Tratamento genético, combinado com quimioterapia, ajuda a preservar o órgão de metástases
PAMPLONA, ESPANHA - Uma equipe de cientistas espanhóis desenvolveu uma técnica de tratamento genético que, com a combinação de imunoterapia e quimioterapia, ajuda a proteger o fígado de pacientes com câncer de cólon, já que é comum que a doença se expanda para esse órgão.
Por enquanto, os resultados foram obtidos apenas em testes com animais, informaram na última quinta-feira os responsáveis pela pesquisa, Jesús Prieto e Rubén Hernández, da Universidade de Navarra, no norte da Espanha.
O câncer de cólon apresenta uma tendência de se expandir para o fígado, de modo que mais da metade dos pacientes tem metástases hepáticas, o que limita suas opções de cura, afirmam os pesquisadores.
Nos estágios iniciais, as metástases podem ser eliminadas por cirurgia, mas na maioria dos casos isso não é possível, ou as metástases reaparecem depois de um tempo - por isso, a quimioterapia muitas vezes é a única alternativa, embora sua eficácia a longo prazo seja limitada.
Segundo os responsáveis pelo estudo, "esse tratamento combinado elimina metástases pré-existentes e protege o fígado contra possíveis recidivas". De acordo com Prieto e Hernández, "os resultados obtidos em animais confirmam que é uma modalidade terapêutica sumamente promissora que poderia ser eficaz em pacientes com tumores de cólon com metástase de fígado".
Na fase atual, o trabalho se concentra em aperfeiçoar os mecanismos para produzir meios de tratamento genético com um rendimento compatível a sua aplicação clínica. Além disso, propõe-se a validar os resultados em outros modelos experimentais, para prever seu possível efeito em humanos.
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