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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nanopartículas de produtos amazônicos dão brilho aos cabelos


Óleo de castanhas
Químicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriram que nanopartículas criadas com produtos amazônicos têm excelentes efeitos para o tratamento de cabelos.
As nanopartículas são compostas por uma mistura balanceada de triglicerídios (óleos) das castanhas de murumuru e de babaçu.
O pesquisador Marcos Roberto Rossan testou sua nanotecnologia em um produto já existente no mercado - o Activeshine Amazon.
Nanopartículas de produtos amazônicos dão brilho aos cabelos
Microfotografias dos cabelos de cabelo antes (em cima) e após (embaixo) o tratamento com as nanopartículas de óleos amazônicos.
Mas as partículas empregadas no estudo poderão ser usadas também em outros produtos, já que o processo desenvolvido por Marcos Roberto permite o uso de equipamentos convencionais e é de aplicação simples, o que viabiliza seu uso industrial.
Cosmético com nanotecnologia
A ideia do pesquisador era desenvolver um cosmético inovador, sobretudo utilizando óleos, gorduras e ceras brasileiras de origem amazônica.
Além disso, o novo cosmético incorpora as tecnologias de micro e nanopartículas para a intensificação do brilho e tratamento dos fios do cabelo.
Como as matérias-primas já são comerciais, o produto deve ter um preço competitivo no mercado. "E terá um valor agregado porque possui uma tecnologia que permite gastar baixa energia", destaca o pesquisador.
Ele desenvolveu o novo produto com a ajuda da nanotecnologia, criando ainda uma linha para encapsulação de corantes naturais, com o objetivo de atingir o mercado de tinturas.
Brilho do cabelo
Um dos diferenciais das partículas que foram preparadas pelo pesquisador é que elas são revestidas de forma a ter uma carga elétrica superficial positiva, proporcionando uma maior aderência aos fios de cabelo.
Como os cabelos têm uma carga contrária (carga negativa), o produto fica melhor fixado. O produto está passando agora por testes de eficácia.
Segundo Marcos Roberto, a proposta é fornecer ao cabelo um alto brilho, um dos itens mais cobiçados pelo consumidor.
Em geral, usa-se o silicone para isto, um material de origem sintética. A intenção é oferecer um aditivo cosmético natural de fonte vegetal.
Nanopartículas
O processo cria as nanopartículas com dimensões de 20 a 200 nanômetros, o que é milhares de vezes menor do que a espessura de um único fio de cabelo.
Elas são geradas a partir dos óleos de murumuru e babaçu por um processo de aspersão em baixa temperatura, o que congela as gotículas, que são coletadas como um pó seco muito fino.
A elevação posterior da temperatura não destrói as nanopartículas, que permanecem isoladas e na forma de pó.

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