Pesquisadores canadenses criaram o primeiro exame capaz de detectar o Mal de Alzheimer a partir de uma única amostra de sangue. |
Exame de Alzheimer
Um novo exame de sangue capaz de diagnosticar o Mal de Alzheimer deverá chegar em breve ao mercado.
Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, criaram um diagnóstico bioquímico simples e preciso que identifica os pacientes com a doença.
"Até agora, não há nenhuma ferramenta de diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer, a não ser a análise do tecido cerebral post-mortem," diz o Dr. Vassilios Papadopoulos.
"Nosso estudo clínico mostra que um exame de sangue não-invasivo, baseado em um processo bioquímico, pode ser usado para diagnosticar o Alzheimer numa fase inicial e diferenciá-lo de outros tipos de demência," explica.
Teste bioquímico
O exame de sangue para detecção de Alzheimer baseia-se na produção de um hormônio cerebral, chamado dehidroepiandrosterona (DHEA).
Este hormônio está presente em altos níveis no cérebro, onde ele tem uma vasta gama de efeitos biológicos.
Os pesquisadores conseguiram induzir a produção de DHEA, utilizando um processo químico chamado oxidação, no sangue colhido de pacientes sem doença de Alzheimer.
Entretanto, a oxidação do sangue de pacientes com Alzheimer não resultou em um aumento do DHEA.
"Há uma correlação clara entre a incapacidade de produzir DHEA por oxidação no sangue e o grau de comprometimento cognitivo encontrado na doença de Alzheimer," disse Papadopoulos.
Exame preciso
A descoberta permitirá a realização de exames para detecção do Mal de Alzheimer com grande precisão, o que poderá ajudar a identificação a doença em seus estágios iniciais.
Atualmente, o diagnóstico da doença de Alzheimer segue a sequência histórico familiar, informações do paciente, avaliação mental e exame físico, com foco nos sinais neurológicos.
"Um teste bioquímico exato, fácil, específico e não-invasivo, que se correlacione com as conclusões clínicas é essencial. Acreditamos que o exame de sangue de oxidação-DHEA pode ser usado para diagnosticar a doença de Alzheimer em um estágio muito precoce e controlar o efeito das terapias e a evolução da doença," conclui o pesquisador.
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