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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Workshop PDTIS

A VPPLR convida todos os profissionais para participar do workshop “Tecnologias para o desenvolvimento e produção de proteínas recombinantes e biofármacos”. A abertura será às 9h da quarta feira 8 de Dezembro de 2010, no Auditório do Pav. Leonidas Deane (Pav. 26). Não será necessária inscrição previa.

Confira a programação

9h- Abertura e Introdução “Proteínas Recombinantes na Biotecnologia” – Dr. Wim Degrave

9h30-10h10: Sistemas de expressão em E. coli e outras bactérias – Dra. Leila de Mendonça Lima, IOC Fiocruz

10h10-10h50: Sistemas de expressão em leveduras – Dr. Leonardo Damasceno– Pesquisador Visitante, IRR Fiocruz

10h50-11h30: Sistemas de expressão em células eucariotas superiores – Dr. Rodrigo Ventura, Biomanguinhos - Fiocruz

11h30-12h10: Otimização de processos fermentativos – Prof. Dr. Marco Antonio Stephano – USP

12h10-12h50: Meios de cultura para a produção de biofármacos – Denise Jacomme - Sheffield Bio-Science

12h50-14h: Almoço

14h-14h40: Development, scale-up and production of consumables for biotechnology – Dr. Andreas Schmiede, IBMP/CDTS - Fiocruz

14h40-15h20:– Novos materiais para uso em bioprodução – Marina Passanezi - DataMed

15h20-16h00: Validação de metodologias, e gestão da qualidade – Prof. Dr. Marco Antonio Stephano – USP

16h00 – Discussão e encerramento

Seminário comemora 30 anos da Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC: inscrições abertas para o evento

Seminário comemora 30 anos da Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC: inscrições abertas para o evento
 
Com 46 teses de doutorado e 101 dissertações de mestrado defendidas, o Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) completa este ano três décadas de trajetória, a serem celebradas nos dias 9 e 10 de dezembro, no campus da Fiocruz. O evento “Seminário Comemorativo dos 30 Anos da Pós-graduação em Medicina Tropical”, que marcará também o “I Encontro de Ex-alunos da Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz”, contará com conferências e mesas-redondas. As inscrições estão abertas no sitehttp://www.ioc.fiocruz.br/pgmt30/ ou no local (Pavilhão Arthur Neiva), no dia do evento.
 
Veja a programação
 
09 de dezembro
 
8:30h – 9:00h: Recepção de boas vindas 
Visita a áreas de exposição:
Mostra de atividades atuais dos alunos egressos do PGMT
Exposição Laveran Deane
Mostra de fotografias sobre “Medicina Tropical”
Mostra de filmes científicos
 
09h – 12h: Solenidade de Comemoração dos 30 anos do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz
A trajetória do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical – o que foi e quem fez a história
Apresentação: Alda Maria Da-Cruz – Coordenadora do PGMT
Vinícius Martins Menezes – Representante dos estudantes do PGMT
Tema: A Medicina Tropical no futuro que se antevê em 2010: presença na agenda de prioridades em saúde do Brasil e da OMS"
Coordenador: Rivaldo Venâncio da Cunha (aluno egresso do PGMT, UFMS-Fiocruz Cerrado-Pantanal)
Palestrante: Tania C. Araujo-Jorge, diretora do Instituto Oswaldo Cruz
Sessão de homenagens – Elba R. S. Lemos (aluna egressa do PGMT, IOC/Fiocruz)
 
12h – 14h: Almoço e visita às áreas de exposição
 
14h – 14h30: Palestra - O que espera a Área de Avaliação Medicina da Capes dos programas de pós-graduação
Coordenação: Virginia Hortale, Pro-reitora da Fiocruz
Palestrante: João Pereira Leite – FM/USP Ribeirão Preto, Coordenador da Área de Avaliação Medicina II - Capes
 
14h30 – 15h45: Painel – É possível integrar programas de pós-graduação no RJ?
Moderador: Octavio Fernandes da Silva 
IOC/Fiocruz – Pós-graduação em Medicina Tropical: Alda Maria Da-Cruz
IPEC/Fiocruz – Pós-graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas: Armando Schubach 
FCM-UERJ – Pós-graduação em Ciências Médicas: Mario Fritsh
HUCCF-UFRJ – Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias: Paulo Feijó
ENSP/Fiocruz – Pós-graduação em Epidemiologia: Reinaldo S. Santos
UFF – a confirmar
Debatedores: Maria Aparecida Shikanai Yasuda (Faculdade de Medicina-USP, Presidente da SBMT), Guilherme Santoro (HUCCF-UFRJ)
 
15h45 - 16h: intervalo para o café
 
16h - 17h: Fatos e versões em três décadas de trajetória de Pós-graduação de Medicina Tropical
Coordenação: Nelson Pereira e Sergio G. Coutinho
Palestrante: Marcus V. Lacerda (Fundação de Medicina Tropical do Amazonas)
Comentários: Luis Fernando Ferreira (ENSP/Fiocruz)
 
17h – 19h – “Papos tropicais”
Espetáculo com o Coral Fiocruz – “Noel”
“Happy hour”
 
10 de dezembro

08h30 – 10h30: Painel - Desenvolvimento da pesquisa e ensino em doenças infecciosas – contribuição dos alunos egressos da PGMT
Coordenadora: Helene S. Barbosa (Vice-Diretoria de Ensino, Inovação e Comunicação, IOC/Fiocruz)
Palestrante: Hugo Marcelo Aguilar Velasco (egresso PGMT, Equador)
A evolução do pensamento e abordagem da medicina tropical na América Latina
Painel: Pesquisa e ensino em medicina tropical no Brasil 
Moderador: Jorge Augusto de Oliveira Guerra (FMTAM)
Amazonas – Flor Ernestina Martinez Espinosa (FMTAM)
Mato Grosso do Sul – Rivaldo Venâncio da Cunha (UFMS/Fiocruz)
Pará – Ana Maria Revorêdo da Silva Ventura (IEC)
Piauí – Kelsen Dantas Eulalis (UFPI)
Debatedores: Ana Lucia Lyrio Figueiredo, Carlos Graeff, Marcus V. Lacerda
 
10h30 - 11h: intervalo para o café

11h – 12h: Centro de Estudos do IOC - A história do Brasil contada pelos parasitos
Coordenadora: Alda Maria Da-Cruz (aluna egressa da PGMT, IOC/Fiocruz)
Palestrante: Stefan Cunha Ujvari, escritor e médico infectologista
 
12h – 14h – Almoço e visita às áreas de exposição
 
14h – 16h: Mesa Redonda: Doenças infecciosas no contexto das ciências humanas
Coordenadora: Martha Cecília Suárez-Mutis (egressa da PGMT, IOC/Fiocruz)
Palestrante: Mario Newman (UFRRJ)
- A ode dos três tísicos: Augusto dos Anjos, Raul de Leoni e Manuel Bandeira
Palestrante: Ricardo Waizbort (IOC/Fiocruz)
- Alice no país dos parasitos: elementos para uma filosofia da evolução das doenças infecciosas
Palestrante: Manuel Paes Oliveira-Neto (IPEC/Fiocruz)
- Música e as doenças infecciosas.
Debatedores: Raquel Aguiar, Stefan Cunha Ujvari
 
16h – 17h 
Encerramento: Confraternização entre egressos, alunos e professores do PGMT
 
17h – 22h – Festa de confraternização – Os alunos do Instituto Oswaldo Cruz convidam para a festa de encerramento das atividades acadêmicas
Tema: “Três décadas de ritmos: o que se cantou e dançou de 1980-2010”

Estudo visa monitorar parasitos em praias da Baía de Guanabara

Uma pesquisa que vem sendo desenvolvida pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) analisará os índices parasitológicos e de micro-organismos nas praias da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O trabalho é inovador, uma vez que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, órgão responsável pelos índices de colimetria das praias cariocas, não analisa outros tipos de contaminação. A aluna de mestrado em saúde pública da Ensp e médica veterinária Ludimila Santos Amaral é a responsável pelo estudo, que tem como orientadora a pesquisadora Adriana Sotero-Martins. Segundo Ludimila, a dissertação tem como objetivo propor o monitoramento de parasitos na água e areia das praias.

 Praia da Bica, na Ilha do Governador, uma das que serão avaliadas no estudo (Foto: Silvia Reitsma)
Praia da Bica, na Ilha do Governador, 
uma das que serão avaliadas no estudo
O trabalho está inserido na linha de pesquisa de monitoramento da saúde ambiental, que vem sendo desenvolvida no Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Ensp, sob a coordenação da professora Adriana. Ao todo, a médica Ludimila vem avaliando e monitorando bactérias e fungos na areia e na água de quatro praias situadas na Baía de Guanabara: duas na Ilha do Governador (Bica e Tubiacanga) e duas na Ilha de Paquetá (Tamoios e José Bonifácio).

Para Adriana Sotero-Martins, "o trabalho de Ludimila traz uma inovação no sentido de analisar a parte parasitológica das areias, uma vez que o tema não conta com muitas linhas de investigação". Na literatura conhecida, os parasitos mais citados são dos gêneros Ancylostoma e Toxocara, embora o trabalho ainda não conte um uma definição metodológica.

Segundo Ludimila, a contaminação parasitária de praias e áreas de recreação é um grande problema de saúde pública, pois estes ambientes são passíveis a infecções protozoárias e helmínticas de fezes de animais, como cães e gatos, veiculadores de doenças que prejudicam o homem. "Esses animais domésticos contaminam o solo, eliminando ovos de parasitas, que por sua vez podem permanecer viáveis por um longo período no ambiente expondo a população humana ao risco de infecção e desenvolvimento de doenças", ressaltou. Como resultado final do trabalho, a aluna espera oferecer informações essenciais para a padronização de técnicas que forneçam subsídio para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na Resolução 274/2000, e também para as agências ambientais estaduais e municipais.

Estudo britânico descobre forma de 'reparo' da esclerose múltipla


Pesquisa feita em ratos mostrou que células-tronco do cérebro do paciente podem ajudar no processo.

Cientistas britânicos identificaram uma forma de estimular o sistema nervoso a regenerar-se nos casos de esclerose múltipla.

Os estudos, publicados na revista "Nature Neuroscience", foram realizados em ratos nas Universidades de Cambridge e Edimburgo, na Escócia. A pesquisa identificou uma forma de ajudar as células-tronco no cérebro a reparar a camada de mielina, necessária para proteger as fibras nervosas.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaçada, perda de equilíbrio e paralisia.

Em cerca de 85% dos casos, os pacientes têm uma forma de esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, na qual as 'crises' que incapacitam a pessoa são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nesta forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina.

Mas cerca de 10% das pessoas são diagnosticadas com a forma progressiva da esclerose múltipla, na qual o declínio avança sem qualquer período de recuperação.

Além destas pessoas, os pacientes com a forma recaída/remissão da doença também podem desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva.

Os cientistas têm tentado desenvolver tratamentos justamente para estes dois grupos.


Regeneração

Nos casos de esclerose múltipla, a perda da camada de mielina, que funciona como uma camada de isolamento, leva ao dano nas fibras nervosas do cérebro.

Estas fibras são importantes por enviarem mensagens para outras partes do corpo.

A pesquisa britânica identificou uma forma de estimular as células-tronco do cérebro para que elas regenerem estas fibras. E também mostraram como este mecanismo pode ser explorado para fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina.

Com isso, os cientistas esperam poder ajudar a identificar novos medicamentos que estimulem o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença.

'Esta descoberta é muito animadora, pois pode abrir o caminho para elaborar medicamentos que vão ajudar a reparar o dano causado a camadas importantes que protegem as células nervosas no cérebro', afirmou o professor Charles French-Constant, da Sociedade para Pesquisa em Esclerose Múltipla da Universidade de Edimburgo.

'Terapias que reparam o dano (causado pela doença) são o elo perdido no tratamento da esclerose múltipla', afirmou o professor Robin Franklin, diretor do Centro para Reparo de Mielina na Universidade de Cambridge.

'Neste estudo identificamos um modo pelo qual as células-tronco do cérebro podem ser estimuladas a fazer este reparo, abrindo a possibilidade de um novo medicamento renegerativo para esta doença devastadora', acrescentou.


Anos

Instituições de caridade britânicas, voltadas para tratamento de esclerose múltipla, afirmaram que, apesar de ser uma notícia animadora, ainda serão necessários alguns anos antes de um tratamento ser desenvolvido.

'Este é o começo de um estudo, em roedores, mas será muito interessante observar como se desenvolve', afimou Pam Macfarlane, diretora-executiva da instituição de caridade voltada para pacientes com esclerose múltipla MS Trust.

A pesquisa britânica foi financiada por instituições americanas, a MS Society e National MS Society.

'Para pessoas com esclerose múltipla esta é uma das notícias mais animadoras dos últimos anos', afirmou Simon Gillespie, diretor-executivo da MS Society.

'É difícil colocar em palavras como esta descoberta é revolucionária e como é importante continuar com as pesquisas em esclerose múltipla.'

Crescimento excessivo do casco de animais confinados

Carina Simionato de Barros
Médica veterinária, Doutoranda FMVZ-USP

Maria Angela Machado Fernandes
Médica Veterinária e Mestre em Ciências Veterinárias
Os caprinos e ovinos são animais biungulados pois possuem duas unhas ou dedos. Na figura abaixo podemos observar as regiões do casco dos caprinos e ovinos.

Figura 1 - Regiões do casco dos ruminantes.





O objetivo do nosso artigo não é discutir a anatomia do casco e a função de cada um dos tecidos ou regiões do casco. Caso deseje obter mais informações sobre esse assunto, sugerimos a leitura do artigo: 

Sistema Locomotor dos Ruminantes (2005), da UFMG.

Os cascos dos caprinos e dos ovinos crescem continuamente com certa velocidade para compensar o desgaste natural que ocorre devido o seu contato com terrenos e pisos duros, pedregosos ou áridos. Quando os animais são criados em sistemas extensivos ou pelo menos semi-intensivo, esse desgaste natural do casco geralmente ocorre porque os animais andam bastante em busca de alimento. 

Figura 2 - Desgaste adequado do casco em solo duro e pedregoso. Fonte: freethumbs.dreamstime.com/54/big/free_547790.jpg.


Quando os caprinos e ovinos são criados confinados, em instalações com pisos macios ou ripados de madeira, o crescimento dos cascos dos animais é maior e mais rápido do que o seu desgaste. É importante ressaltar que o desgaste do casco dos animais criados a pasto com solo macio nem sempre é suficiente para assegurar as boas condições dos cascos.

O solário com piso árido é uma boa alternativa para auxiliar no desgaste dos cascos dos animais confinados. Os animais podem permanecer no solário durante todo o dia ou parte do dia para tomar sol, fazer exercícios e para que o casco sofra o desgaste natural devido o atrito com o piso.

Figura 3 - Solário independente do aprisco com piso de cimento rústico 
(LAPOC UFPR).



Outro ponto importante que favorece a velocidade de crescimento maior do que a de desgaste do casco de animais confinados é que com o aumento do consumo de nutrientes, principalmente de proteína, os cascos tendem a crescer mais rápido.


Por isso, é muito importante estar atento e realizar inspeções periódicas nos cascos dos animais para avaliar a necessidade de casqueamento pois esse crescimento irregular e exagerado dos cascos poderá dificultar a locomoção e o desenvolvimento de todas as atividades que exijam que o animal esteja de pé (alimentação, pastoreio, ingestão de água, reprodução, entre outros). Além disso, quando o casco cresce muito e se deforma, o animal pode apresentar dificuldade de apoiar o casco de forma adequada no chão, o pode provocar desvios dos eixos dos membros e, conseqüentemente, graves defeitos nos aprumos.


Figura 4 - Casco apoiado de forma inadequada no chão devido ao seu crescimento irregular. Fonte: Daneke Club Lamb


Além disso, o crescimento excessivo dos cascos facilita o acúmulo de matéria orgânica, umidade e fezes e cria um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias causadoras de inflamações e afecções podais (manqueiras). 

Figura 5 - Acúmulo de matéria orgânica na dobra do casco devido o seu crescimento excessivo.



Mas afinal, com que freqüência devemos aparados os cascos (casquear) dos animais? A freqüência com que seus animais irão necessitar do casqueamento irá depender das condições de manejo, do ambiente, do nível de exercício, da velocidade de crescimento e desgaste do casco. Sugerimos que seja feita a avaliação dos cascos dos animais para verificar a necessidade de casqueamento com intervalos não superiores a 2 ou 3 meses. Você poderá realizar essa inspeção toda vez que manejar o seu rebanho para vacinação, desverminação, tosquia, etc. O aparo do casco deve ser feito sempre que iniciar a formação de dobras ou de qualquer anormalidade anatômica nas unhas.

Figura 6 - Crescimento excessivo do casco e formação de dobras. Fonte: Baalands



Figura 7 - crescimento excessivo e formação de dobras no casco. Fonte: Hoof Trimming


Todas as dobras ou anormalidades anatômicas nas unhas devem ser retiradas, mas tome muito cuidado para não cortar em excesso e sangrar! 

Figura 8 - Casqueamento incorreto: as lesões provocadas durante o casqueamento além de dolorosas podem comprometer a locomoção do animal e abrir portas para a entrada de bactérias. Fonte: Hoof Trimming


No final, as unhas devem estar simétricas e o mais próximo possível da normalidade anatômica.

Figura 9 - Aspecto do casco do animal da Figura 7 após o casqueamento. Fonte: Hoof Trimming


Atenção: quando o crescimento ou deformação do casco for muito grande, a correção deve ser feita em etapas, aparando os excessos semanalmente até que o casco fique perfeito.


Lembre-se que o casqueamento é fundamental para manutenção e preservação da saúde do casco!

Sincronização do estro em ovelhas - Protocolo longo x curto



Maria Emilia F. Oliveira
Doutoranda Reprodução Animal - UNESP/FCAV 
www.mariaemilia.vet.br
Como discutido nos artigos "Uso da PGF2α na sincronização de estro em pequenos ruminantes" e "Protocolo OVSYNCH - sincronização do estro em pequenos ruminantes", o uso da prostaglandina restringe-se a fêmeas cíclicas, por apresentar ação direta no corpo lúteo. Tratamentos com progesterona ou progestágenos são ferramentas disponíveis para indução e sincronização de estro independentemente da condição ovariana da fêmea. Neste sentido, protocolos de longa ou curta duração são amplamente utilizados em pequenos ruminantes. Apresentaremos neste artigo a compilação de resultados publicados por nosso grupo sobre a eficiência de protocolos de curta ou longa duração na resposta de estro e taxas de concepção e prenhez em ovelhas Santa Inês (Oliveira et al., Reproduction in Domestic Animal, v.43, p.74, 2008).

Neste estudo utilizaram-se 169 ovelhas Santa Inês, separadas em dois grupos: G - Protocolo longo (n=82) e Protocolo curto (n=87). Os esquemas dos protocolos utilizados no experimento estão apresentados na Figura 1.


Figura 1 - Esquema dos protocolos de curta e longa duração, utilizados na sincronização do estro em ovelhas Santa Inês.




A resposta de estro foi avaliada com auxílio de rufiões durantes os três dias posteriores aos protocolos hormonais a fim de verificar a eficiência na sincronização do estro. Independentemente da manifestação de estro as fêmeas dos dois tratamentos foram inseminadas por laparoscopia 54 horas após a retirada dos implantes. Observou-se que 91,46% e 82,75% das fêmeas dos grupos tratados pelos protocolos, longo e curto, respectivamente manifestaram estro. Não foi observada diferença significativa para esta variável (P>0,05). O intervalo médio entre o final dos protocolos e início do estro foi de 33,52 ± 11,67 e 36,16±15,07 horas para os protocolos, longo e curto, respectivamente (P>0,05). Em ambos os grupos, o início de estro foi distribuído entre 6 e 54 horas após a retirada dos dispositivos (Figura 2). A maior incidência foi observada às 30 horas (39,75%) e às 48 horas (20,48%) para os grupos tratados pelos protocolos, longo e curto, respectivamente.


Figura 2 - Histograma da distribuição do início de estro em ovelhas Santa Inês tratadas com protocolos de longa e curta duração. 

As taxas de concepção e prenhez não mostraram diferenças entre os grupos (G-Protocolo Longo: 62,66% e 57,31%; G-Protocolo Curto: 56,94% e 47,12%, respectivamente; P>0.05). 


Os resultados do presente estudo mostraram que a eficiência dos protocolos com progestágeno de longa e curta duração é similar em ovelhas da raça Santa Inês.