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terça-feira, 12 de junho de 2012

"Bomba relógio" libera medicamentos para doenças cardiovasculares

Na forma de uma lente, os nanocarreadores passam pelas artérias normais sem se romper, mas quebram quando sentem os efeitos da tensão mecânica nas artérias doentes.

Dilatação geral

O tratamento padrão disponível para a arteriosclerose não é tão bom quanto se gostaria.

O problema é que nenhum medicamento disponível consegue alvejar apenas as áreas doentes.

A injeção intravenosa de um vasodilatador - uma substância que dilata os vasos sanguíneos - dilata tanto os vasos doentes quando o restante das artérias.

Isso pode ocasionar queda na pressão, limitando o efeito que se busca, de aumentar o fluxo sanguíneo durante um ataque cardíaco.

Estenose

Pesquisadores suíços estão desenvolvendo uma alternativa que pode resolver o problema.

Embora nenhum biomarcador específico para a arteriosclerose tenha sido identificado, há uma fenômeno físico inerente à estenose - o estreitamento dos vasos sanguíneos - conhecido como tensão de cisalhamento.

Esta força resulta de flutuações do fluxo de sangue induzidas pelo estreitamento da artéria, e corre paralelamente ao fluxo de sangue.

Tirando proveito desse fenômeno, a equipe desenvolveu uma verdadeira "bomba relógio", um carreador que libera o medicamento vasodilatador apenas quando sofre a pressão da tensão de cisalhamento nas artérias estenosadas.

Nanocarreadores

O grupo do Dr. Till Saxer, da Universidade de Genebra, usou fosfolipídios para alterar o formato de nanocontêineres, conhecidos como lipossomos, fazendo-os passar de sua forma esférica tradicional para uma forma lenticular.

Na forma de uma lente, eles passam pelas artérias normais sem se romper, mas quebram quando sentem os efeitos da tensão mecânica nas artérias doentes, liberando o medicamento vasodilatador que levam em seu interior.

"Em resumo, nós tiramos proveito de um aspecto até agora inexplorado de uma tecnologia já existente," disse Saxer, referindo-se aos nanocarreadores, moléculas que estão sendo usadas para levar medicamentos para pontos específicos do corpo.

O próximo passo da pesquisa será testar o mecanismo in vivo.

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