Em termos puramente numéricos, o número de mortes associadas à anestesia aumentou novamente.
As razões para isso são o aumento desproporcional no número de pacientes mais velhos e com múltiplas morbidades, e procedimentos cirúrgicos que teriam sido impensáveis no passado.
Este é o resultado de uma revisão seletiva da literatura médica, realizada pelo grupo do Dr. André Gottschalk, do Hospital Universitário Bochum, na Alemanha.
Mortes por anestesia
Na década de 1940, a mortalidade relacionada à anestesia foi 6,4/10.000.
Com a introdução de normas de segurança, como a oximetria de pulso e a capnometria, a taxa foi reduzida para 0,4/100.000 por final de 1980.
Este valor ainda se aplica para pacientes sem doenças sistêmicas relevantes.
Entretanto, a mortalidade aumentou em pacientes com comorbidades relevantes, atingindo 0,69/100.000.
Essas comorbidades incluem a insuficiência cardíaca, angina, insuficiência renal crônica e hipertensão maligna grave.
Novos padrões
Devido a melhorias nas normas de segurança, os pacientes portadores das comorbidades agora têm sido submetidos a cirurgias, algo que seria impensável no passado.
Outro fator que explica o aumento da mortalidade relacionada à anestesia é o fato de que a proporção de pacientes que têm mais de 65 anos [na Alemanha] subiu de 28,8% em 2005 para 40,9% em 2009.
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