Substância também está presente na raiz-forte comum e na japonesa. O efeito foi descrito por cientistas na publicação 'Carcinogenesis'.
Planta de mostarda, com sementes que podem servir na proteção do corpo contra câncer na bexiga |
Plantas como a mostarda, a raiz-forte comum e a versão japonesa - que dá origem ao tempero wasabi, típico na culinária oriental - podem ter propriedades anti-câncer, segundo um estudo publicado na publicação científica "Carcinogenesis", da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
Os autores, ligados a institutos de pesquisa sobre o câncer nos Estados Unidos, sugerem que uma substância presente nesses vegetais conhecida como isotiocianato de alila - composto responsável pelo sabor forte desses vegetais - pode ajudar no combate ao câncer de bexiga.
Durante o estudo, feito em ratos, os cientistas notaram que o avanço da doença foi interrompido em 30% dos casos e a contaminação de outros órgãos por células cancerígenas (metástase) foi completamente impedida em todos as cobaias.
Plantas normalmente utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater ameaças como insetos herbívoros. Na pesquisa, os ratos foram alimentados com pó de semente de mostarda. O tratamento durou três semanas. Os roedores com a dieta especial foram comparados com um grupo controle - que não recebeu nenhuma comida especial para combater o câncer.
Apesar do trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação direta dos benefícios da mostarda em humanos, os pesquisadores acreditam que outras pesquisas podem surgir para provar o benefício dos vegetais no combate ao câncer.
O isoticianato também aparece em outros vegetais do grupo conhecido como crucífero, dos quais os principais representantes são a couve-flor, o repolho, a couve e o brócolis. Segundo o Instituto Nacional do Câncer norte-americano, esta família de plantas possui propriedades capazes de reduzir o risco de câncer de cólon.
Já o câncer de bexiga pode gerar a contaminação de outros órgãos em até 30% dos casos em humanos. Após as células cancerígenas se espalharem, o paciente normalmente precisa de um tratamento agressivo e, em alguns casos, remover a bexiga, com chances pequenas de sobrevivência.
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