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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Radicais livres são cruciais no controle do apetite

Radicais livres são cruciais no controle do apetite
Esta imagem mostra (em verde) os neurônios de melanocortina, promotores da saciedade, no hipotálamo, alguns dos quais estão ativados pelos cientistas (núcleos vermelhos).

Funções dos radicais livres
Cientistas descobriram que os mecanismos moleculares que controlam os radicais livres estão na base do aumento do apetite na obesidade induzida por problemas na dieta, ou seja, engordar por comer demais.
Os radicais livres são moléculas que têm sido historicamente ligadas ao envelhecimento e danos aos tecidos, embora mais recentemente esteja havendo controvérsias sobre seu real papel.
Por exemplo, já se demonstrou que os radicais livres são importantes para os movimentos musculares, para o ritmo cardíaco, e até mesmo que eles podem ter um efeito anti-envelhecimento.
Controle da saciedade
Os cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estavam estudando os circuitos cerebrais que controlam a fome e saciedade.
Eles constataram que a elevação dos níveis de radicais livres no hipotálamo, direta ou indiretamente suprime o apetite em camundongos obesos, ativando os neurônios de melanocortina, que sinalizam a saciedade.
"Por um lado, você deve ter essas moléculas de sinalização críticas para parar de comer. Por outro lado, se for exposto cronicamente a eles, os radicais livres podem danificar as células e acelerar o envelhecimento," disse Tamas Horvath, um dos autores da pesquisa.
"É por isso que, em resposta a uma super alimentação contínua, um mecanismo celular entra em ação para suprimir a geração desses radicais livres," acrescenta Sabrina Diano, coautora do trabalho.
"Enquanto esse mecanismo supressor de radicais livres protege as células contra danos, este mesmo processo irá diminuir sua capacidade de sentir satisfeito depois de comer," completa ela.
Troca duvidosa
De acordo com Horvath e Diano, o papel crucial dos radicais livres na promoção da saciedade, bem como dos processos degenerativos associados ao envelhecimento, pode explicar por que tem sido tão difícil desenvolver estratégias terapêuticas eficazes para a obesidade, sem efeitos colaterais importantes.
Os cientistas ainda não sabem se vale a pena esperar por uma terapia anti-obesidade à base de radicais livres, uma vez que, se a teoria mais aceita dos radicais livres estiver correta, ou seja, que eles realmente promovem o envelhecimento, seria como trocar a obesidade pelo envelhecimento.
Somente mais estudos poderão avaliar se esse mecanismo agora descoberto poderá ser usado de forma segura.

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