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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Identificados 28 genes associados com a hipertensão


Genes da pressão alta
Cientistas identificaram variantes comuns em 28 regiões do DNA associadas com a pressão arterial em pacientes humanos.
Os resultados mostram rotas genéticas nunca antes associadas com a pressão arterial, que podem tornar-se alvos para novas terapias contra a hipertensão.
O estudo foi feito pelo International Consortium for Blood Pressure Genome-Wide Association Studies um grupo internacional envolvendo 351 cientistas de 234 instituições sediadas em 24 países ao redor do mundo.
Os primeiros resultados do grupo haviam sido anunciados em 2009, com a descoberta das primeiras variantes genéticas que influem a hipertensão.
Pressão arterial
A pressão arterial é influenciada por uma combinação de fatores ligados ao estilo de vida e fatores genéticos - mas estes últimos até agora vinham-se revelando difíceis de identificar.
Mesmo pequenas mudanças na pressão arterial podem aumentar o risco de derrame e ataque cardíaco. Mais de um bilhão de pessoas têm pressão alta - hipertensão - no mundo todo.
Este estudo analisou dados de mais de 275.000 pessoas em busca de variações genéticas no DNA de cada pessoa que estivessem associadas com uma pressão arterial maior ou menor em relação ao considerado "padrão normal".
Das regiões identificadas, a maioria era completamente insuspeita, embora algumas já fossem suspeitas de influenciar a pressão arterial com base em estudos com animais.
Pressão globalizada
É bem sabido que a hipertensão pode ocorrer em famílias e que algumas síndromes genéticas raras aumentam a pressão arterial.
Mas não havia sido feito ainda um estudo de larga escala para identificar genes associados com a forma comum da hipertensão.
Combinando os resultados das diversas equipes, o grupo identificou 28 genes associados simultaneamente com as pressões arteriais sistólica e diastólica, dos quais 16 não eram conhecidos.
O estudo também identificou que as mesmas regiões genéticas afetam a pressão arterial independentemente da origem dos pacientes - americanos, africanos, europeus e asiáticos.
Via fisiológica
Mas a descoberta mais importante foi a identificação de uma nova via fisiológica que tem um papel central na regulação da pressão arterial.
Três dos 28 genes associados com a pressão arterial incluem regiões genéticas que fazem parte de uma via chamada de sistema monofosfato guanosina cíclica (cGMP, na sigla em inglês).
Esta via está envolvida no relaxamento dos vasos sanguíneos e na excreção de sódio pelos rins, dois mecanismos fundamentais dos tratamentos da hipertensão.
Estudos em animais sugerem que essa via é importante no controle da pressão arterial, e os novos resultados suportam fortemente a sua relevância em pacientes humanos.
O próximo passo é começar a testar cada uma das regiões genéticas e avaliar os resultados sobre as pressões arteriais em tratamentos terapêuticos, inicialmente em modelos e animais e, posteriormente, em pacientes humanos.

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