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quarta-feira, 23 de março de 2011

Medidas simples e inovadoras promovem o bem-estar de animais criados em cativeiro

Todos os animais devem: ser livres de fome e sede; ser livres de desconforto termal e físico; ser livres de medo e estresse; ser livres de dor e doenças; e ter liberdade para expressar seus comportamentos naturais. Estes são os cinco princípios básicos da ciência do bem-estar dos animais que vivem em cativeiro. O assunto é polêmico, pois a própria palavra cativeiro, por si só, já pode causar a impressão de desconforto. Mas o fato é que, com medidas simples, é possível, sim, promover o bem-estar desses animais. Quem garante é o biólogo Miguel Ângelo Brück, do Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal/Fiocruz).

 A última campanha adotada no Cecal foi recolher caixas de leite longa vida vazias para a confecção de “picolés de fruta”, com a intenção de trabalhar nos primatas estímulos gustativos e táteis
A última campanha adotada no Cecal foi recolher caixas de leite longa vida vazias para a confecção de “picolés de fruta”, com a intenção de trabalhar nos primatas estímulos gustativos e táteis

Brück dedica-se a estabelecer condições para uma melhor qualidade de vida dos animais criados e mantidos pela Fiocruz para fins de pesquisa biomédica, o que inclui, por exemplo, desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas. Para gerar um ambiente agradável e interativo, que atenda às necessidades físicas, cognitivas, sensoriais, sociais e nutricionais dos bichos, uma importante ferramenta é o enriquecimento ambiental, que viabiliza a quebra da rotina nas colônias e já é utilizada em diferentes unidades da Fundação.

Simples alterações na forma de apresentação dos alimentos que compõem o cardápio dos animais, bem como o fornecimento de brinquedos e outros objetos, trazem resultados expressivos na quebra da rotina de um grupo. A última campanha adotada no Cecal foi recolher caixas de leite longa vida vazias para a confecção de “picolés de fruta”, com a intenção de trabalhar nos primatas estímulos gustativos e táteis.

Em seu habitat natural, os animais estão em constante busca por alimento, água, território, parceiro sexual e abrigo, entre outras necessidades. As experiências são renovadas diariamente, trazendo desafios, conquistas e sensações diferenciadas. Já nos ambientes artificiais, eles recebem alimentação, cuidados e toda a atenção de que precisam – um zelo essencial, por um lado, mas, por outro, cerceador, pois impossibilita que os animais expressem todo o seu repertório comportamental. E é justamente aí que entra o enriquecimento ambiental.

“Com técnicas específicas relacionadas ao comportamento, essa iniciativa minimiza situações de desconforto físico e psicológico dos animais mantidos em cativeiro”, diz Brück. Mas não basta colocar uma flor do lado de fora do recinto ou apenas oferecer uma bola colorida como brinquedo. O tipo de enriquecimento ambiental a ser adotado depende de uma série de fatores, como idade, sexo, histórico dos animais, estrutura da instalação e propósito da intervenção.

Até bem pouco tempo atrás o tema “bem-estar animal” não tinha o tratamento adequado nas instituições de ensino e pesquisa científica, tanto públicas quanto privadas. Em meados dos anos 90 foi possível notar um maior esclarecimento sobre o tema no Brasil, inclusive da população civil, por meio das organizações não governamentais. Na Fiocruz, a questão é abordada como parte fundamental do processo de criação de animais, sendo o Cecal uma referência no assunto. Técnicas diversificadas de enriquecimento ambiental se fazem cada vez mais presentes no dia a dia dos profissionais que cuidam dos animais da unidade.

Em fase de implantação nas colônias de roedores e coelhos do Cecal, o enriquecimento ambiental começa a ser uma realidade tanto na criação quanto na experimentação, já que a Comissão de Ética de Uso de Animais (Ceua/Fiocruz) tem determinado seu uso nos projetos de pesquisa da Fundação. “Investimentos em equipamentos adequados, tecnologia e capacitação dos profissionais que atuam na área são algumas das ações que a Fiocruz já implantou nas unidades”, afirma Brück. Um grande exemplo é a patente do produto “elos giratórios para enriquecimento ambiental”, desenvolvido por Brück com participação direta do representante do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/Cecal), Paulo Abílio Varela Lisboa.

O invento “elos giratórios para enriquecimento ambiental” foi desenvolvido por Brück após anos de dedicação às colônias de primatas do Cecal. O aparelho tem como principal característica o giro independente dos elos, em função de uma peça de torção, o que possibilita ao animal girar em direções opostas ou permanecer estático enquanto outro brinca acima ou abaixo. É considerada uma forma ideal de atividade lúdica, que aumenta a interação dos grupos com segurança e criatividade.

Publicado em 22/3/2011.

Estamos todos legalmente envenenados, diz cientista

Estamos todos legalmente envenenados, diz cientista
O pesquisador cita que as autoridades de saúde dos Estados Unidos (Centers for Disease Control) identificaram mais de 200 substâncias tóxicas nos corpos dos norte-americanos médios.














Legalmente Envenenado
Os consumidores estão constantemente expostos a centenas, senão milhares, de substâncias potencialmente tóxicas, substâncias que afetam o desenvolvimento e as funções cerebrais, o sistema imunológico, os órgãos reprodutores e o equilíbrio hormonal.
O alerta contundente é do Dr. Carl Cranor, da Universidade da Califórnia em Riverside, nos Estados Unidos.
Segundo o cientista, as crianças são as mais vulneráveis. Mas nenhuma lei de saúde pública exige testes para a maioria dos produtos químicos antes que eles sejam postos no mercado.
Cranor acaba de lançar um livro sobre o problema, chamado "Legalmente Envenenado: Como a Lei nos coloca em risco com os tóxicos", publicado pela editora da Universidade de Harvard, e ainda sem versão em português.
Experimentos nos cidadãos
Cranor questiona a atual estrutura de controle baseada no risco de danos pela exposição a substâncias tóxicas.
"Como a maioria das substâncias ficam sujeitas à 'regulação pós-mercado', a estrutura legal vigente resulta em experimentos involuntários nos cidadãos. Os corpos dos cidadãos são invadidos e trespassados por substâncias comerciais, o que é, sem nenhuma dúvida, uma ofensa moral," diz ele.
O pesquisador cita que as autoridades de saúde dos Estados Unidos (Centers for Disease Control) identificaram mais de 200 substâncias tóxicas nos corpos dos norte-americanos médios.
Mas esse número ainda seria muito baixo porque ainda não foram desenvolvidos protocolos para identificar com segurança muitas outras substâncias.
"A lista só vai crescer com o tempo", diz Cranor.
"Estamos todos contaminados"
Com exceção dos produtos farmacêuticos e pesticidas, o sistema jurídico dos EUA e da maioria dos demais países permite que a maior parte das substâncias seja comercializada sem ensaios de toxicidade, sem saber se elas causam câncer, defeitos congênitos, efeitos sobre o desenvolvimento ou problemas reprodutivos.
Segundo Cranor, das mais de 50.000 substâncias introduzidas no mercado desde 1979, a comercialização de cerca de 85% delas foi autorizada sem qualquer dado sobre seus efeitos na saúde humana.
Para o pesquisador, a contaminação química já é tão prevalente que será muito difícil fazer estudos em seres humanos no futuro porque não haverá grupos de controle não contaminados, contra os quais se possa comparar as pessoas que estiverem contaminadas.
"Estamos todos contaminados. É uma questão de mais ou menos contaminação. Assim, está se tornando cada vez mais difícil para a ciência detectar alguns destes efeitos em seres humanos," afirma.

HIV já é o vírus mais conhecido pelo homem

Inimigo íntimo
O HIV é o vírus mais conhecido pela ciência, como resultado de grandes investimentos em pesquisa nas últimas décadas.
Os inúmeros avanços conquistados modificaram muito, para melhor, a realidade dos portadores do vírus.
Mas ainda há um longo caminho pela frente para que se possa controlar a epidemia de HIV-Aids.
A conclusão é de Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) que organizou, na semana passada, em São Paulo, o 6º Curso Avançado de Patogênese do HIV, no qual foram discutidos temas como tratamento, desenvolvimento de vacinas e epidemiologia do vírus.
Especialistas em HIV
O curso, que trouxe ao Brasil 30 dos principais especialistas em HIV de todo o mundo, integrou as atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Investigação em Imunologia (INCT-III), cuja área de HIV-Aids é coordenada por Kallás.
Segundo Kallás, as apresentações dos especialistas durante o curso mostraram que as descobertas relacionadas a vários aspectos do vírus e da Aids não cessaram nos últimos anos - e melhoraram efetivamente a vida dos pacientes -, mas ainda é preciso avançar.
"Os avanços que tivemos desde a identificação da síndrome da Aids até hoje foram imensos. Mas ainda temos três grandes desafios pela frente. O primeiro é desenvolver uma vacina protetora. O segundo, compreender o mecanismo de degeneração e combater o envelhecimento dos portadores. O terceiro é descobrir como curar o indivíduo. Quando cumprirmos esses três objetivos, poderemos controlar ou eliminar a epidemia", disse.
Efeito cascata
De acordo com o cientista, os investimentos na pesquisa sobre o HIV, que sempre foram consideráveis, precisam permanecer no mesmo patamar para que seja possível chegar a esses objetivos.
"O HIV é seguramente o vírus que mais conhecemos hoje em dia e para o qual nós mais tivemos investimentos em pesquisa. Mas é preciso dar continuidade a isso. É importante observar, no entanto, que os recursos investidos na pesquisa sobre Aids não ficam restritos a essa área, mas acabam se replicando para várias outras. Não podemos esquecer que esse tipo de investimento é feito principalmente a longo prazo, na formação de recursos humanos, na disseminação de conhecimento e na capacitação de grupos de pesquisa", destacou.
A situação dos pacientes atualmente, em comparação com a do início da epidemia na década de 1980, é bastante diferente, segundo Kallás. Mas isso não significa que a doença possa ser encarada com indiferença.
"Naquela época, ser portador da doença tinha um significado ainda mais dramático. Hoje é diferente, mas a doença não pode ser ignorada. Ela ainda tem um impacto muito grande, em termos de saúde pública, de saúde individual e até mesmo no que diz respeito ao custo financeiro. A condição do doente melhorou muito em relação ao que era antes, mas ainda temos muito o que fazer", afirmou.
Últimas novidades em HIV e AIDS
Durante o curso, uma revisão do tema da patogênese do HIV foi apresentada aos estudantes, médicos e outros profissionais participantes. Mas o aspecto principal do curso consistiu em estreitar o contato com os dados recentes das pesquisas realizadas pelos cientistas que apresentaram conferências.
"Tivemos a oportunidade de ver o que está na fronteira do conhecimento da patogenia do HIV tanto em relação à transmissão, como à prevenção, à resposta imune, à virologia e ao tratamento da infecção", disse Kallás.
Todas essas áreas apresentaram avanços recentes de grande importância. "Na questão da prevenção, por exemplo, tivemos aqui a apresentação dos dados mais recentes relacionados à profilaxia da pré-exposição ao vírus. Na parte de imunologia, tivemos a identificação de novas subpopulações celulares envolvidas na resposta imune", afirmou.
Já na área de reconhecimento dos aspectos biodegenerativos da infecção pelo HIV, o curso proporcionou discussões sobre senescência celular e marcadores de ativação. Na parte de virologia, foi apresentada a identificação de novos alvos para a ação antirretroviral e mecanismos de defesa celular.
"Tivemos também a discussão de novos dados de diversidade genética do HIV e novos dados de distribuição e transmissão de HIV no Brasil e no mundo. No que se refere ao tratamento, discutimos as novidades de desenvolvimento de novas drogas e debatemos situações especiais como a infecção aguda, ou pessoas que não respondem com a elevação de linfócitos TCD4. O curso teve ainda extensas discussões sobre a questão da resistência", disse Kallás.
Vacinas experimentais contra AIDS
Na área de vacinas, foram apresentados resultados recentes de diversos grupos com vacinas experimentais candidatas para combater a transmissão do HIV. Foram debatidos alguns dos principais gargalos para o avanço científico em imunologia.
"Um dos gargalos é que ainda não temos um marcador de proteção bem definido. Não conseguimos dizer com precisão, com base em um teste específico, se uma pessoa vai ficar protegida ou não. Em segundo lugar, o vírus é muito diverso, muda muito de pessoa para pessoa e até mesmo dentro de um mesmo indivíduo ele possui uma grande diversidade. Uma vacina tem dificuldade de identificar e reconhecer essas variações virais", disse.
Outro gargalo, ainda segundo Kallás, é que não se sabe exatamente qual é a região do vírus e o tipo de resposta que consegue de fato gerar proteção. "Há várias tentativas, sabemos algumas dessas coisas, mas não sabemos ainda com certeza essa definição. Tivemos avanços que foram apresentados e que permitem entender alguns desses problemas, mas ainda temos um longo caminho pela frente", disse.

Bactérias cultivadas no espaço inspiram medicamentos terrestres

Bactérias espaciais inspiram novos medicamentos terrestres
As bactérias foram ao espaço dentro de um invólucro triplamente selado. 
Bactérias no espaço
Uma pesquisa realizada a bordo dos ônibus espaciais está dando aos cientistas uma melhor compreensão de como as doenças infecciosas ocorrem.
Além de melhores tratamentos e cuidados para os astronautas, a pesquisa promete criar novos tratamentos para as pessoas aqui embaixo também.
A pesquisa utilizou um patógeno oportunista, chamado Pseudomonas aeruginosa, a mesma bactéria que fez o astronauta Fred Haise ficar doente durante a missão Apollo 13 à Lua, em 1970.
Os cientistas acreditam que a pesquisa pode levar a vacinas e terapias avançadas para melhor combater as infecções.
Controle mestre
"Pela primeira vez pudemos ver que duas espécies diferentes de bactérias - SalmonellaPseudomonas - compartilham o mesmo mecanismo básico de regulação, ou controle mestre, que controla várias das respostas dos micróbios ao ambiente espacial," disse Cheryl Nickerson, professora do Centro de Doenças Infecciosas e Vacinologia, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
A pesquisa mostrou que o ambiente de microgravidade do espaço altera os reguladores das bactérias de forma semelhante ao que ocorre no processo de desenvolvimento da infecção no corpo humano.
Os resultados, baseados em experiências com os patógenos microbianos em missões dos ônibus espaciais da NASA até a Estação Espacial Internacional, foram publicados na revista Applied and Environmental Microbiology.
Terapêuticas espaciais e terrestres
Pseudomonas aeruginosa pode coexistir de forma benigna em indivíduos saudáveis, mas constitui uma séria ameaça para as pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.
A bactéria é a principal causa de morte entre pacientes de fibrose cística e é um sério risco para as vítimas de queimaduras.
Já uma concentração suficientemente alta de Salmonella typhimurium sempre irá causar doença, mesmo em indivíduos saudáveis.
"Nós descobrimos que os aspectos do ambiente que os micróbios encontraram durante o voo espacial imita as condições essenciais que os patógenos normalmente encontram em nossos corpos durante o curso natural da infecção, especialmente no sistema respiratório, sistema gastrointestinal e urogenital," disse Nickerson.
"Isto significa que, além de proteger os futuros viajantes espaciais, a pesquisa pode ajudar também na busca de melhores terapêuticas contra esses patógenos aqui na Terra," concluiu.

I Simpósio de Neonatologia Veterinária - Unesp - Botucatu 01,02 e 03 de abril

Contato:
Tassiana de Souza Belarmino
simposioneonato@gmail.com
11-74047680

Dengue tipo 4 chega ao Nordeste; Bahia e Piauí registram três casos

Presença desse subtipo traz riscos de epidemias e casos graves da doença, pois a maioria da população nunca entrou em contato com o agente infeccioso; na capital do Rio, dengue cresce no primeiro trimestre 1.468% em relação ao mesmo período de 2010

Salvador (BA) e Teresina (PI) informaram o registro de três casos de dengue tipo 4, os primeiros na Região Nordeste. Até então, o vírus estava restrito à Região Norte, nos Estados de Roraima, Amazonas e Pará, no ano passado e em 2011.

A presença do agente infeccioso - que traz risco de epidemias e casos graves da doença, pois a maioria dos brasileiros não entrou em contato com ele - voltou a ser observada após 28 anos.

Na Bahia, as vítimas são dois homens, de 27 e 30 anos, moradores da periferia de Salvador. Eles foram atendidos antes do carnaval e se recuperam. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesab), não foi identificado como o vírus chegou à capital, pois nenhum dos infectados viajou recentemente.

O registro da dengue tipo 4 colocou a Bahia em estado de alerta. "A entrada do sorotipo coloca o Estado sob risco de nova epidemia", afirmou o chefe de gabinete da Sesab, Washington Couto. Há também o risco de que surjam muitos casos da forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica, que em geral acomete quem já foi infectado por outro sorotipo do vírus.

E há temor de que se repita a situação de 2009, quando 123,6 mil pessoas foram infectadas e 67 morreram por causa do avanço do sorotipo 2. No Estado, predomina o tipo 1 do vírus e a estação chuvosa coincide com o outono e o inverno, quando a doença se alastra com rapidez.

Segundo a Vigilância Epidemiológica do Estado, 198 dos 417 municípios baianos correm risco "alto" ou "muito alto" de epidemia. A avaliação é feita com base nos índices de infestação predial do mosquito Aedes aegypti superiores a 1% - o máximo aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Neste ano, até o dia 12, foram notificados 9.584 casos suspeitos de dengue no Estado, número 17,9% menor que o registrado no mesmo período de 2010 (11.679). Três mortes causadas pela doença foram confirmadas pela Sesab: duas no sul do Estado (Jequié e Porto Seguro) e uma na região metropolitana de Salvador (Madre de Deus).

O Piauí também registrou o primeiro caso de dengue tipo 4. A sorologia de uma jovem de 17 anos que vive em Teresina foi confirmada pelo Laboratório Central do Ceará. Segundo boletim da coordenação de epidemiologia, o Estado tem 2.302 casos notificados no ano. Teresina e Piripiri lideram as infecções, com 842 e 517 casos, respectivamente. O número de casos é 18,8% maior que o registrado no mesmo período em 2010, mas houve queda de 32% em relação ao último boletim divulgado neste ano.

Rio. A capital do Rio também registrou aumento de casos em relação ao mesmo período de 2010. No primeiro trimestre de 2011 foram 8.315 casos - alta de 1.468%. Em 2010, foram notificados 3.120 casos na cidade.

Apesar do aumento de registros, a Secretaria Municipal de Saúde não classifica a situação como surto ou epidemia. O quadro mais grave é em Barra de Guaratiba, na zona oeste, onde a taxa de incidência é de 376,7 casos por 100 mil habitantes. O bairro Pedra de Guaratiba havia registrado taxa de 695,3 por 100 mil no mês passado, mas baixou para 178,1 por 100 mil em março. É considerado surto quando a taxa se mantém estável ou ascendente a partir de 300 casos por 100 mil habitantes. A secretaria informou que há tendência de redução no número de casos em março. A situação é reforçada com o encerramento do verão.

No Maranhão, a Vigilância Sanitária informou que voltou a registrar casos de dengue tipo 1, o que explicaria o aumento de 370% no número de casos no Estado em 2011 em relação a 2010. Até agora foram confirmados 2.797 casos, e a tendência é que haja aumento no volume de notificações até maio, quando termina o período chuvoso no Maranhão. 

PARA ENTENDER

1. O que é o DEN-4?

Um tipo do vírus da dengue que voltou a aparecer no Brasil no ano passado após ficar 28 anos sem registros.

2. Ele causa sintomas diferentes? 

Não. Os quatro sorotipos causam os mesmos sintomas.

3. Qual o motivo do alerta? 

A população brasileira não tem imunidade contra este sorotipo do vírus e há risco de epidemias caso ele se disperse. Além disso, a ocorrência de epidemias anteriores por outros sorotipos aumenta o risco de casos graves.

4. Como é o tratamento?
Não há tratamento. As medidas terapêuticas visam à manutenção do estado geral. Não devem ser usados derivados do ácido acetilsalicílico para a dor e a febre. 


Key Protein Suppresses Prostate Cancer Growth in the Laboratory

ScienceDaily (Mar. 22, 2011) — Cancer researchers have discovered an important protein, produced naturally inside cells, that appears to suppress the growth of prostate cancer cells in the laboratory. The findings, published February 1 in the journal Cancer Research, offer promising leads for research towards new treatments.

Prostate cancer is the most common cancer among men in the UK, with 37,500 men diagnosed with the disease every year. Many prostate cancers are slow growing, but in some cases the cancer is aggressive and spreads to other parts of the body, such as the bone. These cases are much more likely to be fatal.

In the new study, scientists at Imperial College London found that a protein called FUS inhibits the growth of prostate cancer cells in the laboratory, and activates pathways that lead to cell suicide.

The researchers also looked for the FUS protein in samples from prostate cancer patients. They found that in patients with high levels of FUS, the cancer was less aggressive and was less likely to spread to the bone. Higher levels of FUS also correlated with longer survival. The results suggest that FUS might be a useful marker that can give doctors an indication of how aggressive a tumour will be.

"At the moment, there's no way to say whether a prostate tumour will kill you or be fairly harmless," said Dr Charlotte Bevan, senior author of the study, from the Department of Surgery and Cancer at Imperial College London. "Current hormonal therapies only work for a limited time, and chemotherapy is often ineffective against prostate cancer, so there's a real need for new treatments.

"These findings suggest that FUS might be able to suppress tumour growth and stop it from spreading to other parts of the body where it can be deadly. It's early stages yet but if further studies confirm these findings, then FUS might be a promising target for future therapies."

Prostate cancer depends on male hormones to progress as these hormones stimulate the cancer cells to divide, enabling the tumour to grow. Treatments that reduce hormone levels or stop them from working are initially effective, but eventually the tumour stops responding to this treatment and becomes more aggressive.

Dr Bevan and her team began by exposing prostate cancer cells to male hormones and looking at how the levels of different proteins changed. They discovered that the hormones made the cells produce less of the FUS protein, and examined further whether FUS might influence cell growth by inserting extra copies of the gene for FUS into cells grown in culture. They found that making the cells produce more FUS led to a reduction in the number of cancer cells in the dish.

Greg Brooke, first author of the study, from the Department of Surgery and Cancer at Imperial College London said: "Our study suggests that FUS is a crucial link that connects male hormones with cell division. The next step is to investigate whether FUS could be a useful test of how aggressive prostate cancer is. Then we might look for ways to boost FUS levels in patients to see if that would slow tumour growth or improve response to hormone therapy.

"If FUS really is a tumour suppressor, it might also be involved in other cancers, such as breast cancer, which has significant similarities with prostate cancer."

The study was funded by Prostate Action, the Medical Research Council, the Imperial College Experimental Cancer Medicine Centre (set up with a grant from Cancer Research UK and the Department of Health) and the Prostate Cancer.

New Model for Studying Parkinson's: Swiss Researchers Develop New, Working Mammalian Model to Combat Genetic Causes of the Disease

ScienceDaily (Mar. 22, 2011) — Evidence is steadily mounting that genetic factors play an important role in many cases of Parkinson's disease (PD). In a study published February 2, 2011, online in the Journal of Neuroscience, researchers from the Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) in Switzerland report a new mammalian model for studying a specific gene mutation commonly found in PD sufferers, opening the door to new drugs to fight the malady.
This is a cervical slice showing the healthy left-hand side of the brain and the damaged, Parkinson's disease side with lesions provoked by the LKKR2 gene mutation. 
"This is a great step forward toward a more comprehensive understanding of how the disease works, and how it can be diagnosed and treated," explains neuroscientist and EPFL President Patrick Aebischer, lead author of the study.

PD is a common neurodegenerative disease that greatly reduces quality of life and costs the United States around 23 billion dollars a year. Until now, researchers have encountered difficulty in reproducing PD pathology in animals because of an incomplete understanding of the disease.

Recently, a mutation of the gene coding for LRRK2, a large enzyme in the brain, has emerged as the most prevalent genetic cause of PD (genetics are implicated in about 10 percent of all PD cases). When the enzyme is mutated, it becomes hyperactive, causing the death of vulnerable neurons and leading to a reduction in levels of the brain neurotransmistter dopamine. This decrease in dopamine eventually triggers the symptoms characteristic of Parkinson's, such as tremors, instability, impaired movement, and later stage dementia.

Now, with funding from the Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research, Aebischer and his team in the Neurodegenerative Studies Laboratory at EPFL, have successfully introduced mutant LRRK2 enzyme into one hemisphere of a rat brain, resulting in the same PD manifestations that occur in humans in one side of the rodent's body. To do this, the researchers spent two years producing and optimizing a viral vector to deliver mutated, LRRK2 coding DNA into the rat brain. LRRK2 is a large and complicated enzyme and designing a vector capable of transporting its extremely long genetic code was no small feat.

The new animal model developed by EPFL is sure to benefit future Parkinson's research. The fact that LRRK2 is an enzyme -- a catalyzing protein involved in chemical reactions -- makes it drug accessible and therefore of specific interest to researchers looking for neuroprotective strategies, or pharmaceutical treatments that halt or slow disease progression by protecting vulnerable neurons. Armed with the LRRK2 model, new pharmaceuticals that inhibit the hyper-activity of the enzyme could one day prevent the destructive chain of events that leads to neurodegeneration and devastation in many with PD.

Newly Discovered Virus Implicated in Deadly Chinese Outbreaks

ScienceDaily (Mar. 22, 2011) — Outbreaks of a mysterious and deadly disease in central China have been linked to a previously unknown virus. Five years ago, large numbers of farmers in central China began falling victim to an mysterious disease marked by high fever, gastrointestinal disorder and an appalling mortality rate -- as high as 30 percent in initial reports.

Investigators from the Chinese Center for Disease Control and Prevention hurried to the scene of the outbreak. On the basis of DNA evidence, they quickly concluded that it had been caused by human granulocytic anaplasmosis, a bacteria transmitted by tick bites.

Now, though, subsequent studies have shown that original conclusion was incorrect, and that a previously unknown and dangerous virus has been responsible for seasonal outbreaks of the disease in six of China's most populated provinces.

"We expected to find a bacterial infection behaving in an unexpected way -- human anaplasmosis has a less than one percent fatality rate in the U.S., and it rarely causes abdominal pain or vomiting or diarrhea," said Dr. Xue-Jie Yu of the University of Texas Medical Branch at Galveston, lead author of a paper on the discovery now appearing in the "online advance" section of the New England Journal of Medicine. "Instead, we found an unknown virus."

Researchers have dubbed the newly discovered pathogen Severe Fever with Thrombocytopenia Syndrome virus, and placed it in the Bunyaviridae family, along with the hantaviruses and Rift Valley Fever virus. Later investigation has placed its mortality rate at 12 percent, still alarmingly high.

Yu, a specialist in tick-borne bacteria like the species responsible for HGA, first suspected that a virus might be responsible for the outbreaks after close examination of patients' clinical data showed big differences from symptoms produced by HGA, and blood sera drawn from patients revealed no HGA or HGA antibodies.

Yu became certain that a virus was at fault after sera taken from patients retained its ability to kill cells, despite being passed through a filter that blocked all bacteria. Still, initial genetic tests failed to generate a match with a known pathogen.

"Clearly, we had a virus, but what virus?" Yu said. "I told the people I was working with that they needed to be even more careful, because we were working with an unknown."

That caution seemed appropriate when electron microscope studies of deactivated virus particles revealed what appeared to be a hantavirus -- associated in Asia with hemorrhagic fever and in the Americas with a deadly pulmonary syndrome. But when Yu and his colleagues managed to extract the virus' entire genetic code, they found that it didn't match any other known virus.

When researchers from the Chinese Center for Disease Control and Prevention led by study author Dr. Yu Wang analyzed sera taken from 241 symptomatic patients from Henan, Hubei, Shandong, Anhui, Jiangsu and Liaoning provinces, they found 171 contained either the previously unknown virus itself or antibodies against it. In addition, the scientists found the virus in 10 out of 186 ticks collected from farm animals in the area where the patients lived.

"This seems to be a tick-borne disease, and the disease comes out when the ticks come out, from late March to late July," Yu said. "Fortunately, even though the full life cycle is not clear, we know that for the virus humans are a dead end -- we don't have human-to-human transmission as we did with SARS."

Forensics: Overweight People Really Are Big-Boned

ScienceDaily (Mar. 22, 2011) — One of the blind spots in forensic science, particularly in identifying unknown remains, is the inability of experts to determine how much an individual weighed based on his or her skeleton. New research from North Carolina State University moves us closer to solving this problem by giving forensic experts valuable insight into what the shape of the femur can tell us about the weight of an individual.
Researchers found that the heavier an individual was, the wider the shaft of that person's femur
"This research allows us to determine whether an individual was overweight based solely on the characteristics of a skeleton's femur, or thigh bone," says Dr. Ann Ross, an associate professor of anthropology at NC State and co-author of a paper describing the research. However, Ross notes, this research does not give us the ability to provide an individual's exact weight based on skeletal remains.

Researchers found that the heavier an individual was, the wider the shaft of that person's femur. The researchers hypothesize that the femur of an overweight person is more robust because it bears more weight, but also because overweight individuals move and walk differently to compensate for their greater mass.

The researchers evaluated the femur bones of 121 white men for the study. They used the bones of white men exclusively in order to eliminate any variation that could be attributed to race or gender.

NC State's Department of Sociology and Anthropology is part of the university's College of Humanities and Social Sciences.