aceito para publicação pela revista internacional PLoS ONE.
Mamografia fotoacústica substitui raios X por laser e ultrassom

Este é o primeiro mamoscópio fotoacústico, que substitui os perigosos raios X por raios laser e um aparelho de ultrassom. Ele está em testes na Holanda.

Riscos da mamografia

A mamografia é um instrumento valioso na luta contra o câncer de mama, embora venha sofrendo ataques recentes em razão de um alegado uso excessivo do exame.

Além de não ter a precisão que se gostaria, dando muitos falsos positivos e falsos negativos, a mamografia usa raios X.

As baixas doses de radiação que mulher recebe durante o exame são consideradas seguras - mas os médicos são unânimes em considerar que seria melhor não receber radiação nenhuma.

Por exemplo, já se demonstrou que a radiação do exame preventivo pode ser suficiente para aumentar risco do câncer de mama em mulheres sob alto risco.

É por isso que inúmeras equipes ao redor do mundo estão trabalhando em um exame de mamografia que elimine a necessidade dos raios X.

Distinguindo benigno de maligno

A novidade mais recente vem da Universidade de Twente, na Holanda.

A equipe da Dra. Michelle Heijblom terminou a primeira fase de testes de um novo equipamento de imageamento médico que usa uma mistura de luz e som para substituir a perigosa radiação ionizante dos raios X.

Os testes iniciais da técnica fotoacústica, feitos com 12 pacientes, mostraram que o aparelho consegue identificar com perfeição os tecidos malignos, graças a imagens de elevada contraste, superiores às obtidas com os aparelhos atuais.

Isso poderá permitir que o exame separe inclusive o que são tumores malignos daqueles que são tumores benignos, evitando o estresse causado pelos falsos positivos da mamografia.

"Ainda estamos nos estágios iniciais do desenvolvimento desta nova tecnologia, mas ela é muito promissora," disse a médica. "Nossa esperança é que esses primeiros resultados nos levem a um método seguro, preciso e confortável para detectar tumores de mama."

Mamografia fotoacústica

A mamografia fotoacústica é resultado de uma tecnologia híbrida, fruto da junção da mamografia óptica com o ultrassom.

A mamografia óptica usa luz vermelha e infravermelha, detectando tumores porque a hemoglobina do sangue absorve bem os comprimentos de onda mais avermelhados do espectro, o que revela um contraste claro entre as áreas mais densamente irrigadas, características dos tumores, e o tecido normal.

Contudo, é difícil focar uma área específica do corpo usando essa técnica.

Por isso, os cientistas estão combinando-a com ultrassom, que pode ser dirigido com precisão, para distinguir entre tumores malignos e tumores benignos.

Ao contrário da agressiva e desconfortável manipulação da mama, típica da mamografia atual, o novo exame é feito com a paciente deitada confortavelmente sobre uma cama.

Mamografia a laser

Para o exame, a luz de um laser de luz vermelha é projetado e movido de forma a fazer uma varredura completa da mama.

A temperatura do tecido sobe levemente conforme o corpo absorve a luz do laser.

Com a elevação da temperatura, a expansão térmica cria uma onda de pressão que é detectada por um aparelho de ultrasom colocado do lado da mama.

Os sinais resultantes são então processados por um programa de computador, que os transforma em imagens.

Estas imagens revelam áreas anormais em alta intensidade (tecidos tumorais) em contraposição com áreas de baixa intensidade (tecido benigno).

Cientistas suecos também estão trabalhando em uma alternativa aos raios X, mas usando micro-ondas: Micro-ondas substituem raios X na mamografia
Óleo de abacate: o "óleo de oliva das Américas"?

O óleo de abacate exerce seu efeito protetor contra os radicais livres diretamente nas mitocôndrias, algo não obtido com antioxidantes de nenhum outro vegetal até agora.

Radicais livres nas mitocôndrias

Uma série de fatores ambientais - como poluição, fumaça de cigarro e radiação - podem transformar as moléculas de oxigênio encontrados nas mitocôndrias, as fontes de energia das células, em radicais livres.

Essas moléculas instáveis destroem moléculas importantes para a formação das células, tais como lipídeos, proteínas e até mesmo o DNA, transformando-as também em radicais livres.

Este fenômeno destrutivo está associado com o envelhecimento, mas ocorre também em uma variedade de doenças, incluindo a hipertensão e o diabetes.

Em busca dos antioxidantes

Isso tem motivado cientistas em todo o mundo a procurar substâncias que reforcem a resistência das células aos efeitos nocivos dos radicais livres.

Muitos estudos de antioxidantes - moléculas que combatem os radicais livres - presentes em frutas e legumes, como cenouras e tomates, têm sido concluídos com resultados pouco encorajadores.

"O problema é que os antioxidantes nessas substâncias não conseguem entrar nas mitocôndrias. Com isso, os radicais livres danificam as mitocôndrias, fazendo a produção de energia da célula parar, e ela entra em colapso e morre," explica Christian Cortés-Rojo, da Universidade de Michoacán (México).

Mas o próprio Cortés-Rojo tem as primeiras boas notícias na área.

Seus estudos revelaram que o óleo de abacate tem efeitos protetores contra os radicais livres nas mitocôndrias.

Os resultados reforçam conclusões de outro estudo realizado recentemente no Brasil:
Óleo de abacate substitui óleo de oliva e controla gordura no sangue

Óleo de abacate

Segundo o pesquisador, o óleo de abacate permitiu que células de levedura sobrevivessem à exposição a altas concentrações de ferro, que produz uma enorme quantidade de radicais livres, "mesmo em níveis mais elevados do que os encontrados em algumas doenças humanas."

"Esses resultados podem ser atribuídos ao fato de que o óleo de abacate acelera a respiração da mitocôndria, o que indica que o uso de nutrientes para a produção de energia para as funções celulares continua a ser eficaz, mesmo em células atacadas pelos radicais livres," explica o pesquisador.

"Em alguns países do Mediterrâneo, a pequena ocorrência dessas doenças, ou mesmo a inexistência delas, têm sido associadas com o alto consumo de óleo de oliva," explica ele.
Cientista destaca ingredientes sagrados da alimentação mediterrânea

"O azeite tem uma composição de gordura similar à encontrada no óleo de abacate. Portanto, o óleo de abacate poderia eventualmente ser chamado de azeite de oliva das Américas," concluiu.
Horário das refeições é tão importante quanto o que você come

Os dois animais comeram a mesma quantidade da mesma comida. O da esquerda comia a qualquer hora, e o da direita, comia em horários definidos e limitados. [Imagem: Hatori et al./Cell Metabolism]

Comer em horários demarcados

Quando se trata de engordar, quando você come pode ser pelo menos tão importante quanto o que você come.

Um estudo com animais de laboratório mostrou que aqueles cuja alimentação ficou circunscrita a um período de oito horas por dia comem tanto quanto aqueles que podem comer o tempo todo.

A diferença é que, no primeiro caso, os animais mostraram-se protegidos contra a obesidade e outros males metabólicos.

Todos os grupos de animais foram submetidos a uma dieta rica em gordura.

Ciclos metabólicos

A descoberta sugere que as consequências de uma dieta ruim para a saúde podem resultar em parte de uma incompatibilidade entre os relógios do nosso corpo e nossos horários alimentares.

"Cada órgão tem um relógio," disse o principal autor do estudo, Satchidananda Panda, do Instituto Salk para Estudos Biológicos (EUA).

Isso significa que há momentos em que nossos fígados, intestinos, músculos e outros órgãos vão trabalhar com a máxima eficiência, e outros momentos nos quais eles estão, por assim dizer, mais ou menos dormindo.

Esses ciclos metabólicos são críticos para os processos de quebra do colesterol para a produção de glicose. E eles devem ser preparados para ligar quando nós comemos e desligar quando não comemos, ou vice-versa.

Quando se come frequentemente durante todo o dia e a noite, esses ciclos metabólicos normais podem entrar em descompasso.

"Quando comemos aleatoriamente, os genes não estão completamente ligados ou desligados," disse Panda.

Controlar o horário das refeições

O princípio é o mesmo de dormir e ficar acordado. Se não dormimos bem à noite, não ficamos completamente acordados durante o dia, e, por consequência, trabalhamos de forma menos eficiente.

"O foco tem sido o que as pessoas comem," disse Panda. "Nós não recolhemos dados sobre quando as pessoas comem."

As descobertas sugerem controlar o horário das refeições pode ser uma mudança de estilo de vida capaz de ajudar as pessoas a controlarem o próprio peso.