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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dasa oferece diagnóstico definitivo para superbactéria

Com base em análise molecular, o teste já está disponível para os hospitais clientes da Dasa

A Dasa, referência em medicina diagnóstica no Brasil, disponibiliza aos seus hospitais clientes um teste confirmatório para detecção da bactéria produtora de KPC - Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase. Desenvolvido no final do ano passado - período de surto da doença no País - o exame contribui na detecção precoce das bactérias produtoras de KPC, auxiliando no controle de infecções. 

O teste, feito por meio de análise molecular, já era oferecido para serviços específicos no Hospital das Clínicas (SP) e no Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina. No entanto, diante da necessidade de um diagnóstico mais seguro, a Dasa passou disponibilizar o serviço para o mercado em dezembro de 2010.

"A rotina microbiológica (procedimento de praxe das instituições) pode ajudar no diagnóstico, mas a análise molecular é definitiva. Os outros testes geralmente sugerem que é a KPC, mas existem diferentes tipos de bactérias que também dariam positivo", explicou o coordenador do Laboratório de Biologia Molecular da Dasa e especialista na área, Nelson Gaburo Junior.

De acordo com Gaburo, em casos de surtos de bactérias super resistentes, como é o da KPC, a eficácia e agilidade dos laudos é um agente importante no controle e erradicação desses microrganismos.

"A partir do teste, os hospitais podem tomar medidas preventivas, como isolar os pacientes que apresentarem diagnóstico positivo", disse.

Como o exame já era desenvolvido pelo laboratório de diagnóstico molecular da Dasa, não houve investimentos significativos para a implementação no mercado. 

A KPC

A KPC, responsável por infecções em humanos, principalmente em ambiente hospitalar, foi descrita pela primeira vez na Carolina do Norte (Estados Unidos) em 1996. Desde então, houve disseminação deste agente para outras regiões dos Estados Unidos e posteriormente outros continentes, como Europa (principalmente Grécia), Ásia e América do Sul. No Brasil, o primeiro relato ocorreu em Recife no ano de 2007. Atualmente, encontra-se disseminada em diversas regiões brasileiras e recentemente foi responsável por grandes surtos em diversos hospitais brasileiros.

Geralmente, estes isolados apresentam resistência concomitante a quase todos os agentes antimicrobianos testados e estão associadas a altas taxas de mortalidade, particularmente entre pacientes muito debilitados, expostos a procedimentos invasivos e com tempo de hospitalização prolongado (CDC 2009). Uma importante particularidade destes agentes é que o gene que codifica a produção desta enzima (carbapenemase) está inserido em um plasmídio (gene blaKPC), elemento genético móvel que pode se disseminar facilmente tanto para bactérias da mesma espécie como para bactérias de espécies diferentes.

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