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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Estimular o cérebro com eletricidade acelera aprendizado


Choque de aprendizado
Aplicar uma pequena corrente elétrica em partes específicas do cérebro parece aumentar sua atividade.
Segundo a Dra. Heidi Johansen-Berg, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, essa estimulação elétrica pode otimizar o processo de aprendizado.
Os cientistas estudaram o cérebro de pacientes que sofreram derrame e que estavam reaprendendo a executar movimentos com os braços e as pernas.
As imagens de ressonância magnética foram então comparadas com imagens do cérebro de pessoas saudáveis.
Áreas do cérebro
A principal conclusão do estudo confirma a elevada plasticidade do cérebro, que se reestrutura, criando novas conexões e transferindo funções das partes danificadas para partes saudáveis.
Esta é mais uma pesquisa que questiona o paradigma atualmente aceito de que o cérebro é dividido em zonas funcionais. Em vez disso, o cérebro parece atribuir as tarefas conforme a necessidade e as contingências.
A seguir, eles queriam saber se é possível estimular eletricamente o cérebro das pessoas que sofreram derrame - de forma não invasiva - para que ele reaprenda as aptidões motoras mais rapidamente.
Deu certo.
Velocidade de aprendizado
Mas o melhor estava por vir.
Os cientistas perceberam que a velocidade de aprendizado dos adultos saudáveis que serviam como parâmetro para a pesquisa também aumentou quando eles receberam a estimulação elétrica.
No experimento, os voluntários tinham que memorizar uma sequência de botões.
A seguir, o experimento foi repetido colocando nos voluntários um aparelho de estimulação transcraniana, que possui dois eletrodos para aplicar uma corrente de 1 miliampere em uma posição específica da cabeça.
Os resultados mostraram que a atividade dessa parte do cérebro aumenta ou diminui dependendo da direção da corrente elétrica - a direção é alterado invertendo-se os pólos negativo e positivo entre os dois eletrodos.
O efeito foi obtido após 10 minutos de aplicação da corrente.
Agora os cientistas querem avaliar se o mecanismo também funciona para "aprendizados educacionais".

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