O aparelho poderá se tornar uma plataforma de exames rápidos e de baixo custo para uso no próprio consultório médico, dispensando a espera pelos exames laboratoriais. |
Exame rápido
Pesquisadores do MIT desenvolveram um minúsculo aparelho capaz de detectar células individuais de câncer em uma amostra de sangue.
O aparelho poderá permitir que os médicos descubram rapidamente se um câncer se espalhou pelo corpo do paciente.
Do tamanho de uma moeda pequena, o aparelho também é capaz de detectar vírus, incluindo o HIV.
Quando totalmente desenvolvido, o aparelho poderá se tornar uma plataforma de exames rápidos e de baixo custo para uso no próprio consultório médico, dispensando a espera pelos exames laboratoriais.
Floresta de nanotubos
O biochip é formado por uma floresta de nanotubos de carbono, minúsculos canos de carbono com poucos átomos de espessura.
Os nanotubos são revestidos com anticorpos que capturam as células tumorais que estejam fluindo entre eles.
A estrutura é extremamente porosa. A nanofloresta possui de 10 a 100 bilhões de nanotubos de carbono por centímetro quadrado. Ocorre que apenas 1% da massa dessa floresta é formada por carbono, todo o restante é ar.
Isto dá muito mais espaço para que a amostra flua e, sobretudo, para que as células se encontrem com os anticorpos que as prendem.
Configurável
O aparelho captura oito vezes mais células cancerosas do que os biochips similares já desenvolvidos, que normalmente usam pequenos pilares sólidos de silício no lugar dos nanotubos.
Há poucos dias, outro grupo norte-americano anunciou o desenvolvimento de um biochip para diagnósticos com esta outra tecnologia, que eles chamaram de nano-velcro.
Já o novo biochip pode ser configurado para várias funções apenas alterando-se os anticorpos ligados aos nanotubos.
A alteração do espaçamento entre os nanotubos também permite a captura de objetos de tamanhos diferentes - de células tumorais, que medem cerca de um micrômetro (0,001 milímetro) de largura cada uma, até vírus, que medem cerca de 40 nanômetros (0,00004 milímetro).
Células tumorais circulantes
As células tumorais circulantes - células de câncer que se soltaram do tumor original e estão circulando pelo sangue - são muito difíceis de detectar porque sua concentração é muito baixa, normalmente algumas poucas células por mililitro de sangue - ou seja, algumas delas no meio de bilhões de células normais.
Mas descobri-las é importante para determinar se um câncer está metastatizando e atacando outros pontos do corpo - 90% das mortes por câncer não são resultado do câncer no local primário de seu aparecimento, mas de tumores que surgiram pelo espalhamento do câncer para outros pontos do organismo.
Os cientistas estão testando o aparelho também para diagnosticar a presença do HIV no organismo. Eles esperam que o biochip chegue ao mercado nos próximos anos.
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