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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Genes ligados ao transtorno de atenção ainda são mistério

Os geneticistas já sabem que o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), doença que atinge cerca de 5% das crianças e adolescentes do mundo, está relacionado com a manifestação de alguns genes que atuam na "comunicação" entre os neurônios.

Mas os fatores que influenciam essa manifestação genética ainda é uma incógnita e precisa ser mais bem estudada.

"Desde 1995 temos estudos genéticos sobre TDAH. Mas os resultados ainda são modestos", disse a geneticista Mara Helena Hutz durante a 57ª reunião anual da SBG (Sociedade Brasileira de Genética).

Sabe-se, por exemplo, que a incidência de TDAH é maior em meninos (aproximadamente três meninos para cada menina), em gêmeos monozigotos (que dividiram o mesmo óvulo) e mais comum crianças cujos pais tiveram a doença.

"Essa é a doença psiquiátrica com maior herdabilidade já descrita", diz Hutz.

Além disso, pesquisas de imagens mostram que crianças com TDAH têm o lobo frontal (parte do cérebro ligado, por exemplo, ao desenvolvimento da personalidade) cerca de 4% menor do que as crianças que não apresentam a doença.

Porém, não existe até hoje nenhum biomarcador, ou seja, uma medida, que defina a doença.

Hoje, o diagnóstico de TDAH é feito apenas por análise clínica --como por meio de análise de questionários preenchidos pelos pacientes.

FATORES AMBIENTAIS

Alguns estudos já indicaram que a manifestação da TDAH pode ser condicionada por fatores sociais e ambientais.

Por exemplo, o tabagismo intensivo na gestação --mães que fumam mais de dez cigarros por dia-- pode aumentar em até três vezes a incidência de TDAH nos bebês.

"Isso não é determinismo genético, mas é estudo de risco. Resta saber por que alguns filhos de fumantes desenvolvem a doença e outros não", ponderou Hutz.

De acordo com a geneticista, o TDAH, que é caracterizado principalmente por déficit de atenção e hiperatividade contínuos (por mais de seis meses), costuma estar associado a outros transtornos psiquiátricos.

A ansiedade, por exemplo, aparece em 50% das crianças com TDAH.

Mas essa relação entre as patologias psiquiátricas também não está clara para os cientistas.

Pesquisa liga males da velhice a microinfartos

Sinais de envelhecimento como tremores nas mãos, caminhada lenta e postura curvada podem estar ligados a microlesões no cérebro, indetectáveis em exames.

Essa é a conclusão de um estudo publicado no periódico "Stroke", da Associação Americana do Coração, baseada em autópsias de cérebros doados por voluntários da pesquisa que eram acompanhados desde 1994.

Naquele ano, os pesquisadores do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, começaram a fazer exames anuais em 1.100 padres e freiras mais velhos.

Eram avaliados itens como equilíbrio, capacidade de manter a postura, velocidade da caminhada e frequência da sensação de tontura.

Agora, no novo estudo, foram publicados os resultados das primeiras 418 autópsias -61% das análises eram de mulheres, e a média de idade era 88 anos.

Os pesquisadores descobriram microlesões, ou microinfartos, em 30% dos pacientes que não haviam sido diagnosticados com alguma doença cerebral ou derrame.

Além disso, aqueles que tinham mais dificuldade para andar tinham múltiplas lesões no cérebro.

"Essa é uma observação nova. O estudo mostra que sintomas cognitivos podem estar ligados a essas alterações", diz Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

Além disso, dois terços das pessoas tinham alguma anormalidade nos vasos sanguíneos, o que sugere uma ligação entre o bloqueio dos vasos e sinais da velhice.

Brucki afirma que a explicação encontrada pelos autores para analisar esses sintomas se soma às outras já existentes.

"É algo multifatorial. Tremores, por exemplo, podem ser consequência de diabetes, alcoolismo ou medicamentos. Já a marcha lenta pode ser causada por artrose."

PREVENÇÃO

Segundo a neurologista, não se sabe se as microlesões são decorrentes de outras doenças que causam alterações vasculares, como diabetes e colesterol. "Mas, provavelmente, o tratamento delas pode prevenir essas lesões."

Já Yolanda Garcia, professora de geriatria da USP, responsável pelo ambulatório de risco aterosclerótico da disciplina, afirma que os fatores de risco para a circulação podem, sim, provocar esse tipo de lesão. Além de diabetes e hipertensão, tabagismo e sedentarismo estão na lista.

Garcia diz ainda que os microinfartos, principalmente em grande número, aumentam o risco de demência.

Estímulo cerebral reduz em até 80% 'fissura' por cocaína

Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da USP mostra que o uso de estimulação magnética no cérebro para tratar o vício em cocaína é eficaz e reduz em até 80% o desejo de usar a droga.

Os resultados preliminares são baseados na primeira etapa do estudo, com 20 pacientes do sexo masculino entre 18 e 40 anos que usavam cocaína há até sete anos.

Outros 20 pacientes participam da segunda parte da pesquisa, já em andamento.

O tratamento é indolor e não invasivo, e pesquisas já mostraram sua eficácia para depressão e dor crônica.

Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um recebeu o tratamento ativo e o outro, placebo. Eles foram submetidos a 20 sessões de estimulação e fazem também psicoterapia.

RECOMPENSA

A bobina que gera um campo magnético foi aplicada na região do cérebro chamada córtex dorsolateral pré-frontal esquerdo.

Essa área responde pelo comportamento impulsivo e pela tomada de decisão. A estimulação "reorganiza" os circuitos cerebrais danificados pela cocaína para controlar a dependência.

"A cocaína modula o sistema de recompensa e as áreas que medem consequências. Remodelamos esse sistema", diz o psiquiatra Phillip Leite Ribeiro, autor do estudo.

Antes e depois das sessões, todos foram avaliados por meio de escalas que medem a intensidade e a frequência da vontade de usar a droga.

Os resultados mostram uma queda grande nas recaídas, na fissura e na impulsividade dos pacientes. "Ainda não sabemos se eles vão precisar repetir as sessões para que o efeito se mantenha. Pode ser que o vício volte", diz Ribeiro.

Marco Marcolin, psiquiatra, coordenador do grupo de estimulação magnética do Hospital das Clínicas da USP e orientador do estudo, diz ainda que o ideal seria fazer testes de urina para medir a presença da droga e comprovar a diminuição da fissura.

Ambos esperam que, no futuro, a estimulação possa ser usada aliada a outros tratamentos. "Esse paciente sempre vai precisar de psicoterapia. Muitas vezes, remédios também são necessários", diz Marcolin.

O psiquiatra Marcelo Niel, psiquiatra do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp, diz que o surgimento de uma nova possibilidade terapêutica para tratar dependência é animador. "No entanto, são necessários estudos maiores para ter uma melhor visualização do efeito do tratamento em comparação com o efeito placebo. Além disso, como muitos dependentes têm doenças psiquiátricas associadas, pode ser que o resultado seja decorrente do tratamento desse outro problema."

Células-tronco na gordura da pele podem ajudar a curar calvície


Cura da calvície?
Pesquisadores da Universidade de Yale (EUA) descobriram a fonte dos sinais que desencadeiam o crescimento dos cabelos.
A descoberta representa uma nova rota de pesquisas que poderá levar a novos tratamentos para a calvície.
Os pesquisadores identificaram células-tronco dentro de camada de gordura da pele e demonstraram que os sinais moleculares dessas células são necessários para estimular o crescimento de pêlos.
"Se conseguirmos que essas células de gordura na pele conversem com as células-tronco adormecidas na base dos folículos pilosos, poderíamos ser capazes de fazer o cabelo crescer novamente," disse Valerie Horsley, uma das autoras da pesquisa.
Células-tronco da calvície
Homens com calvície de padrão masculino continuam tendo células-tronco nas raízes dos folículos, mas essas células-tronco perdem a capacidade de induzir a regeneração do cabelo.
Os cientistas sabem que essas células-tronco dos folículos precisam de sinais de dentro da pele para fazer o cabelo crescer, mas a fonte desses sinais ainda era desconhecida.
A equipe de Horsley observou que, quando o cabelo morre, a camada de gordura no couro cabeludo encolhe - essa camada de gordura representa a maior parte da espessura dos tecidos acima do crânio.
Quando o crescimento do cabelo começa, a camada de gordura se expande, em um processo chamado adipogênese.
Células precursoras adiposas
Os pesquisadores agora descobriram que células-tronco envolvidas na criação de novas células de gordura - células precursoras adiposas - são necessárias para a regeneração do cabelo.
Eles também descobriram que essas células produzem moléculas chamadas PDGF (fatores de crescimento plaquetário derivados), que são necessárias para fazer o cabelo crescer.
A seguir, o grupo vai tentar identificar outros sinais produzidos por células-tronco adiposas precursoras que podem desempenhar um papel na regulação do crescimento do cabelo.
Eles também querem saber se esses mesmos sinais são necessários para o crescimento do cabelo humano, uma vez que todos os experimentos foram feitos em camundongos.

Study Points to Way of Improving Chemotherapy Response

ScienceDaily (Sep. 5, 2011) — Blocking key proteins could improve response to a common chemotherapy drug, suggests an Oxford University-led study which used cancer cells grown in the lab.
Paclitaxel blocks cancer growth by stopping cells separating into two new cells.
The research offers several new targets for developing future drugs to boost the success rate of the tumour-shrinking drug paclitaxel (Taxol).

Paclitaxel is a chemotherapy drug commonly used to treat breast and ovarian cancer, but some tumours can become resistant over time and start growing again. The drug blocks the growth of cancer by interfering with microtubules -- structures that help chromosomes to separate during cell division.

The international team of researchers found that blocking certain proteins stabilised the microtubules and made ovarian cancer cells more sensitive to paclitaxel. The findings are published in the journal Cancer Research.

Lead researcher Dr Ahmed Ahmed of the University of Oxford said: 'Our work provides further evidence for the important link between the stability of microtubules, the backbone of the cell, and sensitivity to paclitaxel.

'And because the proteins we've identified share the same target as paclitaxel, it raises the prospect of developing more specific drugs that sensitise cancer cells to paclitaxel without damaging the surrounding tissues.'

Previous research by Dr Ahmed and colleagues in the Nuffield Department of Obstetrics and Gynaecology found that the loss of a protein called TGFBI -- which sends messages that stabilise the microtubules -- caused paclitaxel to fail.

So to test the theory that microtubule stability may be essential for paclitaxel response, the researchers systematically blocked other signalling proteins in ovarian cancer cells growing in the lab, to see which might alter paclitaxel response.

Dr Robert Bast of the University of Texas MD Anderson Cancer Centre, who was also involved in the work, said: 'Our study has revealed several new proteins involved in microtubule stability that could be potential targets for drugs to improve the sensitivity of cancer cells to paclitaxel, without damaging healthy cells.'

The research was funded by Cancer Research UK, the University of Oxford, the Camilla Samuel Fund, and the MD Anderson Cancer Center.

Dr Julie Sharp, senior science information manager at Cancer Research UK, said: 'Overcoming drug resistance is a key challenge for our researchers. Unravelling the genetic basis of cancer to find out what determines whether a patient will respond to treatment will help us take a more targeted approach to tackle this problem. This approach could lead to fewer side effects and provide a lifeline for patients who have stopped responding to conventional treatments.'

Revolutionary Three-Dimensional Model Shows How Breast Tissue Grows

ScienceDaily (Sep. 5, 2011) — University of Virginia researchers have developed a revolutionary three-dimensional model that allows them to visualize how breast tissue grows in its earliest stages, giving them the closest look ever at the very beginnings of breast cancer.
Development of novel human breast model: Breastoids day 42 of growth.
This work was described in the August 1, 2011 issue of the journalGenes & Development. Results from this study and ongoing research at UVA Health System could lead to the development of more effective drugs and even the advancement of personalized medications to treat breast cancer.

The new model represents a major scientific milestone -- it's the first time scientists have been able to successfully and accurately replicate the early growth of human breast tissue outside of the body.

"These findings have important implications for the study and understanding of breast cancer," says Deborah Lannigan, PhD, associate professor in the UVA School of Medicine's Department of Microbiology, Immunology, and Cancer Biology. "Like never before, researchers around the world now have a means of understanding how breast cancer begins and progresses."

Nearly 90 percent of breast cancers begin in the breast's ducts, so knowing how they form is crucial to developing improved therapies. A network of breast ducts resembles a tree branch -- each arm of the duct is elongated and cylindrical and consists of an outer layer of cells (basal) and an inner layer of cells (luminal). Some breast cancers arise from basal cells and some grow from luminal cells. The outer, basal layer of cells acts as a barrier that is thought to help keep early cancerous cells from escaping out of the ducts and spreading into the rest of the body.

UVA researchers used their model to determine what mechanisms in the body control the development of breast ducts, particularly the outer basal cells. They found that a signal produced by the body, called epidermal growth factor (EGF), tells the ducts how many basal cells to produce. This finding is an important step in understanding how basal tumors might form, and how normal basal cells might prevent the spread of cancers.

Using the new model, UVA researchers also found that human breast tissue is much more sensitive to growth factors than that of mice. "These differences might explain why some drugs are less effective in patients than would have been predicted from animal studies," suggests Ian Macara, PhD, professor of microbiology and a co-investigator on the study.

The new model was developed by a unique multidisciplinary team of UVA Health System researchers, including the team of cell biologists Lannigan and Macara, along with breast surgeon David Brenin, MD, and pathologist Chris Moskaluk, MD, PhD. All combined their areas of expertise to devise a novel and better way of studying breast cancer at its earliest stages. Research funding was supported by the Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, the National Institutes of Health as well as local community funds from Patients and Friends of the UVA Cancer Center, and Swing Fore the Cure.