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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

10 passos para evitar o câncer


Atitudes pela vida
O Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) divulgou uma série de dicas para prevenir o surgimento do câncer.
São atitudes simples, passíveis de serem incorporadas ao dia-a-dia, mas que são fundamentais para prevenir o câncer, que atualmente é a segunda maior causa de morte entre a população.
A primeira, e uma das principais recomendações, é não fumar. O tabagismo é responsável por 30% das mortes de pacientes oncológicos e um ponto desencadeante de diversas outras doenças.
Outro fator importante é não consumir bebidas alcoólicas em excesso, pois o álcool potencializa significativamente os efeitos do tabaco.
"Evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas já vai ajudar, e muito, na manutenção da saúde das pessoas, já que ambos estão associados ao aparecimento de inúmeros tipos de tumores," disse o Dr. Gilberto de Castro Jr., oncologista do Icesp.
10 principais passos para prevenir o câncer:
  1. Não fume. Mesmo uma pequena quantidade de tabaco pode fazer um grande estrago.
  2. Não abuse de bebidas alcoólicas, principalmente se estiver violando a regra número um.
  3. Mantenha hábitos de sexo seguro. Use camisinha. O contato com alguns vírus transmitidos sexualmente, como o papiloma vírus humano (HPV), pode desencadear alguns tipos de câncer.
  4. O sexo seguro é o caminho para evitar os vírus da hepatite B (para a qual há vacina) e da hepatite C, ambos com potencial para levar ao câncer de fígado.
  5. Evite o consumo excessivo de açúcares, de gorduras, de carne vermelha, de porco e das processadas. Invista em uma dieta saudável, rica em verduras, legumes e frutas.
  6. Na mesma linha da dieta saudável, vale reforçar a importância de evitar o consumo de alimentos com muito sódio e conservantes, como é o caso dos enlatados, embutidos e fast foods em geral.
  7. Cuidado com o sol. Use filtro solar diariamente e evite a exposição entre 10h e 16h. Na praia ou na piscina, lance mão, também, de barreiras físicas, como chapéu, camiseta e guarda-sol. Mas seja ponderado, e lembre-se que seu corpo precisa de vitamina D.
  8. Pratique atividades físicas todos os dias. A recomendação é de que o exercício tenha duração mínima de 30 minutos.
  9. Mantenha-se atento à sua saúde. Procure assistência especializada caso note qualquer anormalidade em seu corpo.
  10. Faça um check-up anual e realize todos os exames de diagnóstico precoce indicados pelo seu médico. Esta também é uma atitude fundamental.
E, se você conseguir dar todos esses 10 passos, dê mais um, e lembre-se que a hipocondria também é uma patologia - viva mais leve.

Terapia genética pode ser salva por teias de aranha


Teia genética
A seda produzida pelas aranhas para construir suas teias pode dar uma ajuda para um novo tipo de tratamento que ainda não cumpriu suas muitas promessas.
A terapia genética precisa de um "meio de transporte" para que as moléculas que ligam ou desligam os genes possam chegar às células.
David Kaplan e seus colegas agora anunciaram resultados promissores no uso da seda das aranhas para fazer esse papel de carregador.
Carregador inofensivo
O uso de genes benéficos para prevenir ou tratar doenças exige um "vetor" eficiente e seguro, uma vez que esse material será injetado no corpo humano.
Esses vetores, ou carregadores, são, para a terapia genética, os equivalentes aos comprimidos e pílulas, tendo o papel de transportar os genes terapêuticos até as células.
O problema é que, até agora, têm sido usados vírus "desativados" para essa tarefa, o que levanta sérias preocupações sobre a segurança das terapias gênicas.
Tanto que, apesar dos mais de 1.500 estudos clínicos com pacientes, realizados desde 1989, nenhum até hoje foi aprovado pelas autoridades de saúde.
Já a seda das aranhas é feita inteiramente de proteínas, o que a torna biocompatível e degradável no interior do corpo humano. E o material já foi usado em inúmeras pesquisas na área de saúde, sem apresentar qualquer risco.
Mais testes
Kaplan e seus colegas testaram o uso da seda para o transporte de genes em laboratório, com resultados promissores.
A seda é alterada geneticamente para incluir as moléculas responsáveis pelo silenciamento ou pela ativação dos genes que se pretende alterar.
O estudo foi publicado na revista Bioconjugate Chemistry, da Sociedade Americana de Química.
O próximo passo é realizar os testes in vivo.

Tatuagem eletrônica monitora sinais vitais de pacientes


Monitor tatuado
Uma "tatuagem eletrônica" pode levar a uma revolução na maneira como os pacientes são monitorados, além de trazer um avanço nos jogos de computador, afirmam cientistas americanos.
Os pesquisadores usaram o equipamento, que é mais fino que um fio de cabelo humano, para monitorar o coração e o cérebro de pacientes, de acordo com um estudo publicado na revista científica Science.
O sensor gruda na pele humana da mesma forma que uma tatuagem temporária e pode ser movido, dobrado e esticado sem se quebrar.
Os cientistas esperam que a tatuagem possa substituir equipamentos de grande porte usados em hospitais atualmente.
Hoje em dia, é necessário um amontoado de cabos, fios, monitores e pegajosas almofadas cobertas de gel para acompanhar os sinais vitais de pacientes.
Estudiosos dizem que isso pode ser estressante quando, por exemplo, um paciente com problemas do coração tem de usar um grande monitor por um mês para captar eventos cardíacos anormais e raros.
Sensor adesivo
Com a tatuagem, todas as partes eletrônicas são feitas de componentes flexíveis, o que faz com que o equipamento possa ser esticado e apertado.
Também existem minúsculas células solares que podem gerar ou captar energia a partir de radiação eletromagnética.
O aparelho é pequeno, com uma espessura menor que 50 micrômetros - inferior a um fio de cabelo humano.
O sensor é montado em uma lâmina de plástico solúvel em água, e pode ser grudado à pele ao ser esfregado com água, exatamente como uma tatuagem temporária.
Ele gruda devido a fracas forças de atração entre a pele e uma camada de poliéster na base do sensor, que é a mesma força que mantém as lagartixas grudadas nas paredes.
No estudo, a tatuagem foi usada para medir a atividade elétrica na perna, no coração e no cérebro. Os cientistas afirmam que as "medições coincidem bastante" com aquelas tomadas por técnicas tradicionais.
Tatuagem para monitorar saúde e cérebro
Os pesquisadores acreditam que a tecnologia possa ser usada para substituir os fios e cabos tradicionais.
Sensores menores e menos invasivos podem ser especialmente úteis para monitorar bebês prematuros ou para estudar pacientes com apneia do sono sem que seja necessário conectá-los a fios durante a noite, segundo os cientistas.
"Se nós quisermos entender as funções cerebrais em um ambiente natural, isso é completamente incompatível com os estudos em laboratório", diz Todd Coleman, professor da Universidade de Illinois (EUA).
"A melhor maneira para fazer isso é gravando sinais neurais em cenários naturais, com aparelhos que sejam invisíveis ao usuário."
A tatuagem foi usada por até 24 horas sem perda de sua função, e sem causar irritação na pele.
No entanto, houve problemas com o uso de longo prazo, já que a pele produz novas células, enquanto aquelas da superfície morrem e são eliminadas, obrigando que um novo sensor seja grudado pelo menos a cada duas semanas.
Controle de jogos de computador
Quando a tatuagem foi grudada na garganta, ela foi capaz de detectar diferenças em palavras como "acima", "abaixo", "esquerda", "direita", "ir" e "parar".
Os pesquisadores usaram isto para controlar um jogo simples de computador.
"O nosso objetivo era desenvolver uma tecnologia eletrônica que pudesse se integrar com a pele de uma maneira invisível para o usuário", disse John Rogers, professor em ciência dos materiais e engenharia na Universidade de Illinois.
"É uma tecnologia que embaça a distinção entre a eletrônica e a biologia."
O professor Zhenqiang Ma, um engenheiro eletricista e de computação na Universidade de Wisconsin, diz que a tecnologia pode superar problemas encontrados com o uso de sensores de grande porte.
"Uma pele eletrônica pode ajudar a solucionar esses problemas e permitir que o monitoramento seja mais simples, mais confiável e ininterrupto", afirma.
"Isto provou ser viável e de baixo custo nessa demonstração que irá facilitar muito o uso prático clínico da pele eletrônica."

Células imunológicas alteradas geneticamente atacam leucemia

Células imunológicas modificadas geneticamente atacam leucemia
A terapia genética aumentou em até 1.000 vezes o número de células T alvejando diretamente o tumor, um resultado que as drogas quimioterápicas não chegam nem perto.

Terapia genética
Cientistas conseguiram um avanço inédito no tratamento da leucemia tratando os pacientes com versões geneticamente modificadas de suas próprias células T.
As células T, ou linfócitos T, são parte do grupo dos chamados glóbulos brancos do sangue, desempenhando um papel central no funcionamento do sistema imunológico.
O tratamento experimental mostrou resultados sustentados durante até um ano depois do procedimento, em um pequeno grupo de pacientes com leucemia linfocítica crônica avançada - ou leucemia linfoide crônica (LLC).
Células matadoras
O protocolo de tratamento envolve a remoção de células doentes do paciente, sua modificação por engenharia genética e, em seguida, a reinfusão das novas células de volta no corpo do paciente, depois que este já passou pela quimioterapia.
"Em três semanas os tumores tinham sido eliminados, de uma forma muito mais violenta do que esperávamos," disse o Dr. Carl June, da Universidade da Pensilvânia. "Funcionou muito melhor do que imaginávamos."
Segundo os cientistas, a tática é de um ataque direto ao tumor, o que torna o procedimento passível de ser empregado também para o tratamento de outros cânceres, incluindo os de pulmão, ovários, mieloma e melanoma.
Esta é a primeira vez que a terapia genética é usada para criar células T "matadoras em série" dirigidas especificamente para tumores cancerígenos.
Os resultados do estudo piloto, feito em apenas três pacientes, mostram um contraste gritante com as terapias existentes para a LLC.
Sem opções
Os pacientes envolvidos no estudo tinham poucas outras opções de tratamento.
A única terapia curativa potencial teria envolvido um transplante de medula, um procedimento que requer uma hospitalização prolongada e com um risco de mortalidade de 20 por cento.
E, ainda assim, o transplante de medula nesses casos oferece uma chance de apenas cerca de 50 por cento de cura, na melhor das hipóteses.
Engenharia genética
Depois de remover as células doentes dos pacientes, a equipe reprogramou-as para atacar as células tumorais.
Para isso eles as modificaram geneticamente, usando um vetor conhecido como lentivírus, uma espécie de vírus de ação lenta.
O vetor codifica uma proteína similar aos anticorpos, chamada de receptor quimérico de antígenos - uma quimera é um animal mitológico híbrido, resultado da combinação de dois tipos de animais; isto significa que o receptor quimérico é formado por proteínas diferentes.
O receptor quimérico se expressa na superfície das células T e é projetado para se ligar a uma proteína chamada CD19.
Assim que as células T passam a expressar o receptor quimérico, elas concentram todas as suas atividades de defesa do organismo em cima das células que expressam a CD19 - isso inclui as células tumorais da leucemia linfoide crônica, mas também células B normais.
Todas as outras células do paciente que não expressam a CD19 são ignoradas pelas células T modificadas, o que limita os efeitos colaterais geralmente experimentados durante as quimioterapias - uma vez que apenas as células B normais serão atacadas desnecessariamente.

Criado animal com informação artificial no código genético

Criado animal com informação artificial no código genético
Em tese, a técnica poderá ser usada para fazer com que animais se tornem "fábricas" de proteínas sob demanda.

Vida sintética?
Em 2008, um grupo de cientistas norte-americanos conseguiu criar uma cópia artificial do genoma completo de uma bactéria.
O feito foi anunciado como sendo um passo rumo a uma forma sintética de vida, umorganismo vivo modificado pelo homem, projetado para desempenhar tarefas específicas, como produção de biocombustíveis ou aplicações medicinais.
Agora, Jason Chin e Sebastian Greiss, da Universidade de Cambridge, na Grã- Bretanha, afirmaram ter criado o primeiro animal contendo em seu código genético uma informação artificial.
Aminoácido artificial
Os cientistas "expandiram" o código genético de um verme nematoide chamadoCaenorhabditis elegans.
Esses vermes têm cerca de um milímetro de comprimento, e o seu corpo inteiro é formado por não mais do que 1.000 células. Dessas, 302 são neurônios, que os cientistas usam como modelo simplificado para estudar circuitos cerebrais.
Os pesquisadores usaram técnicas inovadoras de engenharia genética para incluir um aminoácido não-natural do corpo do animal.
Há apenas 20 tipos de aminoácidos em todos os seres vivos, que se aglutinam em inúmeras combinações para formar todas as proteínas.
Mas os cientistas sintetizaram um 21º aminoácido e conseguiram inseri-lo no código genético do C. elegans.
Isto significa que o animal conseguirá sintetizar proteínas novas, nascidas da combinação dos aminoácidos naturais com o aminoácido artificial.
Fábrica de proteínas
Em tese, a técnica poderá ser usada para fazer com que animais se tornem "fábricas" de proteínas sob demanda.
Os cientistas também afirmam que a técnica poderá ser usada em outros animais, embora o aumento de complexidade da "vida natural" dificulte a tarefa de gerar uma "vida artificial" a partir dela.
Para comprovar que a técnica funciona, os pesquisadores projetaram o aminoácido de tal forma que o animal produz uma proteína fluorescente quando iluminada por luz ultravioleta.
A pesquisa, contudo, está apenas no começo, consistindo na chamada prova de conceito, em que se demonstra que uma técnica pode dar os resultados esperados.
Controlar todas as etapas do processo, até que se possa gerar proteínas úteis e coletá-las do animal irá exigir muito mais tempo.