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terça-feira, 12 de junho de 2012

Microchip faz exame de HIV e leucemia

Contagem de células

Um equipamento que hoje custa por volta de US$100.000 poderá logo ser substituído por um pequeno chip cujo sistema completo custará 100 vezes menos.

Cientistas demonstraram que um pequeno biochip é capaz de rastrear rapidamente células de leucemia ou HIV, fazendo uma contagem que pode definir o diagnóstico.

"O HIV é diagnosticado com base na contagem das células CD4," explica Tony Jun Huang, da Universidade da Pensilvânia (EUA). "Noventa por cento desses diagnósticos são feitos por citometria de fluxo."
Depois da aferição com os aparelhos atualmente certificados para os exames, os cientistas pretendem encontrar parceiros na indústria para fabricar o novo biochip.
Citometria de fluxo

A citometria de fluxo usa raios laser para fazer três diferentes avaliações ópticas para cada célula, que devem ser postas para circular em canais, para que possam ser focadas pelo laser de forma tridimesional.

Huang e seus colegas construíram um dispositivo, que pode ser fabricado em escala industrial, capaz de concentrar toda as células em um único fluxo.

Eles acreditam que o biochip representa um passo importante para deixar o diagnóstico por citometria de fluxo ao alcance de hospitais e clínicas, e até mesmo na forma de aparelhos portáteis.

"Seu custo muito elevado, o enorme tamanho dos aparelhos, a complexidade mecânica e a necessidade de pessoal altamente treinado têm limitado a utilidade desta técnica," disse a equipe em seu artigo na revista Biomicrofluidics.

Fluxo bidimensional

Uma das razões pela qual os equipamentos atuais são tão grandes e caros é o método utilizado para canalizar as células e alinhá-las à frente dos lasers e múltiplos sensores necessários para identificá-las e contá-las.

Essa canalização controlada das células exige uma infinidade de lentes e espelhos, que exigem um delicado alinhamento óptico.

"Nosso biochip precisa apenas de um fluxo bidimensional de células, uma única camada, e não depende de nenhum alinhamento óptico," disse Huang.

Depois da aferição com os aparelhos atualmente certificados para os exames, os cientistas pretendem encontrar parceiros na indústria para fabricar o novo biochip.
Superinfecção com HIV é tão comum quanto infecção inicial

Superinfecção

A superinfecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser tão comum quanto o ritmo da infecção inicial pelo HIV.

E o fenômeno não está limitado a populações de alto risco.

A superinfecção pelo HIV ocorre quando um indivíduo infectado pelo HIV adquire uma nova cepa viral que é filogeneticamente diferente de todas as outras cepas detectáveis.

A superinfecção pode ter efeitos clínicos muito sérios, incluindo a progressão acelerada da AIDS e um aumento na resistência do HIV aos medicamentos, mesmo entre pessoas que não estavam ainda usando os antirretrovirais.

Resistência à reinfecção

Neste que é o primeiro estudo em larga escala da superinfecção pelo HIV na população heterossexual em geral, os pesquisadores examinaram a taxa de superinfecção em uma comunidade na África subsaariana.

"Nós estranhamos que as taxas de superinfecção e as taxas de novas infecções pelo HIV fossem equivalentes. Isto levanta muitas questões sobre a resposta imunológica natural e sua incapacidade de gerar resistência à reinfecção pelo HIV," disse Thomas Quinn, coordenador do estudo.

As amostras foram testadas no momento do diagnóstico inicial de HIV e pelo menos um ano mais tarde, antes de se iniciar a terapia anti-retroviral.

A taxa de superinfecção foi então comparada com uma taxa global de incidência de HIV para indivíduos HIV-negativos durante este mesmo período.

Subtipos do HIV

Dos 149 indivíduos testados, Quinn e seus colegas identificaram sete casos de superinfecção pelo HIV durante o acompanhamento, e todos foram inicialmente infectados com alguma variante do HIV subtipo D.

Além disso, a taxa de superinfecção foi de 1,44 por 100 pessoas, consistindo de superinfecções tanto "entre" como "intra" subtipos do vírus.

Os resultados foram publicados no Journal of Infectious Diseases por uma equipe da Escola Johns Hopkins de Saúde Pública e do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, ambos dos EUA.
Começa teste da primeira vacina contra Mal de Parkinson

Vacina contra Parkinson

Dez pessoas com doença de Parkinson receberam esta semana injeções da primeira vacina destinada a combater a doença.

Ao todo, 32 pessoas receberão a vacina no primeiro teste em seres humanos.

O objetivo é verificar se a vacina é segura, mas os pesquisadores também vão monitorar os sinais de melhora dos sintomas.

O teste está sendo financiado pela fundação do ator Michael J.Fox, que tem a doença.

Alfa-sinucleína

Chamado PD01A, a droga pretende induzir o sistema imunológico do organismo a destruir a proteína alfa-sinucleína.

Embora ainda não esteja claro quais são as verdadeiras origens do Mal de Parkinson, alguns cientistas acreditam que a alfa-sinucleína possa desencadear a doença, acumulando-se no cérebro e atrapalhando a produção de dopamina.

A vacina foi produzida pela empresa austríaca Affiris, que afirma que seu fármaco é o primeiro tratamento a alvejar a causa da doença.

"Quando gera aglomerados nas células, a alfa-sinucleína perturba os níveis normais de dopamina, travando-a no interior das células que a produzem. Ela também é tóxica, matando neurônios e suas conexões," disse Markus Mandler, diretor de desenvolvimento pré-clínico da empresa.

A maioria dos tratamentos existentes apenas alivia os sintomas, aumentando os níveis de dopamina.

Origens do Mal de Parkinson

Várias pesquisas afirmam que o Mal de Parkinson não é uma doença única, e pode nem mesmo se originar no cérebro:
Parkinson pode ter origem periférica e migrar para o cérebro
Mal de Parkinson pode não se originar no cérebro

Contudo, ainda que não produza os resultados esperados, o teste da vacina ajudará a verificar a teoria dominante sobre a doença e, eventualmente, ajudar os cientistas a ligarem os muitos pontos do Mal de Parkinson.
Antidepressivos na água potável podem contribuir para o autismo

Medicamentos contaminam água

Pesquisadores já detectaram uma série de contaminantes emergentes presentes na água potável que chega às nossas casas.

Um desses contaminantes são medicamentos, o que já está contribuindo para o reforço das superbactérias resistentes aos antibióticos.

Agora, um novo estudo mostrou que os traços de antidepressivos e outros medicamentos psicoativos que estão poluindo a água acionam a expressão de genes associados com o autismo - ao menos em peixes.

Antidepressivos na torneira

Recentemente, um grupo de pesquisadores divulgou uma lista de 10 produtos químicos suspeitos de causar o autismo,

Agora, usando modelos animais, pesquisadores demonstraram experimentalmente que os antidepressivos têm um papel importante nesse mecanismo.

Além de o consumo desses medicamentos psicoativos ter aumentado dramaticamente ao longo dos últimos 25 anos, cerca de 80% de cada dose passa direto pelo organismo humano, sem qualquer metabolização.

E praticamente nenhuma estação de tratamento de água no mundo possui tecnologia para filtrar esses fármacos, o que significa que eles retornam pela água, sendo ingeridos por toda a população - e sem precisar de receita médica.

Igualmente, a ocorrência de autismo tem subido rapidamente ao longo dos últimos 30 anos.

Ação no sistema nervoso

Segundo o Dr. Michael Thomas, da Universidade do Estado de Idaho (EUA), as concentrações de antidepressivos na água potável podem chegar a 1 centésimo da dose normalmente prescrita a um paciente.

Mas como essas drogas são projetadas para agir diretamente no sistema nervoso, ele levantou a hipótese de que essa quantidade seria suficiente para afetar um feto em desenvolvimento.

Para verificar se isto realmente ocorre, os pesquisadores submeteram peixes a essas doses diluídas na água em que viviam.

Embora eles esperassem que as drogas pudessem ativar genes envolvidos em vários tipos de doenças neurológicas, apenas 324 genes associados com o autismo em humanos parecem ter sido significativamente alterados.

A maioria desses genes está envolvida nas etapas iniciais do desenvolvimento cerebral.

Mamíferos

Os resultados coincidem com os obtidos em outras pesquisas, que mostraram que mulheres grávidas que tomam esse tipo de medicamento têm uma chance ligeiramente maior de terem filhos autistas.

O Dr. Thomas enfatiza que a pesquisa, publicada hoje na revista Plos One, é muito preliminar - "não há necessidade de que as mulheres grávidas se preocupem com a água que estão tomando," disse ele. O próximo passo da pesquisa é verificar se os efeitos se mantêm em
Estimulação magnética melhora visão de pessoas saudáveis
Visão magnética

Cientistas franceses usaram uma técnica chamada estimulação magnética transcraniana para melhorar a visão de pessoas saudáveis.

Depois da estimulação magnética de uma área no hemisfério direito do cérebro, envolvida na percepção e na orientação espacial, os voluntários apresentaram uma maior capacidade de detectar alvos aparecendo em uma tela de computador.

Segundo os pesquisadores, a descoberta abre o caminho para o desenvolvimento de novas técnicas de reabilitação para algumas desordens visuais.

Mas, argumentam, há também a possibilidade de melhorar o desempenho visual de pessoas saudáveis cujas tarefas exijam grande precisão.

Estimulação magnética transcraniana

A estimulação magnética transcraniana é uma técnica não-invasiva, que consiste na aplicação de pulsos magnéticos em uma determinada área do cérebro.
CFM autoriza uso da Estimulação Magnética Transcraniana

O magnetismo força a ativação dos neurônios corticais localizados dentro da área de alcance do campo magnético aplicado. Assim, a atividade neuronal é modificada de forma controlada, indolor, e temporária.

Há vários anos, pesquisadores vêm tentando aprimorar a técnica para sua utilização terapêutica, bem como para melhorar determinadas funções cerebrais em pessoas saudáveis.

Recentemente, uma pesquisa descobriu que uma técnica similar, baseada em eletricidade, pode aumentar a capacidade de aprendizado.
Estimular o cérebro com eletricidade acelera aprendizado

Sensibilidade visual

Antoni Valero-Cabré e seus colegas do instituto CNRS descobriram uma área do cérebro que dá bons resultados no aprimoramento da visão: o campo visual frontal.

A região não é propriamente a área primária da visão, mas ela participa no planejamento dos movimentos oculares e na orientação da atenção que damos ao espaço visual.

Usando pulsos magnéticos com duração entre 80 e 140 milissegundos, a sensibilidade visual dos participantes melhorou em até 12%.

Os resultados foram publicados na revista científica Plos One.
"Bomba relógio" libera medicamentos para doenças cardiovasculares

Na forma de uma lente, os nanocarreadores passam pelas artérias normais sem se romper, mas quebram quando sentem os efeitos da tensão mecânica nas artérias doentes.

Dilatação geral

O tratamento padrão disponível para a arteriosclerose não é tão bom quanto se gostaria.

O problema é que nenhum medicamento disponível consegue alvejar apenas as áreas doentes.

A injeção intravenosa de um vasodilatador - uma substância que dilata os vasos sanguíneos - dilata tanto os vasos doentes quando o restante das artérias.

Isso pode ocasionar queda na pressão, limitando o efeito que se busca, de aumentar o fluxo sanguíneo durante um ataque cardíaco.

Estenose

Pesquisadores suíços estão desenvolvendo uma alternativa que pode resolver o problema.

Embora nenhum biomarcador específico para a arteriosclerose tenha sido identificado, há uma fenômeno físico inerente à estenose - o estreitamento dos vasos sanguíneos - conhecido como tensão de cisalhamento.

Esta força resulta de flutuações do fluxo de sangue induzidas pelo estreitamento da artéria, e corre paralelamente ao fluxo de sangue.

Tirando proveito desse fenômeno, a equipe desenvolveu uma verdadeira "bomba relógio", um carreador que libera o medicamento vasodilatador apenas quando sofre a pressão da tensão de cisalhamento nas artérias estenosadas.

Nanocarreadores

O grupo do Dr. Till Saxer, da Universidade de Genebra, usou fosfolipídios para alterar o formato de nanocontêineres, conhecidos como lipossomos, fazendo-os passar de sua forma esférica tradicional para uma forma lenticular.

Na forma de uma lente, eles passam pelas artérias normais sem se romper, mas quebram quando sentem os efeitos da tensão mecânica nas artérias doentes, liberando o medicamento vasodilatador que levam em seu interior.

"Em resumo, nós tiramos proveito de um aspecto até agora inexplorado de uma tecnologia já existente," disse Saxer, referindo-se aos nanocarreadores, moléculas que estão sendo usadas para levar medicamentos para pontos específicos do corpo.

O próximo passo da pesquisa será testar o mecanismo in vivo.