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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Terapia de curto prazo e sem remédios pode curar insônia

Poucas visitas ao terapeuta e telefonemas podem ser suficientes para ajudar insones a dormir, sugere um novo estudo sobre privação de sono em idosos.

Os pesquisadores descobriram que mais da metade dos participantes superou a insônia crônica em um mês depois de iniciar um breve tratamento comportamental.

De acordo com o pesquisador Daniel Buyasse, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, o ingrediente-chave no tratamento foi uma lição simples: "Quando você está dormindo mal, a coisa mais importante que você pode fazer é gastar menos tempo na cama."

A insônia afeta aproximadamente um em cada cinco norte-americanos, chegando a um em cada três entre os idosos. O problema também é associado a uma série de problemas físicos, de acidentes a hipertensão, e é prejudicial à saúde mental.

Três décadas de pesquisas mostraram que terapia cognitivo-comportamental tem a mesma eficácia de um comprimido para a problema, com menos efeitos colaterais. No entanto, o tempo e o custo não são acessíveis para a maioria das pessoas.

Buysse e seus colegas se perguntavam se o tratamento sem remédios poderia ser reduzido e simplificado, proporcionando resultados mais rápidos a um custo menor.

Para descobrir, eles estudaram 79 adultos com insônia crônica. Os participantes, com média de 72 anos de idade, foram aleatoriamente designados para receber um material educativo impresso sobre o sono ou um breve tratamento comportamental, que consistia em sessões de 45 a 60 minutos por pessoa, 30 minutos de acompanhamento e duas chamadas telefônicas de 20 minutos.

Uma enfermeira centrou as instruções comportamentais em como restringir o tempo na cama e definir horários regulares para dormir e acordar, enquanto discutia os fundamentos biológicos por trás da estratégia.

Com base em questionários e diários, os pesquisadores descobriram que dois em cada três participantes que receberam a intervenção comportamental responderam favoravelmente ao final de quatro semanas, enquanto apenas um em cada quatro que receberam o material impresso experimentou uma melhoria substancial.

A diferença foi igualmente alta quando os investigadores descobriram o número de participantes que já não preenchiam os critérios da insônia: 55% contra 13%.

Em média, para cada 2,4 pacientes tratados, um respondeu favoravelmente e superou a insônia, segundo relato dos pesquisadores na revista "Archives of Internal Medicine".

Estas melhorias foram sustentadas por pelo menos seis meses, e foram baseadas em dados de um monitor do sono usado no pulso ou no tornozelo. Quando os pesquisadores analisaram dados de um sistema diferente --um acompanhamento mais profundo sono--, no entanto, não encontraram resultados significativamente melhores com a terapia comportamental.

"Um monte de insones gastam muito tempo deitados na cama preocupados com o sono. Eles esperam ter insônia", disse Thomas Neylan, da Universidade da Califórnia, San Francisco, que escreveu um comentário na pesquisa.

"Geralmente, a coisa mais conveniente a fazer é prescrever um remédio para dormir", observou Neylan.

Mas as drogas podem causar problemas, que vão da dependência ou abuso. E os riscos podem ser ainda mais pronunciados entre os pacientes mais velhos, acrescentou o autor Timothy Monk, também da Universidade de Pittsburgh. Sob o efeito das drogas, os idosos correm mais risco de cair e fraturar um osso.

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