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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Células da pele enxergam a luz ultravioleta para se defender


Células da pele enxergam a luz ultravioleta para se defender
Melanócitos, células da pele humana, fluorescem quando o cálcio é liberado para sinalizar a exposição à luz ultravioleta, um passo crucial para o início da produção da melanina.

Fotossensibilidade na pele
Quando você se expõe ao Sol, sua pele rapidamente tenta se defender, produzindo melanina.
Agora, biólogos descobriram que as células da pele, os melanócitos, detectam a radiação ultravioleta do Sol usando receptores sensíveis à luz.
O que torna a descoberta mais surpreendente é que se acreditava que esses receptores só existissem nos olhos.
Mas é a capacidade da pele em "sentir" a luz que dispara o processo de produção de melanina para tentar proteger o DNA das células contra a radiação.
Proteção natural e rápida
Os testes mostraram que a pele começa a produzir a melanina quase imediatamente depois da incidência da radiação ultravioleta.
Até agora, os cientistas tinham por certo que a produção de melanina só ocorria muito tempo depois que a radiação UVB já havia começado a causar danos ao DNA.
"Tão logo você se põe ao Sol, sua pele sabe que você está exposto à radiação UV," diz Elena Oancea, da Universidade Brown (EUA). "É um processo muito rápido, muito mais rápido do que tudo o que havíamos descoberto até agora."
Os cientistas acreditam que melanina protege o DNA das células da pele contra os danos causados pela radiação UVB absorvendo essa radiação.
Mas esse processo não é perfeito - é por isso que se recomenda o uso do protetor solar.
Mas o novo estudo mostra que o corpo reage muito mais prontamente, bem antes que a produção de melanina se torne aparente na forma de um bronzeado.
Olhos na pele
Os pesquisadores descobriram que as células da pele possuem rodopsina, um receptor fotossensitivo usado pelo olho para detectar a luz.
Além disso, eles rastrearam os passos que a rodopsina dá para liberar sinais de íons de cálcio, que acionam a produção da melanina.
O grupo ainda não sabe se essa ação é exclusiva da rodopsina ou se ela está agindo em conjunto com algum outro receptor, ainda não identificado.
A Dra. Oancea diz que ainda há muito a pesquisar, e apenas esta descoberta não deve ser motivo para que as pessoas deixem de usar protetor solar.

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