Coração que se cura
Pesquisadores na Universidade de Colúmbia (EUA) criaram um novo método para remendar um coração danificado por um ataque cardíaco.
A técnica usa uma plataforma de engenharia de tecidos que permite que o tecido do coração repare a si próprio.
A descoberta é um passo importante no combate às doenças cardiovasculares, um dos mais graves problemas de saúde dos nossos dias.
Curativo para o coração
Gordana Vunjak-Novakovic e seus colegas desenvolveram a nova terapia celular para tratar o infarto do miocárdio - os danos ao coração que se seguem a um ataque cardíaco.
A técnica biossintética combina dois elementos, um natural e um artificial, para criar uma espécie de curativo para o coração.
O elemento biológico natural são células de reparação humanas, responsáveis pela cicatrização, que foram condicionadas em cultura in vitro para maximizar sua capacidade de revascularização e melhoria do fluxo de sangue para o tecido infartado.
O elemento artificial é um suporte de crescimento, conhecido pelos cientistas como andaime, que leva as células cultivadas em laboratório até o coração. A vantagem é que o andaime é ele próprio de origem biológica.
Com este conjunto, os pesquisadores conseguiram manter as células cicatrizantes nos pontos mais afetados pelo infarto - em contraste com a enorme perda de células associada com a técnica de infusão de células.
Entrega de células-tronco
O curativo também aumentou a taxa de sobrevivência das células e otimizou seu funcionamento no local do infarto, onde a maioria das células teria morrido por causa da obstrução do seu suprimento de sangue.
"Esta plataforma é muito adaptável e acreditamos que ela poderá ser facilmente estendida para a entrega de outros tipos de células-tronco humanas nas quais estamos interessados para reconstruir o músculo do coração, além de avançar nosso trabalho sobre os mecanismos subjacentes à reparação do coração," disse a pesquisadora.
Nos testes, o curativo cardíaco promoveu o crescimento de novos vasos sanguíneos e liberou proteínas que estimularam o tecido nativo para se reparar.
A equipe também usou o curativo do coração para identificar os mecanismos de sinalização envolvidos no processo de cicatrização cardíaca, expandindo o conhecimento sobre o papel das células e do andaime no reparo do coração.
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