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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Enzima de salamandra pode ajudar na regeneração de órgãos

Cientistas estudam possibilidades de produzir a enzima artificialmente


Uma nova pesquisa sobre a regeneração de órgãos e membros danificados na salamandra pode ajudar humanos a fazerem o mesmo. O estudo da Escola Médica de Hanover, Alemanha, analisou salamandras axolote, também conhecidas como salamandras mexicanas. A ideia é que um dia seja possível transplantar seus genes para humanos.
Editora Globo
A salamandra mexicana chama atenção por sua aparência peculiar
Segundo o experimento, a coagulação sanguínea acontece instantaneamente quando o animal é ferido, tornando o processo de cicatrização quase visível. Assim que um membro é amputado, uma camada de células de pele é formada no lugar. Depois começam a crescer vasos sanguíneos, músculos, tendões, ossos e nervos.

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Este conjunto de células que cobre o ferimento é chamado blastema, os cientistas supõem que sejam células- tronco pluripotentes. Elas são comuns no início da vida do feto, depois começam a se diferenciar e dão origem a todos os tecidos do corpo. Os cientistas acreditam que isso acontece graças a uma enzima da salamandra, chamada amblox.

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Ela permite que o bichinho consiga regenerar até partes do cérebro e coluna vertebral, aumentando a esperança de que pessoas com deficiência possam fazer o mesmo. A intenção dos pesquisadores é criar a amblox em laboratório. 

Testes iniciais com a enzima em tecidos humanos mostraram rápida cicatrização, mas a regeneração de membros amputados ainda está distante de ser colocada em prática. Mas o animal está quase extinto no México, devido à diminuição de seu habitat e à caça – em algumas culturas, é visto como uma iguaria culinária.

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