Calcula-se que haja 1 milhão de infectados só de dengue na fronteira com o Brasil e o Paraguai
BUENOS AIRES - Autoridades sanitárias da Argentina reiteraram nesta quinta-feira, 13, alertas à população para prevenir contágios de dengue, doença em proliferação na fronteira com o Brasil e o Paraguai, onde calcula-se que haja 1 milhão de infectados.
Outra preocupação do governo do país vizinho é sobre o contágio de sarampo e gripe A (H1N1), depois da detecção de que viajantes procedentes de países europeus contraíram essas doenças.
A dengue é uma ameaça latente no nordeste da Argentina, zona subtropical na fronteira com o Paraguai e o Brasil, insistiu Alejandro Collia, ministro da Saúde da província de Buenos Aires, onde reside cerca de um terço dos 40 milhões de argentinos.
"É preciso usar repelente de insetos e calça comprida, principalmente no início da manhã e no entardecer, que é quando o mosquito que transmite a dengue costuma atacar", disse o político à rádio portenha Continental.
Collia estima que no Paraguai e Brasil haja 1 milhão de pessoas contaminadas pela dengue, que em 2009 infectou cerca de 50 mil argentinos e causou cerca de dez mortos. Ele ressaltou que "não se devem tomar aspirinas", porque o remédio favorece hemorragias provocadas pela doença, transmitida pelo Aedes aegypti.
O ministro advertiu que as pessoas que viajarem à Europa devem tomar precauções para evitar contágios de sarampo e gripe A (H1N1), isso porque recentemente indivíduos que retornaram da Bélgica, Inglaterra e Suécia estavam infectados.
Collia repetiu as recomendações de evitar aglomerações e manter as mãos limpas para prevenir a gripe A (H1N1), que em 2009 causou 500 mortes e 10 mil contaminações. A proliferação obrigou a suspensão das aulas em escolas e universidades de 17 das 23 províncias argentinas.
Já o sarampo "voltou a zero" na Argentina, depois que a doença retornou ao país no ano passado pelo contágio de torcedores que foram à Copa do Mundo da África do Sul. As advertências de Collia estão em sintonia com as feitas há poucos dias pelo ministro de Saúde argentino, Juan Manzur, que assegurou que "o sistema de alarme sanitário do país funciona".
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