Segundo o levantamento, o desenvolvimento da economia está atrelado aos poluentes. Nações emergentes estão entre as mais poluídas, com Brasil incluso nesta lista.
A cidade do Rio, que vai receber dois eventos mundiais e turistas do mundo inteiro --a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016--, e a capital paulista estão entre as mais poluídas do mundo.
A OMS não fez exatamente um ranking, mas analisou relatório estaduais feitos, no caso do Brasil, em 2009. A comparação entre São Paulo e Rio de Janeiro não é totalmente possível. As redes de monitoramento das duas cidades são diferentes.
Nos estudos considerados pela OMS, enquanto o Rio de Janeiro registrou uma média anual de 64 microgramas por metro cúbico, a capital paulista apresentou uma média de poluição do ar com 38 microgramas por metro cúbico, ou duas vezes mais ao ideal recomendado pela OMS.
São Paulo se equipara a Paris e Buenos Aires em termos de poluição do ar, e está acima de Roma.
A pesquisa, que englobou 1.100 cidades de 91 países, mostra as taxas de poluição por capital e cidades com mais de 100 mil residentes. A medição foi realizada entre 2003 e 2010. Nesse ranking final, o Brasil consta na 44ª posição.
Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas morram todos os anos devido a pequeníssimas partículas, quase imperceptíveis, presentes no ar. Mas, uma vez que se alojam no pulmão, podem causar o desenvolvimento de doenças no coração e no pulmão, entre outras.
Segundo a OMS, estas partículas --comuns em diversas áreas urbanas-- se originam a partir da combustão presente nos veículos e em usinas de energia.
O estudo conclui que a grande maioria das populações urbanas sofre uma exposição média anual a essas partículas de poluição maior do que o recomendado pela OMS. Enquanto a organização recomenda que o ar tenha poluição do ar de até 20 microgramas por metro cúbico, em algumas cidades o número chega a 300 microgramas por metro cúbico.
Se a recomendação da OMS tivesse sido seguida, a organização estima que 1,09 milhão de mortes poderiam ter sido evitadas somente em 2008.
Os dados usados no estudo foram obtidos a partir de fontes nacionais ou de cidades específicas, e são baseados no monitoramento da qualidade do ar realizado pelas cidades. As medições desconsideraram regiões industriais, que poderiam levar a dados superestimados.
As medições foram feitas entre 2003 e 2010, sendo que a maioria é do período entre 2008 e 2009.
Ahvaz, no Irã, lidera o ranking das cidades mais poluídas, seguida de Ulan Bator (Mongólia) e Sanandaj (Irã).
SAÚDE
Estado
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Região
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Média anual de material particulado (2009)*
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Fonte
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RJ
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Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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63,7
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SP
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Região de Cubatão
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48,3
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SP
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Região de Campinas
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38,5
|
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SP
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Região Metropolitana de São Paulo
|
38,17
|
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PR
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Região Metropolitana de Curitiba
|
29
|
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SP
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Região de Sorocaba
|
28
|
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SP
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Região de S. José do Rio Preto
|
28
|
|
SP
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Região de Ribeirão Preto
|
28
|
|
RJ
|
Região de Volta Redonda
|
27,5
|
|
SP
|
Região de Araraquara
|
27
|
|
SP
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Região de Araçatuba
|
26
|
|
MG
|
Betim
|
22,1
|
|
SP
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Região de S. José dos Campos
|
21
|
|
SP
|
Região de Marília
|
21
|
|
MG
|
Belo Horizonte
|
20
|
|
MG
|
Ibrité
|
17,5
|
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SP
|
Região de Presidente Prudente
|
16
|
SAÚDE
O objetivo da OMS é uma maior consciência dos riscos à saúde causados pela poluição do ar, a implementação de políticas efetivas e acompanhar de perto a situação nas cidades.
A OMS espera que uma reduza a média anual de 70 mg/m3 de PM10 (material particulado com 10 micrômetros ou menos) para 20 mg/m3 de PM10 diminua em 15% a mortalidade.
"A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental. É vital que aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que ela [a poluição atmosférica] cria", afirmou a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.
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