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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Licopeno
Um nutriente presente em tomates cozidos retardou ou mesmo matou células do câncer de próstata.
O composto, chamado licopeno, foi estudado pela equipe da Dra. Mridula Chopra, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.
Os pesquisadores queriam conhecer os efeitos do licopeno sobre o mecanismo pelo qual as células cancerosas roubam o suprimento sanguíneo das células saudáveis.
Esse mecanismo é usado por todos os tipos de células de câncer, mas o licopeno tende a se acumular mais na próstata, o que fez os cientistas se concentrarem nesse tipo de tumor.
Tomates processados
licopeno, que já se sabia ser capaz de prevenir o câncer, é responsável pela cor vermelha dos tomates.
Os testes deste estudo foram feitos in vitro, ou seja, em tubos de ensaio no laboratório, mas os cientistas querem passar logo para os testes em humanos.
Eles descobriram que o composto do tomate impede que essas células façam a conexão que elas precisam para se conectar ao suprimento de sangue saudável.
"Essa reação química simples ocorreu com concentrações de licopeno que podem ser obtidas facilmente comendo tomates processados," disse a Dra. Chopra.
Angiogênese
As células do câncer podem ficar dormentes por anos, até que seu crescimento seja disparado pela secreção de compostos químicos que iniciam o processo de sua ligação com as células endoteliais.
É esse processo que lhes dá acesso direto ao suprimento de sangue, iniciando o crescimento do tumor.
Nos experimentos, o licopeno interrompeu esse processo de ligação, sem o qual as células cancerosas não conseguem crescer.
Todas as células de câncer usam um mecanismo similar - chamado angiogênese - para se alimentar dos vasos sanguíneos saudáveis, mas os pesquisadores enfatizaram a importância desse mecanismo no câncer de próstata porque o licopeno tende a se acumular nos tecidos da próstata.
Interesses envolvidos
A pesquisa foi financiada parcialmente por uma indústria fabricante de tomates, a Heinz, depois que a Dra. Chopra publicou um estudo inicial independente mostrando um aumento significativo dos níveis de licopeno em amostras de sangue e sêmen de homens que comeram 400 gramas de tomates processados em um período de duas semanas.
A Dra. Chopra e seus colegas Simone Elgass e Alan Cooper aceitaram o financiamento da empresa com a condição de que os resultados seriam publicados quaisquer que fossem as conclusões.

Exames de sangue poderão ser feitos em aparelho portátil
Os testes nas amostras de sangue de pacientes feitas com o novo biochip produziram resultados comparáveis àqueles obtidos pelos exames feitos em um laboratório de hematologia.











Contagem de células sanguíneas

Está cada vez mais próximo o dia em que os pacientes terão seus diagnósticos na hora, sem a cansativa via-sacra consulta-faz exames-leva resultado de exames...

Um pequeno biochip, que pode ser colocado no interior de um equipamento portátil do tamanho de um telefone celular, agora já é capaz de fazer contagem de células sanguíneas com precisão.

A contagem de células sanguíneas é um dos exames mais solicitados dos pacientes, sendo uma ferramenta para o diagnóstico de inúmeras doenças.

Exame portátil

A tecnologia atual para a contagem de células sanguíneas exige equipamentos grandes e caros, instalados em ambientes especiais em laboratórios especializados.

Além de requerer pessoal especializado, os exames demoram dias para ficarem prontos.

Na nova tecnologia, uma única gota de sangue é enviada através de microcanais no interior de uma pastilha de vidro.

Os microcanais, mais finos do que um fio de cabelo humano, possuem eletrodos, que fazem a contagem dos diversos tipos de células sanguíneas, incluindo os mais comuns glóbulos vermelhos e glóbulos brancos.

Os sinais dos eletrodos são interpretados por um circuito eletrônico, e mostrados em um visor ou transmitidos para um computador.

Picada no dedo

Um relatório publicado pela Associação Americana de Química afirma que este é "um avanço chave nos esforços para desenvolver um equipamento portátil que poderá revolucionar o diagnóstico médico".

O novo instrumento não será muito diferente dos testes disponíveis para pessoas com diabetes, que devem monitorar o nível de glicose no sangue - com a diferença que o aparelho poderá indicar muitas outras condições.

Níveis muito altos ou muito baixos de certos componentes do sangue podem indicar uma grande variedade de condições, de infecções e anemia até certas formas de câncer.

Segundo o relatório, os testes nas amostras de sangue de pacientes feitas com o novo biochip produziram resultados comparáveis àqueles obtidos pelos exames feitos em um laboratório de hematologia.

Reparo de nervos
Cientistas norte-americanos descobriram uma nova técnica para reparar nervos danificados.
A técnica poderá significar que os pacientes irão se recuperar em dias ou semanas, e não em meses ou anos, como acontece hoje nas lesões neurológicas.
"Nós desenvolvemos um procedimento que pode reparar nervos danificados em minutos, de forma que o comportamento que eles controlam pode ser parcialmente restaurado em uma questão de dias, no máximo dentro de duas a quatro semanas, afirmou o Dr. George Bittner, da Universidade do Texas.
Mecanismo celular
Os pesquisadores exploraram um mecanismo celular similar ao utilizado por todas as células para reparar danos às suas membranas.
Muitos animais invertebrados, que têm uma capacidade muito maior do que os mamíferos de reparar seu sistema nervoso, usam esse mecanismo para reparar danos aos seus axônios.
Um axônio é uma longa "fibra" que se estende a partir do corpo de uma célula nervosa, para se comunicar com outra célula nervosa ou com os músculos.
O procedimento consista na introdução de dois compostos - azul de metileno e polietileno glicol - para ativar a recuperação celular.
Nervo ciático
Nos experimentos, a equipe conseguiu reparar o nervo ciático severamente danificado de animais de laboratório em no máximo quatro semanas.
"O nervo ciático controla o movimento de todos os músculos das pernas de todos os mamíferos, e esse novo tratamento de reparação dos nervos quase certamente terá o mesmo sucesso em humanos," afirmou Bittner.
Este será o próximo passo da pesquisa - os cientistas já entraram com um pedido de autorização para realização dos testes em humanos.

Dogma da Medicina
Há mais de dois séculos perdurava um dogma na medicina, conhecido como doutrina de Monro-Kellie, que afirmava que o crânio é uma estrutura óssea rígida e inextensível.
Nos últimos cinco anos, pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) começaram a derrubar esse paradigma, estabelecido em 1783.
Eles provaram que o aumento ou a diminuição da pressão intracraniana causa variações volumétricas lineares na caixa craniana.
E que, em função dessa pequena elasticidade da estrutura óssea, seria possível medir e monitorar a pressão interna do cérebro de pacientes com hidrocefalia, traumatismo craniano e tumores, sem a necessidade de perfurar o crânio, como fazem os equipamentos existentes atualmente.
Pressão intracraniana
Para isso, os cientistas brasileiros criaram um novo equipamento, simples e minimamente invasivo. Idealizado pelo professor Sergio Mascarenhas, o equipamento ganhou duas novas versões.
Na primeira versão, o monitoramento da pressão intracraniana exigia que se raspasse o cabelo e se fizesse uma pequena incisão na pele da cabeça do paciente, de modo a colar um sensor sobre o crânio.
Esse sensor era responsável por registrar a deformação óssea, que é proporcional à pressão interna do cérebro.
Na nova versão, não é preciso sequer cortar o cabelo do paciente. "Basta colocar o sensor sobre o couro cabeludo para realizar o monitoramento", afirmou.
Faixa cerebral
Batizado de Brain Strap, o equipamento consiste em uma faixa de 10 centímetros de largura, para ser colocada em volta da cabeça do paciente.
O equipamento já foi testado em pacientes com traumatismo cerebral, no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) - que aumenta o volume interno do cérebro e a pressão intracraniana -, e no diagnóstico de morte encefálica, quando desaparece a pressão intracraniana, além de epilepsia.
Outras possíveis aplicações do equipamento estão em farmacologia, para medir os efeitos de drogas que atuam sobre desequilíbrios químicos do cérebro que alteram a pressão intracraniana - como a enxaqueca - e em veterinária, para medir a pressão intracraniana de animais de grande porte, como boi e porco, de modo avaliar a presença de encefalite - que aumenta o encéfalo e a pressão intracraniana.