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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dor crônica Gene pode está relacionado com a hereditariedade.


Cerca de um terço dos indivíduos apresentará algum tipo de dor crônica durante a vida. À medida em que aumenta a expectativa de vida, cresce o número de pessoas com dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações ou inflamações nos órgãos internos e outros problemas relacionados ou que podem provocar dores crônicas.

Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e comportamentais. Seus portadores desenvolvem depressão, deficiências psicomotoras, lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso. 

Tais sintomas costumam ser interpretados como característicos de enfermidades psíquicas, quando na verdade refletem apenas a semelhança que existe entre a dor e a memória. 

Pesquisadores de diversos países descobriram o primeiro gene ligado à dor crônica. Depois da descoberta, mais de 500 outros genes relacionados à dor crônica ainda precisam ser estudados. 

O gene, chamado Alfa-2-Beta-3, foi identificado na drosófila, a mosca de fruta. Depois, foi estudado em ratos e, finalmente, analisado em humanos. O resultado da pesquisa confirma algo que já se cogitava anos atrás: a importância das diferenças genéticas na forma como o cérebro processa a dor crônica. 

Estudos feitos com gêmeos, por exemplo, mostraram que cerca de 50% das variações na sensibilidade à dor são hereditárias. Até variações pequenas no Alfa-2-Beta-3 mostraram uma grande diferença no nível da dor sentida pelos indivíduos, seja ela provocada por queimaduras ou por problemas crônicos na coluna, por exemplo. 

Isso ocorre porque o gene regula a passagem de partículas de cálcio pela membrana das células. Essas partículas são essenciais para controlar a transmissão, pelos neurônios, dos sinais da dor até o cérebro. 

A partir dos dados revelados pelo estudo, novos analgésicos, muito mais eficazes do que os atuais, poderão ser desenvolvidos à medida em que a medicina entenda cada vez mais como a dor é transmitida pelas células nervosas para o cérebro. Isso é um grande avanço. Até há pouco tempo, era recorrente a ideia, principalmente entre os profissionais de enfermagem, de que o paciente deveria tolerar a dor para evitar o excesso de medicamentos que poderia torná-lo dependente – a maioria deles feita a partir de derivados do ópio, como a morfina. 

No Brasil, de 50% a 60% das pessoas que sentem dores crônicas se tornam parcial ou totalmente incapacitadas para o trabalho e um em cada cinco acaba largando o emprego. 

Quais são as regiões ou orgão do corpo onde, principlamente, ocorre a dor ?
  • 70% são de origem esquelética-muscular;
  • 20% são de origem neuropáticas;
  • 10% são causadas por cânceres.

Quais são as dores que mais afetam os brasileiros? 
  • Epigastralgias e outras dores abdominais;
  • Disúria (ao urinar);
  • Cefaleias (cabeça);
  • Artralgias (articulações);
  • Lombalgias (costas);
  • Torácica;
  • Nos membros.

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