Cerca de um terço dos indivíduos apresentará algum tipo de dor crônica durante a vida. À medida em que aumenta a expectativa de vida, cresce o número de pessoas com dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações ou inflamações nos órgãos internos e outros problemas relacionados ou que podem provocar dores crônicas.
Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e comportamentais. Seus portadores desenvolvem depressão, deficiências psicomotoras, lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso.
Tais sintomas costumam ser interpretados como característicos de enfermidades psíquicas, quando na verdade refletem apenas a semelhança que existe entre a dor e a memória.
Pesquisadores de diversos países descobriram o primeiro gene ligado à dor crônica. Depois da descoberta, mais de 500 outros genes relacionados à dor crônica ainda precisam ser estudados.
O gene, chamado Alfa-2-Beta-3, foi identificado na drosófila, a mosca de fruta. Depois, foi estudado em ratos e, finalmente, analisado em humanos. O resultado da pesquisa confirma algo que já se cogitava anos atrás: a importância das diferenças genéticas na forma como o cérebro processa a dor crônica.
Estudos feitos com gêmeos, por exemplo, mostraram que cerca de 50% das variações na sensibilidade à dor são hereditárias. Até variações pequenas no Alfa-2-Beta-3 mostraram uma grande diferença no nível da dor sentida pelos indivíduos, seja ela provocada por queimaduras ou por problemas crônicos na coluna, por exemplo.
Isso ocorre porque o gene regula a passagem de partículas de cálcio pela membrana das células. Essas partículas são essenciais para controlar a transmissão, pelos neurônios, dos sinais da dor até o cérebro.
A partir dos dados revelados pelo estudo, novos analgésicos, muito mais eficazes do que os atuais, poderão ser desenvolvidos à medida em que a medicina entenda cada vez mais como a dor é transmitida pelas células nervosas para o cérebro. Isso é um grande avanço. Até há pouco tempo, era recorrente a ideia, principalmente entre os profissionais de enfermagem, de que o paciente deveria tolerar a dor para evitar o excesso de medicamentos que poderia torná-lo dependente – a maioria deles feita a partir de derivados do ópio, como a morfina.
No Brasil, de 50% a 60% das pessoas que sentem dores crônicas se tornam parcial ou totalmente incapacitadas para o trabalho e um em cada cinco acaba largando o emprego.
Quais são as regiões ou orgão do corpo onde, principlamente, ocorre a dor ?
- 70% são de origem esquelética-muscular;
- 20% são de origem neuropáticas;
- 10% são causadas por cânceres.
Quais são as dores que mais afetam os brasileiros?
- Epigastralgias e outras dores abdominais;
- Disúria (ao urinar);
- Cefaleias (cabeça);
- Artralgias (articulações);
- Lombalgias (costas);
- Torácica;
- Nos membros.
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