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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Estatinas podem aumentar risco de derrame, diz estudo

As pessoas que sofreram um tipo de derrame causado por um sangramento no cérebro devem evitar tomar drogas de redução do colesterol, conhecidas como estatinas, segundo pesquisadores dos EUA.

Embora as estatinas sejam comumente usadas para prevenir ataques cardíacos e derrames, os cientistas informaram que a droga pode aumentar o risco de um segundo derrame, superando os benefícios ao coração.

"Nossa análise indica que em ambientes de alto risco de hemorragia intracerebral recorrente, é preferível evitar a terapia com estatinas", diz o relatório publicado na revista "Archives of Neurology", elaborado por Brandon Westover, do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School, e seus colegas.

Westover disse que as pessoas que tiveram este tipo de derrame têm 22% de risco de sofrer um segundo derrame quando tomam estatinas, em comparação a 14% de risco em pessoas que não estão tomando a droga.

Os resultados são baseados em dados de dois ensaios clínicos.

Os investigadores disseram que não está claro de que maneira as estatinas aumentam o risco de sangramento nestes pacientes. Eles acreditam que o colesterol baixo aumenta o risco de hemorragia no cérebro, ou que as estatinas afetam os fatores de coagulação no sangue, o que aumenta o risco de uma hemorragia cerebral.

As estatinas reduzem a lipoproteína de baixa densidade ou LDL, o tipo de colesterol ruim, o que pode levar à formação de coágulos sanguíneos.

Elas estão entre os medicamentos mais vendidos no mundo, recomendadas por muitos estudos que mostram que reduzem o risco de ataques cardíacos e derrames.

Larry Goldstein, da Duke University e Durham VA Medical Center, na Carolina do Norte, comentou que os resultados não provam que as estatinas aumentam o risco. Mas ele disse que, na ausência de dados de ensaios clínicos de qualidade, podem ajudar os médicos a tomar melhores decisões sobre quais pacientes com risco cardíaco seriam beneficiados pelas estatinas.

A doença coronariana é a principal causa de morte nos Estados Unidos, matando uma em cada cinco adultos.

O Lipitor, da Pfizer, tem vendas globais de US$ 11 bilhões por ano, enquanto o Crestor, da AstraZeneca, tem um faturamento global de mais de US$ 5 bilhões.

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