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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vacina feita com plantas é mais segura e mais barata

Vacina de plantas
Uma forma inovadora de produção de vacinas, criada na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, está atraindo a atenção pelo seu potencial para produzir vacinas mais baratas, mais eficazes e que dispensam as agulhas para serem aplicadas.
Desde 2000, o professor Henry Daniell está desenvolvendo um novo método de produção de vacinas que usa plantas geneticamente modificadas - sobretudo fumo e alface - para combater doenças como malária, cólera, dengue ou bioagentes como o antraz.
Este mês, a Fundação Gates concedeu um subsídio no valor de US$760.000,00 para que a equipe desenvolva uma vacina contra a poliomielite usando a nova técnica.
Vacinas de vírus e bactérias
"Se funcionar como esperamos, a técnica vai revolucionar a forma como as vacinas são produzidas," afirma Daniell. "Atualmente usamos uma tecnologia de décadas atrás, que é cara e ineficiente. Nosso novo processo vira o jogo e pode fazer uma diferença global."
Atualmente as vacinas são feitas através de um processo de fermentação, que exige equipamentos caros. As vacinas são feitas com vírus ou bactérias mortos ou inativados.
Essas vacinas também necessitam de refrigeração e não têm uma vida útil muito longa, forçando a produção contínua e encarecendo o armazenamento.
Sua aplicação exige agulhas esterilizadas e profissionais de saúde treinados para sua aplicação.
Vacinas em cápsulas
As vacinas produzidas pela nova técnica serão feitas na forma de cápsulas, e serão mais baratas porque dispensam a fermentação e a refrigeração, o que também aumenta a vida útil dos medicamentos.
Usar plantas para produzir vacinas na forma de cápsulas tem um benefício adicional.
Uma vez ingeridas, as pílulas ativam o sistema imunológico alojado no intestino, que é o maior e mais poderoso do que o sistema imunológico do sangue, que é o destino tradicional das vacinas injetáveis.
Mais importante, a técnica não usa vírus ou bactérias mortos ou inativados, mas apenas proteínas, que não podem causar qualquer doença ou efeito colateral e, ainda assim, são eficazes em estimular a imunidade protetora.
Ainda não há previsão para a chegada ao mercado das vacinas produzidas com a nova técnica.

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