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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coração artificial brasileiro está pronto para ser usado em pacientes

Coração auxiliar
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia aguarda o aval do Ministério da Saúde para implantar o primeiro coração artificial brasileiro em pacientes.
O aparelho foi desenvolvido ao longo de dez anos, usando bezerros como cobaias.
O modelo nacional não substitui o coração natural, funcionando como órgão auxiliar.
Por isso, segundo o coordenador do Centro de Engenharia do instituto, Aron José Pazin de Andrade, "a cirurgia de implantação é mais simples, uma vez que não tem que tirar o coração do paciente. E a adaptação do paciente ao aparelho é mais fácil, porque o controle da frequência cardíaca do artificial é mais fácil".
Coração artificial brasileiro
Como toda a pesquisa foi financiada por órgãos públicos, o coração artificial brasileiro deverá custar apenas um quinto dos equivalentes fabricados no exterior, variando entre US$ 30 mil e US$ 60 mil.
O aparelho permite aumentar o bem-estar e dar uma sobrevida aos pacientes. "Toda a carga de bombeamento é o artificial que faz. O natural bombeia para dentro do artificial e o artificial bombeia para fora", detalha Andrade.
Apesar do incômodo causado aos pacientes pela parte do órgão que fica fora do corpo, ele garante que o equipamento trará uma melhora significativa na qualidade vida dos pacientes.
Uma caixa um pouco maior que um maço de cigarros contendo a bateria do coração fica sobre a pele do usuário. "Lógico que não vai ter uma vida normal, porque tem o aparelho pendurado, mas vai ter uma condição de sobrevida muito melhor enquanto espera o transplante".
Implante gratuito
Assim que for aprovado pelo ministério, o coração artificial deverá passar a ser implantado gratuitamente nos pacientes do Dante Pazzanese. De acordo com Andrade, a expectativa é que em seguida o procedimento possa ser realizado também na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
O desenvolvimento do coração artificial foi financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo(Fapesp), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e pelo Ministério da Saúde.

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