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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Homens vivem menos do que mulheres devido ao fumo e ao álcool

Comportamentos nocivos

Mundialmente, as mulheres têm uma longevidade maior do que os homens.

Há várias hipóteses tentando explicar isto, desde as mais antiquadas, que se apoiavam em fatores como menor competitividade, menor estresse etc. - como se as mulheres vivessem mais por levarem uma vida "mais fácil" - até a menstruação.

Mas uma nova pesquisa realizada na Europa mostra que somente o tabagismo é responsável por algo entre 40% e 60% da diferença entre as taxas de mortalidade entre homens e mulheres.

O consumo de álcool responde por outros 20% na diferença na expectativa de vida entre os gêneros.

Os resultados, publicados na revista Tobacco Control, destacam a necessidade de medidas de saúde pública para "combater estes comportamentos nocivos".

Mulheres vivem mais do que os homens

As mulheres têm vivido mais do que os homens em alguns países europeus desde meados do século 18 e, desde o final dos anos 1990, há indícios de que as mulheres em todos os países do mundo podem esperar viver mais do que seus compatriotas do sexo masculino.

As razões para essa diferença têm sido muito debatidas, Alguns atribuem a diferença à biologia, enquanto outros apontam a falta de vontade dos homens de procurar atendimento médico quando precisam.

Mas uma área que vinha sendo largamente negligenciada pelos pesquisadores é a influência dos hábitos saudáveis sobre a diferença nas taxas de mortalidade entre os sexos.

Por que homens morrem mais cedo

Usando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as taxas de mortalidade em 30 países europeus, os pesquisadores analisaram as diferenças entre os sexos nas mortes por todas as causas.

A seguir, eles checaram as mortes por condições relacionadas com o tabagismo (câncer do aparelho respiratório, doenças coronarianas, acidente vascular cerebral e doença pulmonar obstrutiva crônica) e mortes por condições relacionadas ao álcool (câncer da garganta e do esôfago, doença hepática crônica e psicoses alcoólicas).

Os resultados revelaram que, embora as taxas de mortalidade por todas as causas foram maiores para homens do que para as mulheres em todos os países estudados - sempre com base na idade - a dimensão do hiato entre os gêneros variou amplamente.

Foi registrado um "excesso de mortes" entre os homens (por 100.000 habitantes/ano) de 188 na Islândia, até 942 na Ucrânia.

Quanto mais desenvolvido e mais rico o país, menor foi esse hiato.

Fumar representou entre 38% e 60% do hiato entre as mortes por gênero em todos os países, com exceção de Malta, onde o fumo estava por trás de 74% das mortes em excesso.

Vida jogada fora

Segundo os pesquisadores, as variações na proporção de mortes em excesso devido ao tabagismo podem ser atribuídas a diferenças de gênero no consumo do tabaco em vários países nas décadas anteriores.

Enquanto isso, as mortes relacionadas ao álcool representaram entre 20% e 30% do hiato de gênero na Europa Oriental (menos rica) e entre 10% e 20% nas demais regiões.

No entanto, em todos os 30 países estudados, a contribuição do tabagismo para o hiato de gênero na mortalidade por qualquer causa foi maior que o do álcool.

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