O melhor entendimento da imunologia da leishmaniose é o objetivo do estudo do Laboratório de Imunoparasitologia, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), premiado na 26ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e a 14ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmaniose, realizadas em Uberaba (MG), na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). O conhecimento sobre a imunologia da doença é fundamental para a busca de alvos potenciais para o desenvolvimento, no futuro, de uma vacina para a doença.
O trabalho de Raquel faz parte da dissertação de mestrado da aluna, a ser defendida em março de 2011 (Foto: Guto Brito) |
“Este trabalho é fundamental para estabelecer parâmetros imunológicos associados à patogênese, à cura e à resposta protetora da leishmaniose tegumentar americana. Os dados podem contribuir para uma base científica para o desenvolvimento de uma vacina, que seria a estratégia de profilaxia mais expressiva para esta doença,” descreve a biomédica Raquel Ferraz Nogueira, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do IOC. Orientada pelo pesquisador Alvaro Luiz Bertho, ela desenvolve seu trabalho no Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, integrado à Plataforma de Citometria de Fluxo do Instituto.
Com o estudo Apoptose e perfil do repertório da cadeia variável β do TCR em linfócitos T CD 8+ de pacientes com leishmaniose tegumentar americana, a estudante obteve o Prêmio Philip Marsden como melhor trabalho de pesquisa em leishmanioses. “Uma honra e uma responsabilidade receber este prêmio, na frente de uma plateia composta pelos autores dos trabalhos que acompanho nesses anos de estudo em leishmaniose,” afirma.
O trabalho, que faz parte da dissertação de mestrado da aluna, a ser defendida em março de 2011, visa caracterizar a diversidade antigênica do repertório V beta do receptor de linfócitos T CD8+ e investigar a ocorrência de apoptose nestas células, ambos num contexto imunomodulatório, em pacientes de leishmaniose cutânea, durante a fase ativa da doença e após o tratamento. A estudante ganhou o primeiro lugar entre os 12 finalistas, analisados por uma comissão examinadora. “Foi meu primeiro trabalho premiado. Fiquei lisonjeada ter tal reconhecimento entre trabalhos de alta qualidade,” comemora. “O prêmio me deu mais incentivo e confiança para dar prosseguimento a esta pesquisa.”
O Prêmio Philip Marsden, que é oferecido pelo congresso, reconhece trabalhos da área de Imunoparasitologia realizados por jovens pesquisadores. O trabalho contou com a colaboração multidisciplinar envolvendo dois laboratórios do IOC, o Laboratório de Imunoparasitologia (LIP) e o Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas (LIP-MED), a Plataforma de Citometria de Fluxo (IOC) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), além de contar com fomento da Capes.
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