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segunda-feira, 12 de março de 2012

Biochip detecta doenças infecciosas na hora Redação do Diário da Saúde

Os pesquisadores começaram testando o aparelho em animais, e confirmaram que ele pode ser usado também para detectar doenças comuns em rebanhos
Exame na hora

Identificar uma doença infecciosa exige exames que podem levar horas ou, na maior parte dos casos, dias.

Um tempo do qual não se dispõe, sobretudo nos casos mais graves. Isto sem contar a possibilidade do espalhamento rápido do problema caso o tratamento não comece o quanto antes.

A solução parece estar em um minúsculo biochip, capaz de detectar doenças infecciosas na hora, ao lado do paciente.

O aparelho foi desenvolvido por Jayne Wu e Shigetoshi Eda, da Universidade do Tennesee (EUA).

Essência do tempo

Partindo de uma única gota de sangue, o biochip detecta doenças infecciosas, as bactérias ou outros patógenos causadores do problema, além de várias condições fisiológicas, em alguns minutos.

"O tempo está na essência dos tratamentos das doenças infecciosas. Este aparelho tem potencial para salvar inúmeras vidas economizando tempo na detecção dessas doenças," disse o Dr. Wu.

Segundo o pesquisador, quando produzido em larga escala, o detector de doenças infecciosas será muito mais barato do que os exames atuais, ao dispensar o envio para o laboratório, o uso de equipamentos caros e a manipulação por técnicos especializados.

Com o minúsculo chip, tudo é feito na hora, sem nenhum treinamento especial.

Doença de Johne

Os pesquisadores começaram testando o aparelho em animais, e confirmaram que ele pode ser usado também para detectar doenças comuns em rebanhos.

O biochip detecta tanto a tuberculose em humanos, quanto a paratuberculose, ou doença de Johne, no gado - essa doença nos animais não tem cura, o que torna sua identificação rápida essencial para que ela não se espalhe pelo rebanho.

Com o sucesso inicial, voltado para doenças infecciosas, os cientistas esperam poder ampliar o raio de ação do seu biochip, tornando-o capaz de detectar outras doenças, assim como a presença de microorganismos em alimentos.

Eles estão em negociações com uma empresa interessada em colocar o biochip no mercado.

Células-tronco do doador podem evitar rejeição no transplante de rim Redação do Diário da Saúde

Evitando os imunossupressores

Um estudo ainda em andamento apresentou os primeiros resultados promissores sobre o uso de células-tronco para evitar a rejeição de transplantes de rim.

A proposta dos médicos é usar as células-tronco para minimizar, ou eventualmente até eliminar, o uso de medicamentos imunossupressores.

E essas células-tronco vêm do próprio doador do rim.

Os imunossupressores evitam que o sistema imunológico veja o novo rim como um invasor e comece a atacá-lo.

O problema é que esses medicamentos têm inúmeros efeitos colaterais, incluindo hipertensão, doenças do coração, infecções, diabetes e câncer.

Doador e receptor não equivalentes

"Os resultados preliminares deste estudo que estamos realizando são entusiasmantes e poderão ter um impacto significativo na transplantação de órgãos no futuro," disse o Dr. Joseph Leventhal, do Hospital Northwestern Memorial (EUA).

O estudo é pequeno, e envolveu 8 pacientes. Destes, 5 puderam deixar de usar os imunossupressores dentro de um ano após o transplante.

Mas este é o primeiro estudo desse tipo que cobre casos em que doador e receptor não são parentes, ou seja, não são "imunologicamente equivalentes".

Os médicos estão usando uma infusão de células-tronco manipuladas geneticamente para "enganar" o sistema imunológico do receptor para que ele pense que o novo órgão é parte do organismo, eliminando assim, gradualmente, a necessidade da medicação anti-rejeição.

Isso abre a possibilidade de que, no futuro, a compatibilidade entre doador e receptor deixe de ser algo importante no caso dos transplantes.

"Ser receptor de um transplante não é fácil. A fim de evitar a rejeição, os receptores de transplantes hoje precisam tomar múltiplos comprimidos por dia pelo resto das suas vidas," diz a Dra. Suzanne Ildstad, coautora da pesquisa, referindo-se aos imunossupressores.

"Esta nova abordagem poderá oferecer uma melhor qualidade de vida e menores riscos à saúde para os receptores de transplantes," completa.

Transplante de rim com células-tronco

Em um transplante de rim normal, o doador concorda em doar seu rim.

Na nova técnica que agora está sendo estudada, ele é convidado a doar também parte do seu sistema imunológico.

O processo começa cerca de um mês antes do transplante renal, quando são coletadas células-tronco da medula do doador, utilizando um processo chamado aférese.

As células do doador passam então por um processo de enriquecimento das chamadas "células facilitadoras", que se acredita colaborarem para o sucesso de um transplante.

Ao mesmo tempo, o receptor passa por um "condicionamento" pré-transplante, que inclui radioterapia e quimioterapia para suprimir sua própria medula óssea, de forma que as células-tronco do doador tenham mais espaço para crescer em seu corpo.

Depois que o receptor recebe o novo rim, as células-tronco do doador são então transplantadas, um dia mais tarde, e começam a formar a medula, a partir da qual se desenvolvem outras células sanguíneas especializadas, como células do sistema imunológico.

O objetivo é criar um ambiente onde coexistam dois sistemas de medula óssea, funcionando na mesma pessoa.

Após o transplante, o receptor ainda recebe os medicamentos anti-rejeição, que vão diminuindo com o tempo, com o objetivo de sua eliminação completa um ano após o transplante.

Cientistas avaliam uso da droga alucinógena LSD contra alcoolismo Com informações da BBC

Molécula da droga alucinógena LSD, uma das mais potentes já descobertas.
Efeito curto

Revisando a literatura médica, pesquisadores descobriram que estudos realizados nos anos 1960 mostram efeitos positivos da droga LSD contra o alcoolismo.

Segundo aqueles estudos, uma única dose da droga alucinógena ajudaria alcoólatras a parar de beber por um período entre seis meses e um ano.

O LSD (Lysergic acid diethylamide, ou dietilamida do ácido lisérgico) é uma das drogas alucinógenas mais fortes já identificadas.

Ela aparentemente bloqueia uma substância química no cérebro, a serotonina, que controla funções como percepção, comportamento, fome e humor.

LSD contra alcoolismo

Experimentos realizados há mais de 40 anos concluíram por um "efeito benéfico significativo" contra o abuso de álcool.

Todos os mais de 500 pacientes envolvidos participavam de tratamentos contra o alcoolismo.

Alguns deles receberam uma única dose de LSD de entre 210 e 800 microgramas, e diminuíram o consumo de álcool em relação aos que não ingeriram a droga.

Trocando uma por outra

Como o efeito não foi duradouro, Teri Krebs e Pal-Orjan Johansen, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, agora concluíram que o LSD poderia ser usado contra o alcoolismo em doses mais frequentes.

"De acordo com as provas sobre o efeito benéfico fo LSD contra o alcoolismo, é difícil entender por que esta abordagem de tratamento foi amplamente ignorada," escrevem os autores.

Talvez a substituição de uma droga por outra possa não ter parecido uma alternativa benéfica a longo prazo para os demais pesquisadores.

Nos estudos revisados, houve cinco casos de reações adversas agudas ao LSD, além de reações adversas moderadas em outros participantes, "sem qualquer efeito danoso duradouro", escrevem os autores.

Descoberto o MicroDNA, uma nova entidade genética Redação do Diário da Saúde

A formação deste microDNA conduz frequentemente a deleções em células somáticas e em células ligadas à reprodução.
microDNA

Cientistas identificaram uma nova forma de DNA, largamente presente em organismos multicelulares, inclusive no homem.

Trata-se de um tipo até agora desconhecido de DNA circular extracromossômico, já batizado de microDNA.

A equipe de Yoshiyuki Shibata, da Universidade da Virgínia (EUA), descobriu esta nova entidade de DNA em tecidos de camundongos e em linhagens de células humanas cultivadas em laboratório.

A descoberta foi publicada nesta quinta-feira na revista Science.

DNA mais curto

O microDNA possui de 200 a 400 pares de bases de comprimento.

Isto o torna mais curto do que a maioria dos tipos já conhecidos de DNAs circulares extracromossômicos, ou eccDNA (extra-chromosomal circular DNA).

Os eccDNA, ou plasmídeos, são moléculas circulares de DNA independentes e capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossômico, o DNA "principal".

O recém-descoberto microDNA pertence a esse grupo.

Controle de genes

O microDNA parece ser derivado de sequências genômicas únicas e não repetitivas, que são muito frequentemente localizadas nas regiões associadas com genes específicos.

A maioria dos eccDNA, por outro lado, surge a partir de sequências genéticas repetitivas, elementos genéticos transponíveis ou genomas virais, segundo os pesquisadores.

Esta nova forma de eccDNA também parece vir de regiões do DNA ligadas aos nucleossomos, um conjunto formado por duas espirais de DNA enroladas em torno de uma proteína - a unidade fundamental da cromatina.

Experimentos de laboratório revelaram que a formação deste microDNA conduz frequentemente a deleções em células somáticas e em células ligadas à reprodução.

Sensor de origami de papel faz exames de malária e HIV Redação do Diário da Saúde

Inspirados pela arte japonesa da dobradura em papel, o origami, cientistas criaram um novo sensor para exames que poderá ser fabricado por menos de US$0,10.
Exame em dobradura de papel

Inspirados na arte japonesa de dobradura de papéis, o origami, químicos da Universidade do Texas (EUA) criaram um sensor de papel 3-D que pode ser impresso em uma impressora a laser comum.

O sensor de papel de origami é capaz de realizar exames virais ou bacterianos, podendo detectar, por exemplo a malária ou o HIV.

E eles não custarão mais do que alguns centavos cada um.

Segundo Hong Liu, que desenvolveu a técnica, sensores de tão baixo custo poderão ser extremamente úteis nas regiões mais pobres, onde não existem laboratórios ou onde há muitas pessoas que não podem pagar pelos exames.

Medicina para todos

Sensores de papel unidimensionais, como aqueles usados em testes de gravidez, já são comuns, mas têm suas limitações, afirmam os pesquisadores.

Já os sensores 3-D feitos por dobradura podem testar mais substâncias em uma menor área superficial e fornecer resultados de exames mais complexos.

"Qualquer um pode dobrá-los," garante o professor Richard Crooks. "Você não precisa de um especialista. Assim, pode-se facilmente imaginar uma ONG com alguns voluntários dobrando essas coisas e as distribuindo."

"Estamos falando de medicina para todos," complementa o orientador da pesquisa.

Segundo Liu, a inspiração para seu trabalho veio quando ele participou de uma outra pesquisa envolvendo sensores de papel, na Universidade de Harvard.
Biochip de papel deixará exames clínicos mais baratos

Mas a nova técnica é mais simples e muito mais barata, dispensando até mesmo um processo industrial de fabricação.

Sensor 3D de origami

Crooks afirma que o princípio de funcionamento do sensor, que já foi testado com sucesso na detecção de glicose e de uma proteína, é semelhante ao do teste de gravidez.

Um material hidrofóbico, como cera, e um material fotossensível, são colocados sobre minúsculos canais traçados em um papel para cromatografia - um papel de filtro.

Essas estruturas canalizam a amostra que está sendo analisada - urina, sangue ou saliva, por exemplo - para pontos no papel onde foram incorporados reagentes sensíveis à substância que se está procurando.

Se a substância detecta o marcador que está procurando, ela vai reagir de uma forma facilmente detectável.

Ela pode se transformar em uma cor específica, por exemplo, ou fluorescer sob luz ultravioleta.

Basta então olhar para ver o resultado.