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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novo exame consegue identificar e capturar células cancerígenas

Mecanismo pode ajudar na descoberta e no tratamento de tumores. 'É como uma biópsia líquida', diz um dos inventores do teste.


Um novo teste sanguíneo que encontra e captura células cancerígenas entre bilhões de células sadias pode chegar em breve ao mercado. Cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, e uma multinacional do ramo da saúde pretendem anunciar nesta segunda-feira (3) uma parceria para produzir o exame em larga escala.
Teste sanguíneo para células de câncer
Teste sanguíneo identifica células cancerígenas entre bilhões de células sadias.
Os cientistas imaginam que, inicialmente, o teste facilitará o tratamento de tumores, pois pode ser feito diariamente e é um jeito rápido de descobrir se medicamentos e terapias estão fazendo efeito. “É como uma biópsia líquida”, que evita a retirada dolorosa de tecidos, diz o médico Daniel Haber, chefe do centro de câncer do hospital e um dos inventores do teste.

O exame também poderá, no futuro, ajudar a diagnosticar o câncer antes que ele se espalhe, atuando paralelamente a testes tradicionais, como a mamografia e a colonoscopia.
Hoje, o único exame sanguíneo disponível no mercado para a detecção de tumores apenas conta as células doentes, mas não consegue capturá-las, impedindo que os médicos possam obter mais informações sobre o problema.

Como funciona

O exame usa um microchip do tamanho de um cartão de crédito, coberto por 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo. Os cilindros contêm uma substância que faz as células cancerígenas grudarem. Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos cilindros como uma bola em um jogo de pinball. As células cancerígenas se prendem e um corante faz com que elas brilhem. Assim os cientistas podem contá-las e capturá-las.

O próximo passo na pesquisa será encontrar um plástico barato para produzir os testes, que hoje custam centenas de dólares por unidade. Enquanto isso, o exame será usado experimentalmente em quatro institutos dos EUA.

EUA aprovam novo teste de células-tronco embrionárias para cegos

Pesquisadores tentarão curar doença que atinge retina de idosos. É a 3ª autorização concedida pelo país para pesquisa com células-tronco.


A empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology anunciou esta segunda-feira (3) ter recebido o sinal verde do governo para iniciar a segunda série de testes com células-tronco embrionárias humanas para tratar a cegueira, desta vez em pessoas mais velhas.

O teste avaliará a habilidade da terapia para tratar com segurança pessoas com um problema conhecido como degeneração macular senil, o tipo mais comum de perda irreversível da visão em pessoas com mais de 60 anos.

Ainda não há cura para a doença, que afeta de 10 a 15 milhões de americanos e outros 10 milhões de pessoas na Europa, acrescentou a empresa.

Segunda autorização

A FDA (Food and Drug Administration), entidade que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, liberou, em novembro, a empresa sediada em Massachusetts para começar um teste similar com pacientes com uma forma progressiva de perda de visão juvenil, conhecida como doença de Stargardt.

Cegueira
Montagem feita pelo Instituto Nacional do Olho, nos EUA, compara a visão normal (à esquerda) com a imagem observada por pacientes que sofrem de degeneração macular senil, a doença que poderá ganhar tratamento com células-tronco. (Foto: Instituto Nacional do Olho dos EUA/Divulgação)

"A ACT agora é a primeira empresa a receber o aval da FDA para dois testes com hESC (sigla em inglês para células-tronco embrionárias humanas) e agora é um verdadeiro líder transnacional no campo da medicina regenerativa", declarou Gary Rabin, presidente interino e chefe executivo.


A companhia espera começar os testes clínicos nos Estados Unidos nos próximos meses e pretende procurar aprovação para testes similares na Europa. Os mercados americano e europeu para este tipo de tratamento soma 25 a 30 bilhões de dólares, acrescentou a empresa."Representa um grande passo à frente, não apenas na área das células-tronco, mas potencialmente para técnicas modernas de cuidado com a saúde", continuou.

O anúncio da ACT marca é o terceiro deste do tipo, depois que a empresa americana Geron inovou no ano passado com a primeira tentativa já feita para usar tratamento com células-tronco embrionárias em um paciente com lesão na medula espinhal.

Polêmica

A pesquisa com células-tronco embrionárias é um campo controverso desde que as primeiras células foram isoladas, mais de 12 anos atrás. Os críticos condenam a prática porque ela envolve a destruição de embriões humanos.

No entanto, os cientistas afirmam que estas células representam uma grande promessa no tratamento do mal de Parkinson, de diabetes e uma variedade de outras doenças.

Assim como em outros testes com pacientes humanos, o primeiro passo nos testes de fase I e fase II da ACT é saber se a terapia é segura, antes de ver se funcionam.

"Em uma cobaia com degeneração macular, vimos uma notável melhora no desempenho da visão com relação a animais sem tratamento, sem quaisquer efeitos colaterais", disse Bob Lanza, cientista chefe da ACT.

Doze pacientes participarão do estudo em vários locais nos Estados Unidos, inclusive a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Stanford.

A terapia usa células do pigmento do epitélio retinal (RPE) derivadas de células-tronco embrionárias para substituir as células de RPE danificadas em pacientes com a doença.

A degeneração macular senil, tipo da doença que ocorre em 90% dos casos, causa a deterioração da visão central quando as células de RPE na mácula do paciente, no centro da retina, perdem a habilidade de funcionar.

Pacientes frequentemente experimentam um embaçamento no centro do campo de visão, enquanto a visão periférica permanece intacta.

"À medida que a população envelhecer, espera-se que dobre a incidência de denegeração macular senil nos próximos 20 anos, exacerbando esta necessidade médica, ainda sem solução", disse Lanza.

Cuba registra taxa mais baixa da história de mortalidade infantil

País fechou 2010 com taxa de 4,5 pessoas mortas a cada 1000 nascidas.
Em 2009, indicador estava em 4,8.

Cuba mortalidade 1
Mortalidade infantil ficou em 4,5 no ano de 2010,
menor que os 4,8 de 2009
Cuba fechou 2010 com uma taxa de mortalidade infantil de 4,5 por 1.000 nascidos vivos, a mais baixa de sua história, o que posiciona o país como melhor no lugar da América quanto a esse indicador, afirmou nesta segunda-feira (3) o jornal oficial Granma.

"A taxa alcançada em 2010 - sem precedentes em Cuba - é a confirmação de um colossal esforço de um país pobre e criminalmente bloqueado (pelo embargo dos Estados Unidos), que conseguiu reduzir a mortalidade infantil", diz o jornal na primeira página.

A taxa de mortalidade infantil em Cuba, em 2009, registrou 4,8 por 1.000 nascidos vivos, segundo os dados oficiais. Informes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) situam Cuba com taxas de mortalidade semelhantes às do Canadá, numa situação melhor que a dos Estados Unidos.

Em 2010, foram registrados 127.710 nascimentos na Ilha - de 11,2 milhões de habitantes -, uma diminuição da natalidade de 2.326 na comparação com 2009. Cuba dedica mais de 60% de seu orçamento à educação e à saúde - que são gratuitos desde a vitória da revolução de 1959.

Ação do hormônio leptina em região do hipotálamo desencadeia o amadurecimento sexual

Ação do hormônio leptina em região do hipotálamo desencadeia o amadurecimento sexual


 Leptin’s effect on puberty in mice is relayed by the ventral premammillary nucleus and does not require signaling in Kiss1 neurons

Obesidade e puberdade
Um grupo coordenado pela neurocientista brasileira Carol Elias deu um passo importante para desvendar os mecanismos bioquímicos de um fenômeno que vem alarmando médicos norte-americanos: a antecipação da puberdade feminina.

Depois de quase uma década de investigação que começou no Brasil, com financiamento da FAPESP, da Capes e do CNPq, e terminou nos Estados Unidos, com apoio dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), Carol e sua equipe identificaram a região cerebral em que o hormônio leptina age despertando o amadurecimento sexual. É o núcleo pré-mamilar ventral.

“Há um mecanismo bioquímico delicado que informa ao cérebro que o organismo está pronto para reproduzir”, disse Carol, ex-professora na Universidade de São Paulo (USP) e atualmente pesquisadora na Universidade do Texas. E quem dá esse recado ao cérebro é a leptina, hormônio secretado pelas células de gordura, mais conhecido por despertar a sensação de saciedade e reduzir a fome.

Anos atrás surgiram as primeiras pistas de que esse hormônio iniciava uma cadeia de reações químicas que levam ao desenvolvimento dos órgãos sexuais e à fertilidade. Camundongos e seres humanos que não produzem leptina não entram na puberdade, período em que começam transformações fisiológicas que preparam o corpo para procriar.

De 1997 a 1999, período em que passou na Universidade Harvard, Carol colaborou com a identificação das regiões cerebrais que produzem receptores de leptina, proteína à qual o hormônio de mesmo nome se liga estimulando o funcionamento das células cerebrais (neurônios).

Entre as regiões do hipotálamo que expressam receptores de leptina, uma chamou a atenção: o núcleo pré-mamilar ventral. Esse grupo de células, como já havia sido demonstrado por outro brasileiro, Newton Canteras, pesquisador da USP, se conecta a regiões cerebrais produtoras do hormônio liberador de gonadotrofinas, responsável por estimular a secreção de outros hormônios sexuais.

Mas a comprovação de que era esse núcleo que mediava a ação da leptina no início da puberdade levou mais tempo. Convidada pelo neurocientista Joel Elmquist a integrar sua equipe no Texas, Carol e os pesquisadores José Donato Júnior, Roberta Cravo e Renata Frazão desenvolveram em laboratório um camundongo geneticamente modificado para, em certas condições, produzir o receptor de leptina apenas no núcleo pré-mamilar ventral. A estratégia deu certo, relatam os pesquisadores em artigo publicado no dia 22 na revista Journal of Clinical Investigation.

As fêmeas de camundongo inférteis entraram na puberdade e se tornaram capazes de procriar quando se estimulou a produção do receptor de leptina exclusivamente no núcleo pré-mamilar ventral. “As células desse núcleo passaram a reconhecer a presença da leptina, induzindo o amadurecimento sexual”, explicou Carol.

A provável explicação é que os neurônios do núcleo pré-mamilar ventral estimulam a atividade de células produtoras do hormônio liberador de gonadotrofinas que, por sua vez, induz a produção de outros hormônios sexuais. Essa cadeia de reações bioquímicas, que, por razão ainda desconhecida despertou a puberdade apenas nas fêmeas, ajuda a compreender porque uma proporção cada vez maior de meninas norte-americanas com 7 e 8 anos de idade estão entrando na puberdade, como mostrou estudo publicado em setembro na Pediatrics.

“É possível que as taxas mais elevadas de leptina em crianças obesas estejam estimulando regiões cerebrais que normalmente só seriam ativadas mais tarde”, disse Carol.

“Agora que identificamos o grupo de células responsáveis por mediar a ação da leptina no início da puberdade teremos condições de desvendar os mecanismos celulares, genéticos e bioquímicos envolvidos nesta função”, disse.


Fonte: Ricardo Zorzetto / Revista Pesquisa FAPESP / Agência FAPESP

Body Under General Anesthesia Tracks Closer to Coma than Sleep

under general anesthesia brain waves look like those of coma patient
DEEP SLEEP?: Some anesthesiologists are arguing for a 
shift in the way we think--and talk--about "going under"
Patients undergoing significant operations, such as major cardiac or transplant surgery, typically require general anesthesia. Butputting patients to "sleep" might not be the best way to describe the process, argued the authors of a new review paper, published in the December 30 issue of the New England Journal of Medicine. 


What anesthesiologists are really doing is closer to putting patients—close to 60,000 each day in the U.S.—into a drug-induced coma. "It's a reversible coma, but it's nevertheless a coma," says Emery Brown, a professor of anesthesiology at Harvard Medical School and coauthor of the paper. 

General anesthesia before major surgery dips brain activity (as measured by electroencephalogram, or EEG) down to levels akin to brain-stem death. For the most part, Brown has found that anesthesiologists talk about the process in colloquial terms, telling patients they will be "asleep," rather than "unconscious"—likely in an effort to not make a medical ordeal any scarier than it already needs to be. 

That approach is doing both patients and scientists a disservice, he argues. 

"It would be nice if your anesthesiologist could explain where drugs are going to be working," Brown says. Many clinicians, however, might be hard pressed to offer detailed neurological explanations for how each compound they administer is working on the nervous system. They are more likely to think of it in terms of "we turn the knob and they go to sleep," says Michael Alkire, an associate professor of anesthesiology at the University of California, Irvine, who was not involved in the new paper. 

Inducing a coma-like state does require careful monitoring, breathing and temperature support as well as a delicate balance of "hypnotic agents, inhalational agents, opioids, muscle relaxants, sedatives and cardiovascular drugs," Brown and his colleagues noted in their paper. 

The mechanisms behind this concoction, carefully devised though it might be, are not always well comprehended. Long thought of as a "black box," anesthesia now "can be explained and understood—it's not a mystery," Brown says. And researchers can further help to clear the field's fog by expanding the field of anesthesiology to collaborations with experts in other fields, such as sleep and coma research. 

Although anesthesiology and research on sleep and coma generally carry on independently of one another, "there's a way to think about them all in the same framework," Brown explains. And that common frame should be neuroscience, he says.

Alkire agrees that the coma model "is more appropriate," and that "shifting toward that view is going to be helpful" in moving the field forward. And bringing the disparate fields, including researchers from sleep and coma work, together makes sense because "it's all the same fundamental neuroanatomy." 

A push for more detailed neuroscience in the field might also help drive research toward new, more effective methods. Diethyl ether was a revolutionary tool in the 19th century that could knock people out before surgery, but it had some unpleasant side effects. "Now we need nuance" and more targeted tools like those cropping up in other areas of medicine, such as cancer treatment and screening, Brown notes. 

Anesthesia, Alkire says, "is still kind of on the level of 'we have a big hammer, and we hit you on the head, and you get knocked out.'" He and his colleagues have been working to find more "regional brain anesthesia that would change the state of consciousness," he explains. "I think we have a ways to go" he says but notes that they have had some promising leads by zeroing in on the thalamus in animal studies. But even if clinicians might not yet have more delicate tools to dip patients into surgery-ready unconsciousness, Alkire notes, "understanding how it works puts you in a position to do better anesthetics eventually—if not with the agents you have right now." 

And taking a deeper look at how drugs are working during anesthesia might also yield helpful models for different neurological disorders, Brown says, noting the similarities between EEGs in patients under general anesthesia and those in comas. 

On the more mundane front, advances in anesthesiology might also help with treatments for insomnia—but not in the ways one might think.

Traditional treatments often work on the same mechanisms as the drugs given to anesthetize patients before surgery, thus helping people conk out, but not necessarily replicating normal sleep patterns. By taking a closer look at the mechanisms at work during general anesthesia—and how some of the more widely prescribed sleeping meds behave in the brain—"we can ask 'is that the way we want to [treat insomnia]?'" Brown explains.

And those advances in turn could feed back into the field of anesthesiology, helping to reduce side effects of general anesthesia, such as postoperative cognitive decline. Better understanding of the coma-like state of general anesthesia could also shed light on patients who are in a more permanent vegetative state, who upon waking go through very similar stages as those coming up from general anesthesia—albeit much more slowly. The key, says Brown, is "taking time to understand these mechanisms" and applying them to fine tune the proverbial hammer—a challenge that he and his colleagues hope to announce progress on in the coming months.

Câncer de mama aumenta em jovens

Crescimento no número de casos é expressivo em todas as faixas etárias, mas é mais preocupante nas mulheres em idade reprodutiva, por ser mais agressivo e difícil de detectar; especialistas defendem rastreamento para todas a partir dos 40 anos de idade


O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) levantou o perfil das mulheres que passaram pelo hospital para tratamento de câncer de mama. Entre as 2.573 pacientes atendidas nos quase três anos de funcionamento da instituição, 15% têm menos de 45 anos. A mais jovem tinha, na época em que recebeu o diagnóstico, apenas 19 anos.
Paulo Liebert/AE
Inesperado. Adriana operou o primeiro tumor aos 39 anos
O coordenador do Setor de Mastologia do Icesp, José Roberto Filassi, diz que esse levantamento será feito também para outros tipos de câncer. Mama foi o primeiro justamente porque a incidência está aumentando em mulheres em idade reprodutiva. "Alguns defendem que há um aumento real, causado por mudanças de costumes. Outros dizem que os casos estão apenas sendo diagnosticados mais cedo. Os dois fatores pesam", afirma.
A grande preocupação é que a detecção da doença nas mulheres jovens é mais difícil. Primeiro porque elas não estão na idade em que exames são feitos rotineiramente e, mesmo quando a mamografia é realizada, a percepção do tumor é mais difícil. "A mulher jovem tem muito tecido glandular e pouca gordura. Isso dificulta a visualização dos sinais precoces do câncer", explica Afonso Nazário, do Departamento de Ginecologia da Unifesp.
Além disso, diz ele, o câncer de mama na mulher jovem costuma ser mais agressivo. Tem taxa de crescimento maior e mais risco de metástase. Mas, segundo Nazário, a incidência desse tipo de tumor cresce em todas as faixas etárias, não só em mulheres jovens. Levantamento feito pelo coordenador do Programa de Mastologia da Universidade Federal de Goiás, Ruffo de Freitas, confirma essa ideia. Ele analisou dados do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia entre 2003 e 2008. Nas mulheres entre 20 e 49 anos, a taxa de crescimento anual foi de 4,8%. Entre as de 50 e 59 anos, de 6,3% e, entre as de 60 e 69 anos, de 5,8%%.
Quando ele avaliou o crescimento acumulado em todo o período, os resultados foram alarmantes: aumento de 134% entre mulheres de 20 a 29 anos; 104% entre 30 e 39; 127% entre 40 e 49 e 277% entre 50 e 59. Segundo Freitas, os dados de Goiânia refletem a realidade de todos os grandes centros urbanos do País e do mundo.
Especula-se que a explosão seja consequência da mudança no estilo de vida feminino. "No século 19, as mulheres menstruavam mais tarde e logo casavam e tinham filhos. Amamentavam mais tempo e entravam mais cedo na menopausa. A mama passava menos tempo sob o estímulo dos hormônios ovarianos", explica Nazário. Além disso, continua, a entrada no mercado de trabalho deixou a mulher mais predisposta a sofrer de estresse, depressão e ansiedade, fatores que enfraquecem as defesas do organismo contra o câncer.
Especialistas concordam que pouco se pode fazer para evitar o problema. A melhor forma de se proteger e diminuir a mortalidade é o diagnóstico precoce. "Não dá para a mulher jogar fora o que conquistou, sair do mercado de trabalho e voltar a ter um filho atrás do outro. Mas dá para detectar o câncer em fase inicial, quando é mais fácil tratar", afirma Nazário. Quando o tumor é diagnosticado e tratado quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura chegam a 95%.