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terça-feira, 22 de maio de 2012

Mamografia fotoacústica substitui raios X por laser e ultrassom

Este é o primeiro mamoscópio fotoacústico, que substitui os perigosos raios X por raios laser e um aparelho de ultrassom. Ele está em testes na Holanda.

Riscos da mamografia

A mamografia é um instrumento valioso na luta contra o câncer de mama, embora venha sofrendo ataques recentes em razão de um alegado uso excessivo do exame.

Além de não ter a precisão que se gostaria, dando muitos falsos positivos e falsos negativos, a mamografia usa raios X.

As baixas doses de radiação que mulher recebe durante o exame são consideradas seguras - mas os médicos são unânimes em considerar que seria melhor não receber radiação nenhuma.

Por exemplo, já se demonstrou que a radiação do exame preventivo pode ser suficiente para aumentar risco do câncer de mama em mulheres sob alto risco.

É por isso que inúmeras equipes ao redor do mundo estão trabalhando em um exame de mamografia que elimine a necessidade dos raios X.

Distinguindo benigno de maligno

A novidade mais recente vem da Universidade de Twente, na Holanda.

A equipe da Dra. Michelle Heijblom terminou a primeira fase de testes de um novo equipamento de imageamento médico que usa uma mistura de luz e som para substituir a perigosa radiação ionizante dos raios X.

Os testes iniciais da técnica fotoacústica, feitos com 12 pacientes, mostraram que o aparelho consegue identificar com perfeição os tecidos malignos, graças a imagens de elevada contraste, superiores às obtidas com os aparelhos atuais.

Isso poderá permitir que o exame separe inclusive o que são tumores malignos daqueles que são tumores benignos, evitando o estresse causado pelos falsos positivos da mamografia.

"Ainda estamos nos estágios iniciais do desenvolvimento desta nova tecnologia, mas ela é muito promissora," disse a médica. "Nossa esperança é que esses primeiros resultados nos levem a um método seguro, preciso e confortável para detectar tumores de mama."

Mamografia fotoacústica

A mamografia fotoacústica é resultado de uma tecnologia híbrida, fruto da junção da mamografia óptica com o ultrassom.

A mamografia óptica usa luz vermelha e infravermelha, detectando tumores porque a hemoglobina do sangue absorve bem os comprimentos de onda mais avermelhados do espectro, o que revela um contraste claro entre as áreas mais densamente irrigadas, características dos tumores, e o tecido normal.

Contudo, é difícil focar uma área específica do corpo usando essa técnica.

Por isso, os cientistas estão combinando-a com ultrassom, que pode ser dirigido com precisão, para distinguir entre tumores malignos e tumores benignos.

Ao contrário da agressiva e desconfortável manipulação da mama, típica da mamografia atual, o novo exame é feito com a paciente deitada confortavelmente sobre uma cama.

Mamografia a laser

Para o exame, a luz de um laser de luz vermelha é projetado e movido de forma a fazer uma varredura completa da mama.

A temperatura do tecido sobe levemente conforme o corpo absorve a luz do laser.

Com a elevação da temperatura, a expansão térmica cria uma onda de pressão que é detectada por um aparelho de ultrasom colocado do lado da mama.

Os sinais resultantes são então processados por um programa de computador, que os transforma em imagens.

Estas imagens revelam áreas anormais em alta intensidade (tecidos tumorais) em contraposição com áreas de baixa intensidade (tecido benigno).

Cientistas suecos também estão trabalhando em uma alternativa aos raios X, mas usando micro-ondas: Micro-ondas substituem raios X na mamografia

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