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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vitamina E protege contra o câncer,
mas não em suplementos

O mais prudente é tomar uma mistura de tipos de vitamina E que melhor imite aquela presente em uma dieta saudável - ou comer uma dieta saudável e dispensar os suplementos.

Tipos de vitamina E

Cientistas norte-americanos e chineses recolheram evidências científicas de que a vitamina E tem forte efeito protetor contra várias formas de câncer.

Sobretudo duas formas da vitamina E - tocoferóis gama e delta - mostraram-se altamente eficazes na prevenção dos cânceres de cólon, pulmão, mama e próstata.

Esses dois tipos de vitamina E são encontrados nos óleos de soja, canola e milho, e em castanhas.

"Nossa mensagem é que a forma tocoferol gama da vitamina E, a forma mais abundante dessa vitamina na alimentação, e o tocoferol delta, encontrado em óleos vegetais, são benéficos na prevenção do câncer," afirmou o Dr. Chung S. Yang, da Universidade de Rutgers.

Veja o conteúdo dos suplementos

Contudo, há um grande porém na pesquisa realizada pela equipe do Dr. Yang.

"A forma alfa-tocoferol, a mais comum em suplementos de vitamina E, não mostrou qualquer benefício [na prevenção do câncer]," salientou o pesquisador.

As constatações foram feitas a partir tanto de estudos com animais de laboratório quanto de dados epidemiológicos humanos.

Na realidade, outros estudos já mostraram que os suplementos de vitamina E podem ter efeito oposto ao desejado:
Suplementos de vitamina E aumentam risco de câncer de próstata

Olhe o rótulo, ou coma melhor

É por isso, salienta o pesquisador, que é importante identificar as diferentes formas de vitamina E, o que exigirá pesquisas mais detalhadas sobre o efeito preventivo contra o câncer e outros efeitos biológicos de cada um dos tipos de vitamina E.

"Para as pessoas que acreditam que precisam tomar suplementos de vitamina E," diz Yang, "o mais prudente é tomar uma mistura de [tipos de] vitamina E que melhor imite aquela presente em uma dieta saudável."

Ou, como alternativa, ingerir uma dieta mais saudável e dispensar qualquer controvérsia.
Aspirina reduz risco de morte por câncer de intestino

Tomar ou não tomar aspirina

Tomar ou não tomar aspirina de forma preventiva?

Eis a questão, para a qual a resposta ainda é cuidadosa pela maioria dos especialistas.

Um estudo recente mostrou que a aspirina pode reduzir risco de metástase e morte por câncer, enquanto outro descobriu novos efeitos do medicamento que começam a esclarecer sua forma de atuação no organismo.

O assunto volta à imprensa hoje, com a publicação de um novo estudo no British Journal of Cancer, realizado pela equipe do Dr. Gerrit-Jan Liefers, da Universidade de Leiden, na Holanda.

Resultados e críticas

No estudo, que levou quase uma década, um quarto dos pacientes não usou aspirina, um quarto apenas usou aspirina depois de ser diagnosticado com câncer e a metade restante tomou aspirina antes e depois do diagnóstico.

A maior parte dos pacientes que tomaram aspirina o fizeram para evitar doenças cardiovasculares, como enfarte e acidentes vasculares - a recomendação da ingestão de aspirina por pacientes em risco de doenças cardiovasculares tem maior concordância entre os especialistas.

Tomar aspirina por qualquer período depois do diagnóstico de câncer de intestino reduziu a chance de morte por câncer em 23%.

Os pacientes que tomaram doses diárias do medicamento por pelo menos nove meses depois do diagnóstico tiveram a chance de morrer por câncer reduzida em 30%.

Nos pacientes que tomaram a aspirina antes e depois do diagnóstico, a redução do risco de morte foi de apenas 12%.

As críticas ao estudo são duas: o câncer de intestino ocorre sobretudo em pessoas mais idosas, o que pode dificultar a extensão dos resultados para outras faixas etárias.

E a ingestão de aspirina não foi comparada com a ingestão de um placebo.

Cuidados

O Dr. Liefers salienta que a aspirina não deve ser vista como alternativa a outros tratamentos, como a quimioterapia, mas poderia ser útil como tratamento adicional.

Já Sarah Lyness, da entidade Cancer Research UK ressalta que isso é diferente de recomendar que as pessoas sem qualquer diagnóstico passem a tomar aspirina continuamente para se prevenir do câncer.
Uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem

"É possível que pessoas mais velhas tenham outros problemas de saúde que não permitam a quimioterapia. Câncer de intestino é mais comum em pessoas mais velhas, então esses resultados poderiam ser um grande avanço no tratamento da doença, particularmente para este grupo. Mas precisamos de pesquisa adicional para confirmar isso," afirmou. "Qualquer um pensando em tomar aspirina para reduzir o risco de câncer deveria conversar com seu médico primeiro. Pessoas com câncer devem estar cientes de que a aspirina pode aumentar as chances de complicações antes de cirurgia ou outros tipos de tratamento, e de
Instrumento de luz elimina bactérias da pele em segundos Site Inovação Tecnológica

O aparelho a plasma esterilizou biofilmes espessos de bactérias resistentes a antibióticos. Agora só falta um pouco de miniaturização e um trato no visual para sua comercialização.

Lanterna de plasma

Cientistas chineses e australianos criaram um aparelho capaz de eliminar bactérias da pele em instantes.

Batizado de "lanterna de plasma", o equipamento, que é portátil e alimentado a bateria, gera um feixe de plasma frio que mata os microrganismos.

Segundo Kostya Ostrikov, do instituto australiano CSIRO, a lanterna de plasma é ainda mais promissora por ser portátil, alimentada por uma bateria de 12 Volts, e dispensar alimentadores externos de gás.

Assim, além de poder ser usado no dia-a-dia de consultórios e hospitais, o aparelho terá grande aplicação em áreas de desastres naturais e para o atendimento de comunidades remotas.

Biofilme bacteriano

Nos experimentos, a lanterna de plasma conseguiu inativar um espesso biofilme de uma das bactérias mais resistentes aos antibióticos e ao calor - a Enterococcus faecalis, que frequentemente infecta os canais das raízes durante tratamentos dentários.

Os biofilmes, cultivados durante sete dias, tinham 17 camadas de bactérias, atingindo 25 micrômetros de espessura.

Os resultados mostraram que a lanterna de plasma não inativou apenas a camada superficial de bactérias, mas penetrou profundamente no biofilme, matando até as bactérias das camadas inferiores.

"Neste estudo, nós escolhemos um exemplo extremo para demonstrar que a lanterna de plasma pode ser muito eficaz mesmo a temperatura ambiente. Para bactérias individuais, o tempo de inativação será de 10 ou 20 segundos," disse Ostrikov.

Para destruir o biofilme de 17 camadas, foi necessária uma aplicação de cinco minutos.

Dimensões e aparência

Embora o mecanismo exato da ação antibacteriana do plasma - o quarto estado da matéria - seja praticamente desconhecido, acredita-se que a reação do plasma com o ar ambiente produza uma população de espécies reativas que são muito similares às encontradas em nosso sistema imunológico.

"O aparelho é fácil de ser feito e pode ser produzido por menos de US$100,00. É claro que um pouco de miniaturização e de design podem ser necessários para torná-lo mais simpático e pronto para comercialização," afirmou Ostrikov.

Fonte: Lanterna de plasma elimina bactérias da pele em segundos
Imagens virtuais de tecidos mostram doenças em 3D

O grande ganho é a alta resolução das novas imagens 3D, ao contrário das tentativas anteriores de processamento.

Tecidos em 3D

Cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, aprimoraram uma técnica para gerar imagens coloridas, de alta resolução, e em 3D, de amostras e tecidos biológicos.

A forma mais comum de observar tecidos biológicos é fazer fatias muito finas do tecido para que elas possam ser observadas ao microscópio.

Na última década, a tecnologia permitiu a disseminação da microscopia digital, quando escâneres substituem o fatiamento, capturando a imagem 2-D da superfície da amostra.

3D de alta resolução

O que os cientistas fizeram agora foi desenvolver um programa de computador que permite que essas imagens geradas digitalmente sejam compostas para gerar uma visualização 3D de todo o tecido.

O grande ganho é a alta resolução das imagens, ao contrário das tentativas anteriores de processamento.

As imagens podem ser vistas em uma tela de computador e examinadas a partir de qualquer ângulo. Em uma futura etapa, os cientistas poderão fazer zooms no interior do tecido.

Imagens tridimensionais de tecidos do corpo podem auxiliar na identificação de doenças em seus estágios iniciais ao facilitar a análise do material de uma biópsia - sem contar os benefícios científicos e educacionais.
"Um tumor é um 'órgão' tridimensional formado por células saudáveis e cancerosas, incluindo vasos sanguíneos, células do sistema imunológico e outras células 'normais'".

É por isso que, por exemplo, uma equipe internacional está tentando fazer um mapa 3D do cérebro humano, incluindo todas as conexões entre os neurônios.

Cirurgias mais precisas

"O tecido é, naturalmente, tridimensional. Para muitos usos, essa natureza tridimensional é importante," disse Derek Magee, um dos cientistas da equipe. "Se você pegar um vaso sanguíneo, que é um dos pedaços de uma rede de tubos ramificada, e retirar um trecho dele, a imagem bidimensional que você obtiver será apenas uma elipse do vaso."

Segundo o pesquisador, a visualização em 3D do tecido também permitirá que um cirurgião possa remover um tumor situado perto de um órgão sensível de forma mais precisa e com menos danos ao tecido saudável.

"Essa tecnologia pode ajudar pesquisadores a compreender mais a respeito da doença e encontrar formas de tratá-la de maneira mais eficaz. Estamos começando a entender o quão complexo é o câncer.

"Um tumor é um 'órgão' tridimensional formado por células saudáveis e cancerosas, incluindo vasos sanguíneos, células do sistema imunológico e outras células 'normais'," acrescentou Kat Arney, que trabalha com pesquisas sobre o câncer.